Cura do HIV: quais os tratamentos sendo estudados

A infecção pelo HIV ainda não tem cura, no entanto, existem diversas pesquisas científicas sendo desenvolvidas para alcançar a cura da infecção pelo vírus HIV, como vacinas e terapia gênica.

O transplante de células tronco também tem sido estudado, já que algumas pessoas que fizeram esse tipo de terapia para o tratamento de leucemia também conseguiram a remissão ou "cura" do HIV.

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Desta forma, os estudos para eliminação definitiva do vírus HIV ainda continuam, pois o vírus é capaz de sofrer mutações facilmente, o que torna alcançar a cura mais difícil.

Imagem ilustrativa número 1

Por que o HIV ainda não tem cura?

A infecção pelo HIV ainda não tem cura definitiva devido a capacidade de mutação do vírus e de criar reservatórios dentro das células T CD4+, ficando na sua forma latente, o que permite que não sejam reconhecido pelo sistema imunológico.

No entanto, com os tratamentos atuais, como a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), quando feito adequadamente, é possível reduzir a carga viral até níveis não identificáveis. Porém, esse tratamento não é capaz de eliminar o vírus e nem curar a infecção.

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Principais pesquisas para cura do HIV

As principais pesquisas atuais para a cura do HIV são:

1. Vacina para HIV

A vacina terapêutica para HIV tem sido estudada e desenvolvida para ajudar o sistema imunológico a reconhecer o vírus e combatê-lo, reduzindo a carga viral e atrasando a evolução da infecção.

Essas vacinas têm sido desenvolvidas através de técnicas diferentes, como vacina de mRNA, vacina de vírus modificado e não infeccioso ou vacina baseada em células T.

No entanto, o desenvolvimento de vacinas para cura do HIV é complexo e difícil já que o vírus tem alta taxa mutação, além de ter a capacidade de escapar do sistema imunológico. Por isso, mais pesquisas continuam sendo realizadas.

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2. Transplante de células-tronco

O transplante de células tronco para cura do HIV tem sido estudado devido a "cura" de algumas pessoas após realização do transplante de medula óssea para o tratamento de leucemias.

A "cura" do HIV foi alcançada nesses casos, devido a uma mutação no gene do receptor CCR5 nas células dos doadores de medula óssea, importante para impedir a entrada do HIV nas células T. Isto fez com que a pessoa não produzisse mais células infectadas pelo HIV e, com o tratamento, as células que já estavam infectadas foram eliminadas.

No entanto, o temo "cura" não tem sido utilizado, mas remissão do HIV ou resposta virológica sustentada. Isso significa que a pessoa não apresenta carga viral após interromper o uso dos antirretrovirais, por pelo menos dois anos, e com diminuição progressiva de anticorpos contra o HIV.

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3. Terapia gênica

Uma outra possível forma de curar o HIV é através da terapia gênica, com técnicas como CRISPR, associada a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART). Essa terapia consiste em modificar os genes das células do sistema imunológico da pessoa para identificar e cortar sequências de DNA do vírus das células T infectadas, eliminando o HIV dessas células.

No entanto, é um tratamento que ainda vem sendo estudado, devido a capacidade do HIV de permanecer latente dentro das células T CD4+, ou seja, ficar dentro destas células inativo ou "escondido", não sendo reconhecido pelo sistema imune, nem sofrendo a ação dos antirretrovirais.

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4. Anticorpos neutralizantes de amplo espectro

Os anticorpos amplamente neutralizantes (bNAbs) para cura do HIV também têm sido estudados para o tratamento da infecção ou para preveni-la. Esse tipo de terapia utiliza anticorpo que se ligam a regiões da proteína do envelope, que é a região mais externa, do HIV, impedindo que o vírus entre e infecte as células T CD4+.

Os anticorpos amplamente neutralizantes conseguem neutralizar um maior número de cepas do HIV, já que o envelope do vírus varia menos de uma cepa para outra.

Porém, esses anticorpos tem um tempo de ação curto e, por isso, ainda estão sendo feitas outras pesquisas com formulações modificadas para melhorar seu tempo de efeito e potência, além de combinações com outros tratamentos, como a terapia gênica.

Como prevenir o HIV

As principais formas de prevenir a infecção pelo HIV são:

  • Usar camisinha masculina ou feminina corretamente, sempre que tiver relações sexuais, vaginais, anais ou orais;
  • Não compartilhar agulhas, seringas ou objetos pessoais, como lâmina de barbear ou alicate de unha;
  • Fazer o tratamento com antirretrovirais seguros para usar na gravidez, para evitar a transmissão para o bebê.

Além disso, outra forma de prevenção é fazer a profilaxia pré-exposição (PrEP) em pessoas com risco aumentado de entrar em contato com o vírus ou a profilaxia pós exposição (PEP). Veja como é feita a PrEP e a PEP.

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