COVID longa: o que é, sintomas, causas e tratamento

A COVID longa é uma condição clínica caracterizada pela presença de sintomas, como tosse persistente, confusão mental, fadiga e dor de cabeça, durante pelo menos 12 semanas após o diagnóstico da COVID-19.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Médico perto de você! Parceria com Buscar Médico

Também conhecida como Síndrome pós-COVID, a COVID longa pode estar relacionada com fatores como inflamação, disbiose intestinal, formação de pequenos coágulos no sangue e persistência do coronavírus no organismo.

Leia também: Síndrome pós-COVID: o que é, sintomas e o que fazer tuasaude.com/sindrome-pos-covid

O tratamento da COVID longa varia conforme os sintomas apresentados pela pessoa, podendo ser recomendado pelo médico o uso de medicamentos, a realização de sessões de fisioterapia, psicoterapia e treino olfatório.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de COVID longa

Os principais sintomas de COVID longa são:

  • Tosse persistente;
  • Dores musculares e nas articulações;
  • Dor no peito;
  • Fadiga;
  • Dificuldade para respirar;
  • Queda de cabelo;
  • Má digestão, diarreia e náuseas;
  • Perda do olfato e/ou paladar.

A pessoa com COVID longa também pode apresentar sintomas neurológicos e psicológicos, como confusão mental, dificuldade de concentração, dor de cabeça; esquecimento, ou névoa mental, insônia, vertigem, ansiedade e depressão.

Os sintomas da COVID longa geralmente duram pelo menos 12 semanas após o diagnóstico da infecção pelo coronavírus.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da COVID longa é feito pelo clínico geral, por meio da avaliação dos sintomas e sinais apresentados, e histórico de saúde da pessoa.

Marque uma consulta com o clínico geral mais perto da sua região, se deseja confirmar o risco de COVID longa:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Para confirmar o diagnóstico, o médico poderá indicar a realização de exames como exame de sangue, radiografia, eletrocardiograma e tomografia computadorizada, por exemplo.

Possíveis causas

Acredita-se que a COVID longa seja causada por fatores como:

  • Formação de pequenos coágulos de sangue, que podem impedir que os pulmões, cérebro e outros órgãos funcionem de forma adequada;
  • Inflamação, onde o sistema imunológico pode reagir exageradamente, mantendo a inflamação dos órgãos e tecidos mesmo após combater a COVID-19;
  • Disbiose, provocada por alterações na flora intestinal, onde níveis aumentados de bactérias patogênicas e níveis mais baixos de bactérias benéficas têm sido observados;
  • Persistência do vírus, onde o coronavírus mantém reservatórios de vírus no organismo, provocando uma inflamação contínua e resposta imunológica.

Além disso, o vírus da COVID-19 também pode ativar outros vírus, fungos e bactérias no organismo, como o vírus Epstein-Barr, ​​citomegalovírus e herpesvírus humano.

Quem possuir maior risco

Pessoas com mais de 65 anos, mulheres, além de pessoas com obesidade, doenças cardiovasculares, doença renal crônica, diabetes, alcoolismo e tabagismo, apresentam maiores riscos de desenvolver a COVID longa.

Além disso, pessoas que tiveram a forma grave de COVID-19, principalmente as que foram hospitalizadas, e pessoas não vacinadas contra a COVID-19, também possuem maior risco de COVID longa.

Leia também: 25 dúvidas sobre a vacina do coronavírus (COVID-19) tuasaude.com/duvidas-comuns-vacina-covid

Como é feito o tratamento

Conforme os sintomas apresentados, o tratamento da COVID longa pode incluir:

1. Medicamentos

Medicamentos imunomoduladores, antivirais e inibidores do fator de crescimento transformador-B, como remdesivir, favipiravir e nirmatrelvir-ritonavir, podem ser prescritos pelo médico para tratar alterações no sistema imunológico.

Anticoagulantes e analgésicos também podem ser prescritos para o tratamento de microtrombos e coagulação, e dores, respectivamente.

Outros medicamentos que estão sendo estudados para o tratamento da COVID longa são: ibudilast, imatinibe, infliximabe e canabinoides.

2. Fisioterapia

Sessões semanais de fisioterapia podem ser recomendadas pelo médico, para ajudar a aliviar as dores e a fraqueza muscular, melhorar a capacidade física, reduzir o stress e melhorar o humor.

Já em casos de sintomas respiratórios, pode-se também indicar sessões de fisioterapia respiratória, que ajuda a melhorar a respiração e facilitar a chegada do oxigênio nos tecidos.

Leia também: Fisioterapia respiratória: para que serve e como fazer (com exercícios) tuasaude.com/fisioterapia-respiratoria

3. Treinamento olfatório

Em casos de perda do olfato, o médico pode indicar o treinamento olfatório, que consiste em inalar por 20 segundos, 2 vezes ao dia, pó de café, essência de baunilha, suco concentrado de maracujá ou tangerina, vinagre de vinho tinto, cravo, pasta de dente de menta, e mel.

O treinamento olfatório é um tratamento usado para as perdas de olfato neurossensoriais, e funciona estimulando a ativação do sistema olfatório.

4. Psicoterapia

Sessões de psicoterapia, em grupo ou individual, podem ser recomendadas para pessoas com ansiedade, depressão, insônia ou transtorno de estresse pós-traumático, por exemplo.

Leia também: Psicoterapia: o que é, para que serve, tipos e como é feita tuasaude.com/o-que-e-psicoterapia

5. Mudanças no estilo de vida

Algumas mudanças no estilo de vida de pessoas com covid longa incluem manter uma alimentação saudável e variada, ter boas noites de sono, parar de fumar e limitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Além disso, também é recomendado praticar exercícios físicos, pelo menos 3 vezes na semana, conforme a liberação e recomendação do médico.

Vídeos relacionados

VACINA DO CORONAVÍRUS É SEGURA? com Dr. Esper Kallas

15:38 | 109.470 visualizações

O que é a SÍNDROME PÓS-COVID-19?

04:34 | 32.981 visualizações

5 EXERCÍCIOS PARA FORTALECER O PULMÃO | com @mircafisio

06:03 | 908.152 visualizações