O pós operatório da cirurgia cardíaca consiste em repouso, preferencialmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas primeiras 48 horas após o procedimento. Isso porque na UTI há todos os equipamentos que podem ser utilizados para monitorar o paciente nessa fase inicial, na qual existem maiores chances de ocorrer distúrbios eletrolíticos, como o de sódio e potássio, arritmia ou parada cardíaca, que é uma situação de emergência em que o coração deixa de bater ou passa a bater lentamente, podendo levar à morte. Saiba mais sobre a parada cardíaca.
Após 48 horas, a pessoa poderá ir para o quarto ou enfermaria, devendo permanecer até que o cardiologista garanta que é seguro que ele possa voltar para casa. A alta depende de uma série de fatores como estado de geral de saúde, alimentação e nível de dor, por exemplo.
Logo após a cirurgia cardíaca, é indicado que a pessoa inicie o tratamento de fisioterapia, que deverá ser realizado por cerca de 3 a 6 meses ou mais, dependendo da necessidade, para que melhore a qualidade de vida e permita uma recuperação mais saudável.
Recuperação da cirurgia cardíaca
A recuperação da cirurgia cardíaca é lenta e pode ser demorada e depende do tipo de cirurgia que foi realizada pelo médico. Se o cardiologista optou pela cirurgia cardíaca minimamente invasiva, o tempo de recuperação é menor, podendo a pessoa voltar a trabalhar em mais ou menos 1 mês. No entanto, se foi realizada cirurgia tradicional, o tempo de recuperação pode chegar a 60 dias.
Após a cirurgia a pessoa deve seguir algumas orientações do médico para evitar complicações e acelerar o processo de recuperação, como:
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Curativo e pontos cirúrgicos: o curativo da cirurgia deverá ser trocado pela equipe de enfermagem após o banho. Quando o paciente recebe alta para casa, já está sem o curativo. Também é recomendado tomar banho de chuveiro e utilizar sabonete neutro líquido para lavar a região da cirurgia, além de secar a área com uma toalha limpa e vestir roupas limpas e com botões para frente para facilitar a colocação da roupa;
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Contato íntimo: o contato íntimo só deve voltar a ocorrer após 60 dias da cirurgia cardíaca, já que pode alterar os batimentos cardíacos;
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Recomendações gerais: é proibido no pós-operatório fazer esforço, dirigir, carregar peso, dormir de barriga para baixo, fumar e consumir bebidas alcoólicas. Após a cirurgia é normal ficar com as pernas inchadas, por isso é recomendado realizar caminhadas leves diariamente e evitar ficar muito tempo sentado. Quando em repouso, é aconselhado apoiar os pés sobre o travesseiro e mantê-los elevados.
Quando voltar ao médico
É recomendado voltar ao cardiologista quando surgirem um ou mais dos seguintes sintomas:
- Febre maior que 38ºC;
- Dor no peito;
- Falta de ar ou tontura;
- Sinal de infecção nas incisões (saída de pus);
- Pernas muito inchadas ou doloridas.
A cirurgia cardíaca é um tipo de tratamento para o coração que pode ser feito para reparar danos no próprio coração, nas artérias ligadas à ele, ou para sua substituição deste órgão. A cirurgia cardíaca pode ser feita em qualquer idade, havendo risco maior de complicações em idosos.
Tipos de Cirurgia Cardíaca
Há vários tipos de cirurgia cardíaca que podem ser recomendadas pelo cardiologista de acordo com os sintomas da pessoa, como:
- Revascularização do Miocárdio, também conhecida como ponte de safena - veja como é feita a cirurgia de ponte de safena;
- Correção de Doenças Valvares como plastia ou troca de válvulas;
- Correção de Doenças da Artéria Aorta;
- Correção de Cardiopatias Congênitas;
- Transplante Cardíaco, em que o coração é substituído por outro. Saiba quando é feito o transplante de coração, riscos e complicações;
- Implante de Marcapasso Cardíaco, que é um pequeno aparelho que tem como função regular os batimentos cardíacos. Entenda como é feita a cirurgia para colocar o marcapasso.
A cirurgia cardíaca minimamente invasiva assistida consiste na realização de um corte na parte lateral do peito, de cerca de 4 cm, que permite a entrada de um mini aparelho que consegue visualizar e reparar qualquer dano no coração. Esta cirurgia cardíaca pode ser realizada em caso de cardiopatias congênitas e insuficiência coronariana (revascularização miocárdica). O tempo de recuperação é reduzido em 30 dias, podendo a pessoa voltar às atividades normais em 10 dias, no entanto esse tipo de cirurgia só é realizada em casos bastante selecionados.
Cirurgia cardíaca pediátrica
A cirurgia cardíaca em bebê, assim como nas crianças, exige muita cautela e deve ser realizada por profissionais especializados e, por vezes, é a melhor forma de tratamento para salvar a vida da criança que nasce com alguma malformação cardíaca.