Comer placenta faz bem para a saúde? (e possíveis riscos)

Evidência científica

Acredita-se que comer a placenta faz bem para a saúde da mulher, ajudando na recuperação do parto, melhorando o bem-estar, aumentando a produção de leite, diminuindo a depressão pós-parto e fortalecendo o sistema imunológico, por exemplo.

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Comer placenta depois do parto, conhecido como placentofagia, é uma prática comum entre muitos animais mamíferos e que tem se tornado popular entre as mulheres em alguns países.

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No entanto, não existem evidências científicas de que comer a placenta ofereça benefícios à saúde. Além disso, comer placenta aumenta os riscos de infecções bacterianas e virais na mãe e no bebê e, por isso, não é indicado ou recomendado.

Imagem ilustrativa número 1

Come placenta faz bem?

Acredita-se que comer a placenta depois do parto, crua, cozida ou na forma de cápsulas, por exemplo, melhora o bem-estar, aumenta a produção de leite, diminui a depressão pós-parto, promove efeitos estéticos, melhora o ganho de peso do bebê e fortalece a imunidade.

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Isso acontece porque algumas mulheres acreditam que a placenta poderia lhes fornecer maior teor de hormônios e nutrientes importantes, como ferro e vitaminas do complexo B.

Entretanto, os estudos atuais mostram que as mulheres que comem a própria placenta não têm mais energia, menores riscos de depressão pós-parto, aumento dos níveis de vitaminas, ferro ou maior produção de leite, quando comparado com as mulheres que não consomem a placenta.

Além disso, não existe comprovação científica de que comer a placenta promova benefícios para a saúde seja da mulher ou do bebê.

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Possíveis riscos de comer placenta

Os possíveis riscos de comer placenta crua, assada, cozida, desidratada ou cápsulas são:

  • infecção por Streptococcus tipo B;
  • Hepatite A;
  • Sífilis;
  • Zika;
  • Toxoplasmose;
  • HIV.

Comer a placenta após o parto pode aumentar o risco dessas infecções na mulher, no bebê ou em outras pessoas que também consumirem ou manipularem esse órgão.

Isso acontece porque a placenta pode ser contaminada pela mulher durante a gravidez ou o parto. Além disso, o armazenamento, a manipulação e o processamento inadequados da placenta, também podem contaminar esse órgão, aumentando o risco de contaminação da mãe ou do bebê.

Além disso, a placenta também pode causar intoxicação na mãe, porque alguns elementos tóxicos como arsênico, chumbo, cádmio e mercúrio podem ser encontrados nas placentas.

Assim, o ato de comer placenta depois do parto não deve ser indicado ou recomendado pelos médicos, além de não ser aprovado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).