O que é:
A cistectomia é um procedimento cirúrgico indicado no tratamento para câncer de bexiga invasivo, principalmente em caso de câncer de bexiga estágios 2 e 3.
Dependendo da gravidade e extensão do câncer, pode ser necessária a remoção de parte ou da bexiga toda, além de outras estruturas próximas, como próstata e glândulas seminais, no caso dos homens, e útero, ovário e parte da vagina, no caso das mulheres.
Essa cirurgia é feita sob anestesia geral e pode ser feito por meio de um corte do abdômen ou vários cortes pequenos por onde passa um aparelho que possui uma microcâmera em sua extremidade. Após a cirurgia, é recomendado que a pessoa permaneça cerca de 30 dias repouso, evitando esforços.
Quando é indicada
A cistectomia é um procedimento que pode ser indicado pelo médico para o tratamento de câncer de bexiga. Assim, a cistectomia costuma ser indicada quando o câncer de bexiga está no estágio 2, que é quando o tumor atinge a camada muscular da bexiga, ou 3, que é quando ultrapassa a camada muscular da bexiga e atinge os tecidos ao seu redor.
Assim a partir da realização desse procedimento, é possível remover a parte comprometida pelo câncer e, assim, aumentar as chances de cura.
Preparo para a cistectomia
Antes de realizar a cistectomia, é indicado suspender o uso de medicamentos que possam interferir na coagulação sanguínea. Além disso, é indicado que a pessoa fique de jejum de pelo menos 8 horas antes da cirurgia.
Tipos de cistectomia
De acordo com a extensão e gravidade do câncer de bexiga, o médico pode optar por dois tipos de cistectomia:
- Cistectomia parcial ou segmentar, que é normalmente indicado em câncer de bexiga que encontra no estágio 2, em que o tumor atinge a camada muscular da bexiga e está bem localizado. Assim, o médico pode optar por retirar apenas o tumor ou a parte da bexiga que contém o tumor, sem que haja a necessidade de remover totalmente a bexiga;
- Cistectomia radical, que é indicada no caso de câncer de bexiga de estágio 3, ou seja, quando o tumor também atinge os tecidos próximos à bexiga. Dessa forma, o médico indica, além da remoção da bexiga, a remoção da próstata e das glândulas seminais, no caso dos homens, e do útero e parede da vagina, no caso das mulheres. Além disso dependendo da extensão do câncer, pode ser necessário, também, remover das mulheres os ovários, tubas uterina e o útero, por exemplo.
Apesar da maioria das mulheres submetidas a esse tipo de cirurgia já estarem na menopausa, muitas podem ainda ter vida sexual ativa, sendo esse fator levado em consideração no momento da cirurgia. Além disso, os homens em idade reprodutiva também devem ter em mente a consequência da cirurgia, uma vez que na cistectomia radical a próstata e as glândulas seminais podem ser retiradas, interferindo na produção e armazenamento do sêmen.
Como é feita
A cistectomia é feita sob anestesia geral por meio de um corte no abdômen ou por meio de vários cortes pequenos, sendo utilizado um aparelho que contém uma microcâmera em sua extremidade para visualizar a pelve internamente, sendo essa técnica denominada cistectomia laparoscópica.
No caso da cistectomia parcial, não é necessária cirurgia para reconstrução da bexiga, no entanto a bexiga pode não ser capaz de conter muita urina, o que pode fazer com que a pessoa sinta vontade de ir ao banheiro muitas vezes ao dia. No entanto, no caso da cistectomia radical, é necessária cirurgia para construção de um novo caminho para a armazenamento e eliminação da urina, bem como para reconstrução do canal vaginal, no caso das mulheres.
Após a cirurgia, é normal que seja indicada a realização de sessões de quimioterapia ou radioterapia para evitar a proliferação de novas células tumorais. Além disso, é normal que seja notado sangue na urina, infecções recorrentes do trato urinário e incontinência urinária, por exemplo.
Conheça outras opções de tratamento para o câncer de bexiga.