Tomar leite na gravidez: benefícios e cuidados a ter

O consumo de leite de vaca na gravidez não é proibido porque ele é rico em cálcio, vitamina D, zinco, proteínas, que são nutrientes muito importantes e que trazem vários benefícios para o bebê e para a mãe. No entanto, o leite deve ser pasteurizado, pois isso garante que foram eliminadas todas as bactérias que podem provocar algumas doenças.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Nutricionista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Para obter todos os benefícios, é aconselhado que a gestante tome, em média, 750ml de leite de vaca por dia. O leite também pode ser consumido sob a forma de outros alimentos como queijo ou iogurte natural grego. Após o parto, se a mãe amamentar, é recomendado aumentar a ingestão de leite para 1 litro por dia. No caso de intolerância à lactose, a grávida pode optar por queijos curados e envelhecidos, assim como o leite de amêndoa, pra substituir o leite de vaca.

Além de aumentar a ingestão de leite, existem outros cuidados com a alimentação que ajudam a garantir todos os nutrientes necessários para uma gravidez saudável e um desenvolvimento saudável do bebê, estejam assegurados e se reduza o risco de possíveis complicações na gravidez e para o bebê. Entenda como deve ser a alimentação na gravidez.

Imagem ilustrativa número 1

Principais benefícios

Os principais benefícios do consumo do leite na gravidez são:

1. Formação da placenta

O leite tem proteínas que são essenciais para a formação da placenta e para o desenvolvimento e crescimento do bebê, porque, principalmente, no segundo e terceiro trimestre de gravidez, a necessidade de ingerir proteína está aumentada.

As proteínas estão, ainda, presentes em alimentos como o queijo, iogurte, feijão, ervilhas, carne, peixe ou ovos. Conheça os principais alimentos ricos em proteína.

2. Desenvolvimento dos ossos e dos dentes do bebê

Um dos principais nutrientes do leite é o cálcio, que é muito importante para o desenvolvimento dos ossos e dos dentes do bebê, mas que também ajuda na redução de problemas dos dentes na mãe.

A quantidade de cálcio que deve ser consumida por dia, durante a gravidez, varia de acordo com a idade da mulher, sendo 1300 mg/dia, para uma mulher entre os 14 e os 18 anos, e 1000 mg/dia, para uma mulher entre os 19 e os 50 anos.

Além do leite, é possível encontrar cálcio em produtos lácteos, como iogurte ou o queijo, na couve galega cozida, no tofu ou no pão de centeio integral. É importante optar por um produto lácteo com menor percentagem de gordura, pois possuem maior concentração de cálcio. Veja quais os alimentos ricos em cálcio.

3. Funcionamento do sistema imunitário

O leite tem zinco que ajuda no bom funcionamento do sistema imunológico e no desenvolvimento neurológico do bebê.

Uma baixa quantidade de zinco pode provocar malformações no bebê, baixo peso, ou em casos graves, morte prematura.

O zinco pode também ser encontrado em produtos lácteos como o queijo ou iogurte, na carne de vaca, nos cereais ou em oleaginosas como amêndoa, amendoim ou noz. Saiba quais os alimentos mais ricos em zinco.

4. Desenvolvimento cognitivo do bebê

O leite é um alimento que deve ser consumido durante a gravidez porque tem iodo, que é importante para o desenvolvimento e crescimento do cérebro e do sistema nervoso do bebê e a sua deficiência pode provocar malformações cognitivas.

Por outro lado, como o leite tem iodo, é recomendado durante a gravidez e a amamentação porque ajuda com o metabolismo da mulher e ajuda na eliminação de urina.

O iodo pode também ser encontrado em produtos lácteos como o queijo ou iogurtes, no peixe, especialmente do mar, nas leguminosas ou legumes e, na água do mar, sendo aconselhados banhos de mar. Conheça 28 alimentos ricos em iodo.

5. Manter a saúde do intestino

Tomar leite na gravidez também ajuda a manter a saúde do intestino porque o leite possui probióticos, que são bactérias boas que se encontram, principalmente, no leite fermentado e nos iogurtes.

O consumo de probióticos durante a gravidez tem influência, por exemplo, no intestino do bebê porque as bactérias boas passam para o feto, durante o parto ou durante a amamentação.

Além disso, os probióticos ajudam na recuperação do peso após o parto e, na prevenção de obesidade, diabetes tipo 2 ou depressão.

Veja como emagrecer no pós-parto assistindo ao vídeo a seguir:

Como emagrecer no pós-parto

03:32 | 185.702 visualizações

Tomar café com leite na gravidez faz mal?

Tomar café com leite na gravidez não faz mal, desde que em quantidades moderadas, porque a cafeína presente no café, quando em exagero, pode aumentar o risco de prematuridade e, até, de abordo espontâneo. Por isso, qualquer outro alimento que contenha cafeína também deve ser ingerido em pequenas quantidades. Inclusive depois do nascimento do bebê, durante a amamentação, a cafeína deve ser evitada para garantir que o bebê não fica agitado.

A quantidade de cafeína que se pode tomar por dia é de aproximadamente 200 a 300 mg, sendo que uma chávena de café instantâneo tem cerca de 60-70 mg de cafeína, uma chávena de café expresso tem cerca de 100-150 mg de cafeína e 200 ml de chá têm, em média, 47 mg de cafeína.

Alternativas ao consumo de leite

Caso a mulher não goste de beber leite, pode consumir outros alimentos lácteos como a manteiga, o queijo pasteurizado ou iogurtes, ou alimentos que contenham os mesmos nutrientes que o leite, como os frutos secos, cereais, vegetais escuros, peixe, carne ou ovo.

Outros cuidados com a alimentação na gravidez

Assim como existem cuidados no consumo de leite durante a gestação, também existem outros cuidados importantes na alimentação da grávida, uma vez que alguns alimentos devem ser preferidos devido aos seus benefícios, como alimentos ricos em ferro, proteínas ou cálcio, enquanto outros devem ser evitados porque podem provocar complicações para a gravidez e para o bebê.

Todos os alimentos que forem consumidos crus, devem ser bem lavados e, os restantes alimentos devem ser bem cozinhados e, alimentos como o leite e queijos não pasteurizados, o marisco cru ou mal cozinhado, peixe cru, os ovos crus ou mal cozinhados, devem ser evitados porque podem provocar infecções no bebê. Conheça 10 alimentos que a grávida não deve comer.

Vídeos relacionados

Como emagrecer no pós-parto

03:32 | 185.702 visualizações