Como é o desenvolvimento do bebê com síndrome de Down

O desenvolvimento psicomotor do bebê com síndrome de Down é mais lento que os bebês da mesma idade mas com a devida estimulação precoce, que normalmente tem início aos 3 meses, estes bebês poderão ser capazes de sentar, engatinhar, andar e falar, mas se eles não forem estimulados para isso, estes marcos do desenvolvimento vão acontecer ainda mais tarde.

Foto doutora realizando uma consulta
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É importante que o desenvolvimento do bebê seja acompanhado pelo pediatra, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, pois dessa forma é possível garantir que o seu desenvolvimento está acontecendo de forma saudável, assim como é possível promover o fortalecimento dos músculos relacionados com a deglutição e fala, e favorecer o equilíbrio. Veja mais sobre a síndrome de Down.

Imagem ilustrativa número 1

Desenvolvimento do bebê

O tônus muscular da criança portadora da síndrome de Down é mais fraco, sendo essa situação chamada de hipotonia, o que pode fazer com que o bebê demore um pouco mais para segurar a cabeça sozinho e, por isso, os pais devem ter muito cuidado e sempre apoiar o pescoço do bebê para evitar a luxação da cervical e até mesmo uma lesão na medula espinhal.

O desenvolvimento psicomotor da criança com Síndrome de Down é um pouco mais lento e por isso ela pode demorar a sentar, engatinhar e andar, mas o tratamento com a fisioterapia psicomotora pode ajudá-la a alcançar estes marcos do desenvolvimento mais rápido. Assim, o tempo médio para realizar alguns movimentos para as crianças portadoras de síndrome de Down que realizam sessões de fisioterapia são:

Com síndrome de Down e faz fisioterapia
Segura a cabeça 7 meses
Fica sentado 10 meses
Consegue rolar sozinho 8 a 9 meses
Começa a engatinhar 11 meses
Consegue ficar de pé com pequena ajuda 13 a 15 meses
Bom controle de pé 20 meses
Começa a andar 20 a 26 meses

Essa tabela reflete a necessidade da estimulação psicomotora para os bebês com síndrome de Down e esse tipo de tratamento deve ser realizada pelo fisioterapeuta e pelo psicomotricista, embora a estimulação motora feita pelos pais em casa seja igualmente benéfica e complementa o estímulo que o bebê com Síndrome de Down precisa diariamente.

Quando a criança não faz fisioterapia, esse período pode ser muito maior e a criança pode começar a andar somente perto dos 3 anos de idade, o que pode prejudicar sua interação com as outras crianças da mesma idade.

Fisioterapia para síndrome de Down

A fisioterapia para ajudar no desenvolvimento do bebê é indicada a partir do 3º mês de vida, sendo realizadas cerca de 2 a 3 sessões por semana, em que são realizados exercícios, em forma de brincadeiras, que têm como finalidade estimular precocemente a criança para que consiga segurar a cabeça, rolar, sentar, ficar de pé e andar mais rápido.

A fisioterapia inclui a terapia no solo e a estimulação psicomotora, onde são utilizados objetos como espelhos, bolas, espumas, tatame, circuitos e diversos brinquedos educativos que estimulam os sentidos. Seus principais benefícios são:

  • Combater a hipotonia, que é quando a criança tem a força muscular diminuída, e fica sempre muito molinha;
  • Favorecer o desenvolvimento motor e ajudar a criança a aprender a segurar a cabeça, sentar, rolar, ficar de pé e andar;
  • Desenvolver ou melhorar o equilíbrio nas diversas posturas, como sentado e de pé, para que ele não fique cambaleando quando tenta ficar de pé ou precisa andar de olhos fechados, por exemplo;
  • Tratar a escoliose, evitando que a coluna fique muito danificada e dificulte as mudanças de postura.

A técnica de Bobath também é uma boa forma de estimular o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down e consistem em exercícios realizados no chão ou com a bola, que trabalham os dois lados do corpo e o contralateral a fim de melhorar o desenvolvimento do sistema nervoso da criança.

Leia também: 8 tratamentos para síndrome de Down tuasaude.com/tratamentos-para-sindrome-de-down

O uso de bandagens, que são uma espécie de fita cola colorida que é aplicada na pele, também é um recurso que pode ser utilizado para facilitar o aprendizado de tarefas como conseguir sentar sozinho, por exemplo. Nesse caso, a bandagem pode ser aplicada cruzada na barriga da criança para que tenha mais firmeza e consiga levantar o tronco do chão, já que para realizar esse movimento é preciso um bom controle dos músculos abdominais, que geralmente são muito fracos em caso de síndrome de Down.

Exercícios para ajudar no desenvolvimento

Os exercícios para ajudar no desenvolvimento do bebê com síndrome de Down devem ser indicados pelo fisioterapeuta, já que devem ser individualizados, uma vez que cada criança apresenta características e necessidades diferentes. No entanto, de forma geral, alguns objetivos e exemplos de exercícios são:

  • Colocar o bebê sentado no colo e atrair sua atenção com um espelho ou brinquedo que emite sons, para ele conseguir segurar a cabeça quando estiver sentado;
  • Colocar o bebê deitado de barriga para baixo e atrair sua atenção, chamando-a pelo nome para ele olhar para cima;
  • Colocar o bebê deitado de barriga para cima com um brinquedo que ele goste muito ao seu lado para que ele possa virar para pegá-lo;
  • Colocar o bebê numa rede ou num balanço, movendo-o devagar de um lado para o outro, o que ajuda a acalmar e organizar o labirinto no cérebro;
  • Sentar no sofá e deixar o bebê no chão e depois atrair sua atenção para que ele queira se levantar, apoiando o peso do corpo num sofá, o que fortalece suas pernas para que possa andar.

Confira no vídeo a seguir algumas opções de exercícios que podem ajudar no desenvolvimento do bebê:

ATIVIDADES para ESTIMULAR o bebê com Síndrome de Down

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Como estimular a fala

É normal que a criança portadora da síndrome de Down tenha dificuldade para sugar, engolir, mastigar e controlar os movimentos dos lábios e da língua. Assim, podem ser realizados alguns exercícios, indicados pelo fonoaudiólogo, que podem ajudar a estimular a fala da criança:

  1. Estimular o reflexo de sucção, usando a chupeta para que o bebe possa aprender a sugar. O bebê deve mamar no peito, preferencialmente, e os pais devem insistir ainda que vejam que esta é uma grande dificuldade, porque é um esforço muscular muito grande para o bebê;
  2. Passar uma escova de dentes macia dentro da boca, nas gengivas, bochechas e língua do bebê todos os dias para que ele movimente a boca, abrindo e fechando os lábios;
  3. Envolver o dedo com uma gaze e passar suavemente no interior da boca do bebê. Pode umedecer a gaze com água e aos poucos pode variar os sabores, umedecendo com gelatina líquida de vários sabores;
  4. Brincar com o bebê fazendo sons para que ele possa imitar;
  5. Falar muito com o bebê para que ele possa participar de todas as atividades que envolvam música, sons e conversas;
  6. Nas crianças com mais de 6 meses podem ser usados copos com diversos bicos, colheres anatômicos e canudos de diversos calibres para se alimentar.

Estes exercícios estimulam os músculos e também o Sistema Nervoso Central que ainda encontra-se em formação, sendo um ótimo estímulo que ajuda a desenvolver as capacidades do bebê.

Como deve ser a alimentação

O bebê com síndrome de Down pode mamar no peito, porém devido o tamanho da língua pode haver dificuldade de coordenar a sucção com a respiração, o que pode fazer com que a musculatura fique cansada mais rápido, de forma que pode apresentar alguma dificuldade para mamar.

É importante que a amamentação seja sempre treinada, pois pode ajudar o bebê a fortalecer os músculos da face que irão ajudá-lo a realizar o movimento de sucção. No entanto, a mulher pode também retirar o leite com uma bombinha e depois oferecer para o bebê com uma mamadeira.

A amamentação exclusiva também é recomendada até os 6 meses, quando podem ser introduzidos os outros alimentos. Confira o guia completo da amamentação para iniciantes.

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