O que fazer para curar a depressão: 5 estratégias comprovadas

O tratamento para a depressão é focado na melhora dos sintomas e da qualidade de vida e na diminuição do risco de suicídio. Apenas das causas da depressão ainda não serem totalmente esclarecidas, existem várias alternativas para tratar esse transtorno, como medicamentos, psicoterapia e terapia alternativas.

Por isso, para tratar um quadro de depressão, o psicólogo e o psiquiatra podem escolher uma ou mais técnicas, que podem ser realizadas em conjunto ou separadas, no entanto o tipo de tratamento, tempo e doses de medicamentos podem variar de uma pessoa para outra.

Nos casos mais leves, normalmente não é necessário tratamento médico, podendo ser feito apenas com psicoterapia, por outro lado, nos casos mais graves, é possível que a pessoa necessite de hospitalização e observação médica até que os sintomas melhorem.

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1. Uso de remédios

Os medicamentos para depressão são chamados de antidepressivos e são usados para repor os neurotransmissores no cérebro, como serotonina, dopamina e noradrenalina que, normalmente, estão diminuídos na depressão. O uso de remédios é indicado principalmente nos casos moderados e graves.

Os principais antidepressivos utilizados para o tratamento da depressão são:

Classe do antidepressivo Alguns nomes genéricos Efeitos colaterais
Antidepressivos tricíclicos Imipramina, Clomipramina, Amitriptilina ou Nortriptilina Boca seca, retenção urinária, prisão de ventre, sonolência, pressão baixa, tonturas ao levantar e problemas sexuais, como disfunção erétil
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina Fluoxetina, Paroxetina, Citalopram, Escitalopram, Sertralina ou Trazodona Tontura, boca seca, produção excessiva de suor, nervosismo, náusea, dor de cabeça e problemas de ejaculação
Inibidores da recaptação ou aumento da atividade da serotonina e da noradrenalina Venlafaxina, Desvenlafaxina, Duloxetina ou Mirtazapina Boca seca, insônia, nervosismo, tremores, tonturas, vômitos, problemas de ejaculação, excesso de suor e visão turva
Inibidores da Monoaminoxidase Seleginina, Pargilina, Fenelzina ou Toloxatona Aumento da produção de suor, hipotensão postural, aumento dos batimentos cardíacos, náusea, insônia e disfunção sexual

Os remédios passam a fazer efeito em cerca de 2 a 6 semanas, e o tempo de tratamento também pode variar de pessoa para pessoa, sendo, em alguns casos, necessário por apenas um curto período, como 6 meses, como também pode ser necessário por vários anos. O que irá ajudar o médico a determinar o tempo de tratamento, a dose e o tipo do remédio é a melhoria dos sintomas e a forma como a pessoa está reagindo ao tratamento.

Além disso, somente o uso de remédios pode não ser suficiente para curar uma depressão, sendo importante que a pessoa trabalhe o seu lado psicológico, através de conversas, sessões de psicoterapia e atividades que estimulem autoconhecimento, por exemplo.

2. Psicoterapia

A psicoterapia é feita por um psicoterapeuta e é importante para ajudar na resolução de dificuldades emocionais, estimulando o autoconhecimento e a resolução de conflitos internos da pessoa.

Esta terapia é fundamental e é aconselhada mesmo quando a pessoa já utiliza medicamentos, pois ajuda a reorganizar os pensamentos e estimular sentimentos e sensações de alegria. Algumas das técnicas utilizadas são a cognitivo-comportamental e o mindfulness.

3. Eletroconvulsoterapia

A eletroconvulsoterapia consiste em um procedimentos de eletrochoques cerebrais, de forma controlada e indolor, que facilitam a reorganização da atividade cerebral. É um tipo de tratamento realizado para os casos de depressão grave, em que não houve melhora com os outros tratamentos disponíveis.

4. Novas terapias

Existem terapias mais recentes, que têm demonstrado bons resultados para o tratamento da depressão de pessoas que não melhoram com outras formas de tratamento. Entre eles estão a estimulação magnética transcraniana, a estimulação do nervo vago e a estimulação cerebral profunda.

Estas são formas de estimulação e reorganização da atividade do cérebro, através do implantes de pequenos eletrodos estimuladores, capazes de tratar também diversas doenças neurológicas, como depressão, epilepsia ou Parkinson, por exemplo.

5. Terapias alternativas

Existem formas mais naturais que são ótimas aliadas para complementar o tratamento da depressão, mas que não devem substituir o tratamento orientado pelo médico. Dentre elas estão:

  • Acupuntura: pode aliviar diversos sintomas associados à esta doença, como dor, ansiedade e insônia;
  • Meditação: proporciona autoconhecimento e controle dos sentimentos, o que pode melhorar a confiança e autoestima;
  • Atividade física: a prática regular de exercício ajuda a liberar hormônio como serotonina e endorfina, essenciais no tratamento da depressão, além de melhorar o bem-estar. O exercício em grupo, como um esporte, pode ter ainda mais benefícios, devido a melhora da convivência social;
  • Reiki: é um técnica que proporciona relaxamento e bem-estar, podendo ser útil para combater sintomas da depressão;
  • Alimentação antidepressiva: existem alimentos, como banana, amendoim, aveia e leite, que aumentam os níveis de triptofano e outras substância, como magnésio, que estimulam a produção de hormônios do bem estar. Saiba quais são os alimentos que ajudam a sair da depressão.

Além disso, é recomendado investir em hobbies como música, leitura e atividades em grupo, por exemplo, pois são atividades que melhoram a autoestima e a autoconfiança, sendo importantes passos para a cura da depressão. Veja mais dicas de como melhorar a autoestima.

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Quanto tempo dura o tratamento da depressão?

Não existe um tempo pré-definido para o tratamento da depressão, assim, algumas pessoas melhoram após alguns meses, já outras precisam tratar durante anos. Isso normalmente depende da causa e da gravidade da doença, além da possibilidade e vontade da pessoa em seguir o tratamento corretamente.

Cuidados durante o tratamento

Algumas dicas para potencializar o tratamento da depressão, e permitir uma curar mais rápida, são:

  • Não manter o mesmo remédio, se não houver melhora após 6 semanas: esse é o tempo necessário para qualquer remédio fazer efeito, assim, se neste período nenhuma melhora foi notada, é importante conversar com o psiquiatra para aumentar a dose ou, em alguns casos, mudar o tipo de remédio;
  • Fazer reavaliações com o psiquiatra: é importante ter consultas de acompanhamento com o médico nos tempos predeterminado, a cada 3 ou 6 meses, por exemplo, para que sejam reavaliados os sintomas e necessidade de ajuste das doses;
  • Procurar ajuda: é mais difícil vencer uma depressão sozinho, portanto é fundamental falar com um amigo, familiar, psicólogo ou com o médico sempre que não estiver bem, ou notar piora dos sintomas;
  • Traçar objetivos: adotar um objetivo ou meta alcançar, como começar um projeto, um trabalho ou uma atividade nova, pois podem ser atitudes que ajudam a dar sentido à vida;
  • Evitar hábitos pouco saudáveis, como álcool, tabagismo, estresse, ficar muito tempo nas redes sociais e não dormir adequadamente, por exemplo.

Além disso, é importante expor-se ao sol por pelo menos 15 minutos diariamente, evitar os pensamentos negativos, manter-se em um ambiente aberto e com luminosidade, escutar música e ao cinema ou teatro, por exemplo, pois são atitudes que podem ajudar a curar a depressão mais rápido.

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