O corrimento esverdeado normalmente é sintoma de infecção por Trichomonas vaginalis, um parasita que pode ser transmitido através da relação sexual desprotegida. Nesses casos, o corrimento verde é acompanhado também de outros sintomas como coceira, cheiro desagradável e queimação na região íntima.
O corrimento verde também pode ser sinal de outros problemas vaginais, como a vulvovaginite, que é uma inflamação que pode ser causada por alterações da microbiota vaginal, uso de sabonetes íntimos ou perfumes, por exemplo.
Na presença de corrimento esverdeado é sempre importante consultar um ginecologista, para identificar a causa e iniciar o tratamento mais indicado.
O que pode ser o corrimento esverdeado
O corrimento esverdeado pode ser sintoma de algumas situações, sendo as principais:
1. Tricomoníase
A tricomoníase é uma infecção vaginal causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis que, além de causar corrimento verde, também pode causar dor durante a relação sexual, cheiro desagradável, irritação e coceira na região genital, dor ao urinar e aumento da frequência urinária. Veja como identificar os sintomas de tricomoníase.
Como tratar: Geralmente tricomoníase é tratada com o uso de remédios antibióticos como o metronidazol ou tinidazol, que devem ser tomados 2 vezes por dia durante 5 a 7 dias de tratamento, ou de acordo com a recomendação do ginecologista.
2. Vulvovaginite
A vulvovaginite é uma inflamação que acontece na vulva e na vagina ao mesmo tempo, sendo a combinação de uma vulvite (inflamação na vulva) e de uma vaginite (inflamação do revestimento da vagina). Esta inflamação, além do corrimento esverdeado, causa também irritação, coceira, vermelhidão e inflamação genital, cheiro desagradável, desconforto ou sensação de queimação ao urinar.
A vulvovaginite pode ser causada por bactérias, fungos, vírus, ou outros parasitas, ou ainda por alergia a substâncias químicas encontradas em sabonetes ou perfumes, por exemplo.
Como tratar: Na maioria das vezes, o tratamento da vulvovaginite pode ser feito recorrendo-se ao uso de remédios antibióticos, antifúngicos ou anti-histamínicos, dependendo do tipo e da causa da infecção. Por exemplo, se vulvovaginite for causada por uma alergia a algum produto, o ginecologista pode indicar o uso de anti-histamínicos. No entanto, se surgir devido a uma infecção, o uso de antibióticos ou antifúngicos pode ser recomendado. Saiba mais sobre o tratamento para a vulvovaginite.
3. Vaginose bacteriana
Apesar de não ser a principal causa de corrimento esverdeado, em alguns casos é possível que a infecção por Gardnerella vaginalis, que é a bactéria responsável por causar a vaginose, também leve ao aparecimento desse tipo de corrimento.
Além do corrimento, a vaginose bacteriana pode ser caracterizada pela presença de pequenas bolhas na vagina e odor desagradável, semelhante ao cheiro de peixe estragado, que fica mais forte após a relação sexual desprotegida.
Como tratar: No caso da vaginose bacteriana, o tratamento indicado pelo ginecologista pode ser com antibióticos, sendo normalmente recomendado o uso de metronidazol em comprimido ou em forma de creme vaginal. Veja como deve ser o tratamento para vaginose bacteriana.
Opções de tratamento caseiro
Para completar o tratamento indicado pelo ginecologista, existem alguns cuidados de higiene e remédios caseiras que podem ajudar quando existe corrimento esverdeado, como por exemplo:
- Lavar 2 a 3 vezes por dia a região genital com água corrente. Confira algumas dicas para fazer a higiene íntima de forma correta;
- Fazer banhos de assento com água morna ou com chá de goiabeira, para ajudar a aliviar a coceira na região genital. Veja como preparar um banho de assento usando esse chá;
- Evitar o uso de roupas íntimas sintéticas ou apertadas, apostando em roupas íntimas de algodão.
Qualquer alteração no corrimento vaginal pode ser uma forma do organismo avisar de que existe algum problema, sendo por isso um alerta para se procurar o médico ginecologista logo que possível. Saiba o que quer dizer cada cor de corrimento vaginal.