Cisto na cabeça: o que é, sintomas, tipos e tratamento

Cisto na cabeça é um tumor normalmente benigno que pode ser preenchido por líquido, tecido, sangue ou ar e que geralmente surge durante a gestação, logo após o nascimento ou ao longo da vida e pode ocorrer tanto na pele quanto no cérebro.

O cisto na cabeça pode desaparecer, aumentar de tamanho ou gerar sintomas quando está localizado no cérebro, como dor de cabeça, náusea, tontura e problemas no equilíbrio.

O tratamento do cisto na cabeça é feito pelo neurologista e varia de acordo com o tipo de cisto, tamanho e sintomas, podendo ser indicado acompanhamento médico regular ou realizar a remoção do cisto por meio de cirurgia.

Sintomas de cisto na cabeça

Os principais sintomas de cisto na cabeça são:

• Dor de cabeça;
• Náuseas e/ou vômitos;
• Tontura ou vertigem;
• Perda da coordenação motora ou do equilíbrio;
• Fraqueza ou dormência nos braços ou pernas;
• Convulsões.

Além disso, também podem surgir alterações na visão ou audição, confusão mental ou perda da força, por exemplo.

Os sintomas de cisto na cabeça variam de acordo com sua localização, tamanho e tipo devendo sempre ser avaliado pelo neurologista para indicar o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do cisto na cabeça, quando presente no cérebro, é feito pelo neurologista ou dermatologista através da avaliação dos sintomas e histórico de saúde.

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Além disso, o neurologista deve fazer uma exame neurológico completo e solicitar exames como ressonância magnética ou tomografia computadorizada para identificar a localização do cisto, assim como seu tamanho, tipo e características.

Já o dermatologista pode solicitar um ultrassom do cisto ou realizar uma biópsia para avaliar se o cisto na pele da cabeça é benigno ou maligno.

Tipos de cisto na cabeça

Os principais tipos de cisto na cabeça são:

1. Cisto aracnoide

O cisto aracnoide é formado na membrana aracnoide, entre as membranas dura-máter e pia-máter, afetando principalmente o cérebro e em alguns casos a medula espinhal.

Esse cisto pode ser congênito, estando presente desde o nascimento ou se formar na vida adulta devido a traumas ou infecções.

O cisto aracnoide possui líquido cefalorraquidiano (LCR), também chamado de liquor, no seu interior  e normalmente não causam sintomas. No entanto, os sintomas podem surgir se o cisto aumentar de tamanho.

2. Cisto do plexo vascular

O cisto do plexo vascular é raro, ocorrendo em apenas 1% dos fetos, e é caracterizado pelo acúmulo de líquidos em uma cavidade do cérebro, geralmente em uma região do cérebro em que há tecido morto.

Esse tipo de cisto pode ser diagnosticado através do ultrassom a partir a 14ª semana de gestação e não necessita de terapia, apenas acompanhamento, pois não representa risco nem para o bebê e nem para a mãe.

Normalmente ele é reabsorvido pelo próprio organismo após a 28ª semana de gestação.

3. Cisto dermoide

O cisto dermoide também é resultado de alterações durante o desenvolvimento do feto, mas também podem surgir ao longo da vida.

Esse tipo de cisto de cabeça é um cisto de pele que pode surgir em qualquer região do corpo, incluindo a cabeça, principalmente na testa e atrás das orelhas.

O cisto epidermoide é caracterizado pelo acúmulo de células na pele, não causa sintomas e são livres, ou seja, pode se deslocar na pele. 

4. Cisto epidermoide

O cisto epidermoide, também chamado de cisto sebáceo, pode surgir no couro cabeludo devido a uma obstrução na glândula sebácea, fazendo com que o sebo se acumule sob a pele.

Esse tipo de cisto pode ser causado por traumas na pele, como cortes ou feridas, e geralmente não causa sintomas.

5. Cisto coloide

O cisto coloide é um cisto cerebral benigno que, geralmente, se forma no terceiro ventrículo do cérebro.

Esse tipo de cisto pode causar um bloqueio do fluxo do líquido cefalorraquidiano e aumentar a pressão intracraniana ou resultar em hidrocefalia.

6. Cisto pineal

O cisto pineal é um tipo de tumor benigno da glândula pineal no cérebro, também conhecida como glândula hipófise.

Esse tipo de cisto geralmente não causa sintomas, podendo ser descoberto em exames de imagem do cérebro.

7. Neurocisticercose

A neurocisticercose é uma doença parasitária causada pela ingestão de ovos do verme Taenia solium.

As larvas desse verme podem chegar até o cérebro formando múltiplos cistos e causando convulsões, dor de cabeça ou náuseas e vômitos.

Quando a larva da neurocisticercose morre no cérebro, ocorre a calcificação dos cistos, que são cistos "inativos".

Como é feito o tratamento

O tratamento do cisto na cabeça deve ser feito com orientação do neurologista, quando afeta o cérebro, ou do dermatologista, quando o cisto surge na pele.

Os principais tratamentos para cisto na cabeça são:

1. Vigilância ativa

A vigilância ativa é feita através do acompanhamento médico regular, sendo normalmente recomendado no caso de cistos que afetam o cérebro que são pequenos e não causam sintomas.

Assim, o neurologista faz apenas o acompanhamento do cisto cerebral ao longo do tempo, para avaliar sua evolução e/ou desenvolvimento de sintomas, repetindo os exames anualmente. 

2. Uso de remédios

No caso de cistos na cabeça que afetam o cérebro, o neurologista pode indicar o uso de remédios de acordo com os sintomas apresentados, como anticonvulsivantes, analgésicos ou antieméticos, por exemplo.

3. Drenagem do cisto

Para os cistos de pele na cabeça, como o cisto sebáceo, o dermatologista pode fazer a drenagem do cisto indicar o uso de antibióticos caso fique infeccionado.

4. Cirurgia

A cirurgia para cisto na cabeça pode ser indicada pelo neurologista e feita pelo neurocirurgião para remover o cisto quando é grande e os sintomas não melhoram com o uso de remédios.

Além disso, o neurocirurgião pode colocar um shunt que é um pequeno tubo no cérebro com uma válvula para drenar o líquido cefalorraquidiano, aliviando a pressão intracraniana e para tratar a hidrocefalia.

Para os cistos de pele, o dermatologista também pode indicar a cirurgia para sua remoção, principalmente quando são grandes, causam desconforto ou estão infectados.

Cisto na cabeça é perigoso?

O cisto na cabeça, na maioria dos casos, não é perigoso, sendo uma condição benigna.

No entanto, quando crescem ou dependendo da sua localização e causa, o cisto na cabeça que afeta o cérebro, pode ser perigoso, como o cisto coloide ou a neurocisticercose, por exemplo.

Nesses casos, o tratamento deve ser feito como recomendado pelo neurologista para evitar complicações que podem colocar a vida em risco.