A dieta FODMAP consiste em retirar da alimentação diária alimentos com alto teor de frutose, lactose, fruto-oligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos e álcoois de açúcar, como beterraba, maçã, manga e mel, por exemplo.
Esses tipos de alimentos são pouco absorvidos pelo intestino, além de serem muito fermentados por bactérias do intestino, causando sintomas como má digestão, dor abdominal, excesso de gases e diarreia e que podem alternar com prisão de ventre.
Os alimentos ricos em FODMAP normalmente são excluídos de dietas para controlar e evitar os sintomas da síndrome do intestino irritável, uma inflamação no intestino que pode ser causada por estresse ou má alimentação, por exemplo. Entenda mais sobre a síndrome do intestino irritável.
Lista de alimentos FODMAP
Os alimentos com alto teor de FODMAP são classificados em 5 grupos, como mostrado na tabela a seguir:
Além de conhecer os alimentos naturalmente ricos em FODMAP, é importante também verificar o rótulo nutricional dos alimentos industrializados. Veja como ler os rótulos dos alimentos.
Como fazer a dieta FODMAP
Para fazer essa dieta, deve-se retirar os alimentos com alto teor de FODMAP por um período de 6 a 8 semanas, estando atento para identificar melhoria nos sintomas de desconforto intestinal. Caso não ocorra melhora nos sintomas, a dieta pode ser interrompida após as 8 semanas e deve-se buscar um novo tratamento.
Caso os sintomas melhorem após as 8 semanas, deve-se reintroduzir os alimentos com alto teor de FODMAP lentamente à dieta, começando por 1 grupo de cada vez e em pequenas porções. Por exemplo, inicia-se introduzindo as frutas com alto teor de FODMAP, como maçã, pera e melancia, por 3 dias, observando os sintomas intestinais.
Essa reintrodução lenta dos alimentos é importante para que seja possível identificar os alimentos que causam sintomas intestinais e quais poderão ser consumidos em pequenas quantidades.
Cuidados durante a dieta
A dieta FODMAP pode levar a uma baixa ingestão de nutrientes importantes para o organismo, como fibras, carboidratos e cálcio. Assim, é importante ter o acompanhamento de um médico e um nutricionista durante a dieta, para garantir uma alimentação balanceada e prevenir deficiências nutricionais.
Além disso, é importante lembrar que essa dieta é um tratamento eficaz para muitos pacientes com síndrome do intestino irritável. No entanto, em algumas pessoas a dieta FODMAP pode não oferecer bons resultados, sendo necessário outro tipo de tratamento.
Leia também: 10 sintomas de síndrome do intestino irritável (e o que fazer) tuasaude.com/sintomas-de-sindrome-do-intestino-irritavelAlimentos permitidos
Os alimentos permitidos na dieta devem ter baixo teor de FODMAP e são:
- Cereais sem glúten, como arroz, milho, fubá, amaranto, quinoa ou aveia;
- Frutas, como tangerina, laranja, uva, abacaxi, maracujá, carambola, kiwi, morango, mirtilo, mamão, limão, banana ou melão;
- Legumes e verduras, como abóbora, aipo, cebolinha, berinjela, azeitonas, pimentão vermelho, tomate, espinafre, abobrinha, alface, cenoura ou pepino;
- Laticínios sem lactose, como leite sem lactose, iogurte sem lactose, queijos sem lactose, ou queijos curados como, parmesão, brie ou camembert;
- Proteínas como, carne, tofu, peixes, ovos ou frango;
- Sementes, como chia, linhaça, gergelim, abóbora ou girassol;
- Oleaginosas, como amendoim, pinhão, macadâmia, nozes ou castanha-do-pará;
- Tubérculos, como aipim, batata, batata doce, inhame ou tapioca;
- Bebidas vegetais, como leite de coco, leite de aveia ou leite de amêndoas.
Além disso, o nutricionista pode considerar o uso de suplementos probióticos para ajudar a regular o intestino, pois quem sofre com a síndrome do intestino irritável também pode ter um desequilíbrio na flora intestinal. Conheça mais sobre o que são e como usar os probióticos.
Cardápio da dieta FODMAP
A tabela a seguir traz um exemplo de cardápio de 3 dias da dieta FODMAP:
Este é apenas um modelo do que se pode comer em uma dieta com baixo teor de FODMAP. As quantidades podem variar de acordo com idade, sexo, atividade física e estado de saúde individuais, sendo recomendado passar por uma consulta com um nutricionista para que se faça um plano alimentar personalizado.