Síndrome de Asherman: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em março 2024

A síndrome de Asherman é uma condição rara caracterizada pela presença de cicatrizes dentro do útero, que podem se acumular, causando sintomas como cólicas fortes, menstruação ausente ou em pequena quantidade e dificuldade para engravidar.

A síndrome de Asherman, ou sinéquia uterina, pode ser causada por traumas no útero como raspagem cirúrgica, remoção de miomas ou pólipos ou ainda por infecções, como esquistossomose e tuberculose genital, por exemplo.

Assim, na presença de sintomas que possam indicar a síndrome de Asherman, é recomendado consultar o ginecologista para fazer uma avaliação completa e, se necessário, indicar o tratamento adequado, que é feito através da histeroscopia cirúrgica e do uso de medicamentos, como antibióticos e estrogênios.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas da síndrome de Asherman são:

  • Cólicas fortes;
  • Menstruação ausente ou em pequena quantidade;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Dor na região pélvica
  • Aborto espontâneo recorrente.

Além disso, em casos mais graves, as sinéquias uterinas também podem bloquear o útero ou o canal cervical, causando a menstruação retrógrada, uma situação onde o sangue menstrual, ao invés de sair do útero e ser eliminado pelo vagina,  trompas de falópio e cavidade pélvica, podendo causar a endometriose.

Leia também: Menstruação retrógrada: o que é, sintomas e tratamento tuasaude.com/menstruacao-retrograda

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da síndrome de Asherman é feito pelo ginecologista, através da visualização do interior do útero, que pode ser feito através da histeroscopia diagnóstica, um exame que permite observar, com uma câmera, o interior do útero, ajudando a identificar e tratar eventuais alterações. Entenda melhor como é feita a histeroscopia.

Além disso, para confirmar o diagnóstico o médico também pode solicitar a histerossalpingografia, um exame que permite visualizar o útero e as trompas de Falópio, sendo útil para identificar qualquer alteração, como aderências, malformações, miomas ou tubas obstruídas.

Já em casos de bloqueio total da cavidade uterina, o médico também pode solicitar o exame de ressonância magnética.

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Possíveis causas

As possíveis causas da síndrome de Asherman são:

  • Dilatação e curetagem do útero, indicada para limpar o revestimento do útero após aborto espontâneo ou induzido ou tratar certas condições, como sangramento intenso;
  • Cesariana;
  • Histeroscopia operatória, para remover miomas ou pólipos;
  • Infecções, como tuberculose genital e esquistossomose;

A síndrome de Asherman geralmente é causada por procedimentos médicos que podem causar lesões ou por infecções no útero.

Como é feito o tratamento

O tratamento da síndrome de Asherman deve ser feito por um cirurgião e inclui a histeroscopia cirúrgica para remover as cicatrizes, ou aderências, cortando-as, e a colocação de um balão por 7 a 10 dias após a cirurgia, para evitar a junção entre as paredes do útero durante a cicatrização.

Já outros médicos podem optar por não colocar o balão e avaliar semanalmente, após a cirurgia, se houveram novas aderências e, se necessário, retirá-las antes que piorem.

Após a cirurgia, o médico pode prescrever o uso de antibióticos,  para prevenir infecções e inflamações, além de estrogênio oral, transdérmico ou intramuscular, para ajudar a diminuir as cicatrizes e ajudar na recuperação do útero.

Quem tem cicatriz no útero pode engravidar?

Geralmente, a mulher que tem síndrome de Asherman, ou cicatriz no útero, pode engravidar após o tratamento dessa condição.

A síndrome de Asherman tem cura?

Sim, a síndrome de Asherman tem cura, que é alcançada com a cirurgia para remoção do tecido cicatricial do útero, que diminui as dores e os outros sintomas.