Câncer no fígado: sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2023

O câncer do fígado é um tipo de tumor maligno que se origina nas células que formam o fígado, como hepatócitos, canais biliares ou vasos sanguíneos, sendo, geralmente, bastante agressivo. Os sintomas do câncer de fígado costumam aparecer apenas em fases mais avançadas da doença, podendo ser notado dor no abdômen, enjoo, perda do apetite, emagrecimento e olhos amarelados.

Pessoas com gordura no fígado, cirrose hepática ou que usam anabolizantes apresentam maior risco para desenvolver este câncer, que costuma ser identificado por um exame de imagem do abdômen, como ultrassom ou tomografia, capazes de detectar um ou mais nódulos no fígado. 

O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia, dependendo do tamanho e da gravidade, e as chances de cura são maiores quando o tumor é identificado precocemente, em estágios mais iniciais. Quando já não é possível alcançar a cura do câncer no fígado, o tempo de sobrevida é de aproximadamente 5 anos, mas esse valor pode variar de acordo com o grau de desenvolvimento da doença e outras doenças do paciente.

Imagem ilustrativa número 3

Sintomas de câncer no fígado

Os principais sintomas de câncer no fígado são:

  • Dor na barriga, especialmente no lado direito do abdômen;
  • Inchaço da barriga, devido ao acúmulo de líquidos;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Perda do apetite;
  • Cansaço excessivo;
  • Pele e olhos amarelados;
  • Febre;
  • Fezes mais esbranquiçadas;
  • Enjoos constantes.

Os sintomas de câncer no fígado normalmente surgem quando o câncer já está bem desenvolvido e, por isso, na maioria dos casos, o câncer de fígado pode ser descoberto numa fase avançada, o que diminui as suas chances de cura.

Assim, quando existem fatores de risco, como consumo excessivo de álcool ou doenças no fígado, é importante fazer consultas regulares no hepatologista para avaliar frequentemente o fígado e observar alterações que possam surgir.

Não ignore os seus sintomas!

Priorize sua saúde. Descubra a causa dos seus sintomas e receba o cuidado que precisa.

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como é feito o diagnóstico

Nos casos em que surge algum destes sintomas, ou existem muitos fatores de risco, é aconselhado consultar um hepatologista para fazer exames de diagnóstico, como ultrassom do abdômen, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para confirmar se existem alterações que possam indicar a presença de uma mancha ou nódulo que seja sugestivo de tumor. Conheça mais sobre os exames para avaliar o fígado.

É importante lembrar que nem todo nódulo ou cisto no fígado indicam câncer, devendo aguardar a análise do médico das suas características, podendo concluir se há risco ou não. Se forem identificadas alterações suspeitas, o médico pode pedir uma biópsia de um pedaço de fígado, para comprovar em laboratório se existem células cancerígenas no órgão. Entenda quando o cisto no fígado é perigoso

Para os casos menos suspeitos, é indicado repetir os exames periodicamente, a cada ano ou a cada 3 anos, de acordo com cada caso, para que seja possível acompanhar se  há crescimento ou desenvolvimento de novas características que possam indicar câncer.

Quem tem maior risco

Apesar de qualquer pessoa poder desenvolver o câncer no fígado, este tipo de câncer é mais comum em pessoas com:

  • Infecção crônica pelos vírus da hepatite B ou C;
  • Diabetes do tipo 2;
  • Fígado gordo;
  • Consumo excessivo de álcool, que pode aumentar o risco de cirrose hepática;
  • Obesidade;
  • Tabagismo.

Além disso, casos de colite ulcerativa ou de colangite esclerosante de longa duração também podem desenvolver câncer no fígado mais facilmente.

Tipos de câncer no fígado

O câncer no fígado pode ser primário, ou seja, quando surge diretamente no fígado, ou pode ser secundário, por metástase ou disseminação do câncer de outros órgãos, como pulmões, estômago, intestino ou mama, por exemplo.

O tipo mais comum de câncer primário do fígado é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular, que também é o mais agressivo, e é originado nas principais células que formam o fígado, chamadas de hepatócitos. Outro tumor primário comum é o colangiocarcinoma, originado nas vias biliares.

Outros tipos de tumor mais raros incluem o carcinoma hepático variante fibrolamelar, angiossarcoma ou hepatoblastoma, por exemplo. 

Como é feito o tratamento

O tratamento do câncer no fígado depende do tamanho e tipo do câncer, localização, se há metástase e estado geral de saúde da pessoa.

De forma geral, o tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, ablação termal, que é o uso de calor para destruir as células cancerígenas, e a terapia dirigida, que é o uso de medicamentos que atacam diretamente as células do câncer.

A cirurgia é feita para tirar a parte do fígado afetada, sendo normalmente realizada nas fases mais iniciais da doença e/ ou quando o câncer é pequeno. No entanto, nos casos mais graves, pode ser necessário remover todo o órgão e realizar um transplante de fígado. Entenda como é feito o transplante de fígado.

A quimioterapia, a ablação termal, a radioterapia e a terapia dirigida é realizada quando o câncer não pode ser removido por cirurgia, quando a saúde da pessoa não permite a realização do procedimento cirúrgica ou quando o câncer se espalhou para outros órgãos.