10 doenças que podem surgir na menopausa

Durante a menopausa há a diminuição da produção de estrógeno, que é um hormônio produzido pelos ovários e responsável por controlar várias funções no corpo, como a saúde do sistema reprodutor feminino, dos ossos, do sistema cardiovascular e do cérebro.

Foto doutora realizando uma consulta
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A redução desse hormônio pode aumentar o risco de desenvolvimento de algumas doenças como osteoporose, depressão, cistos na mama, pólipos no útero ou até mesmo o câncer porque as alterações nos níveis de hormônio, características dessa fase da vida da mulher, facilitam o seu desenvolvimento ou instalação.

No entanto, estar na menopausa não necessariamente significa que a mulher vai desenvolver alterações e/ ou doenças. Por isso, é importante que o ginecologista seja consultado regularmente para que seja avaliada a saúde da mulher e seja iniciado o tratamento de reposição hormonal caso seja necessário. Veja como é feito o tratamento para menopausa.

Imagem ilustrativa número 1

Principais alterações

Algumas doenças que podem ter o risco aumentado de acontecer devido à menopausa são:

1. Alterações na mama

As mudanças hormonais que acontecem na menopausa podem aumentar o risco de alterações na mama, como formação de cistos ou tumores.

Os cistos na mama são comuns em mulheres até 50 anos, mas podem acontecer em mulheres na pós menopausa, principalmente quando se faz terapia de reposição hormonal.

O principal sintoma do cisto na mama é o surgimento de um caroço, que pode ser observado no autoexame da mama, na ultrassonografia ou na mamografia.

Além disso, há maior risco de desenvolvimento de câncer de mama em mulheres com menopausa tardia, ou seja, que ocorre após os 55 anos. Isto porque quanto mais ciclos menstruais a mulher tem ao longo da vida, maior o efeito do estrógeno no útero e nas mamas, o que pode causar alterações malignas nas células.

Portanto, quanto mais períodos menstruais a mulher tem, mais tempo ficam expostas ao estrógeno.

O que fazer: deve-se fazer o autoexame das mamas todos os meses e observar se apresenta algum caroço, deformação, vermelhidão, saída de líquido pelo mamilo ou dor na mama e procurar ajuda médica o mais rápido possível para verificar se é um cisto ou câncer.

Caso seja diagnosticado um cisto, o médico pode realizar uma punção aspirativa por agulha fina. Já no caso do câncer de mama, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia. 

Assista o vídeo com o enfermeiro Manuel Reis sobre como fazer o autoexame das mamas:

Como fazer o AUTOEXAME DA MAMA

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2. Cistos nos ovários

Os cistos nos ovários são muito comuns devido às alterações hormonais na menopausa, porém normalmente não causam sintomas, sendo identificados durante o exame ginecológico de rotina e exames de imagem como ultrassom.

No entanto, em alguns casos, a mulher pode apresentar dor abdominal, sensação frequente de barriga inchada, dor nas costas ou náuseas e vômitos.

Quando esses cistos aparecem na menopausa, geralmente são malignos e necessitam de cirurgia para retirá-los, como a laparoscopia, por exemplo.

Após a cirurgia, o cisto é enviado para biópsia e, se necessário, o médico pode indicar um tratamento complementar.

O que fazer: no caso de apresentar sintomas, deve-se procurar ajuda médica o mais rápido possível, pois o cisto pode romper e causar complicações.

Além disso, deve-se fazer acompanhamento com ginecologista de forma regular para detectar alterações nos ovários e fazer o tratamento mais adequado. Veja mais detalhes do tratamento dos cistos nos ovários.

3. Câncer de endométrio

O câncer de endométrio pode ocorrer na menopausa, principalmente na menopausa tardia, e geralmente é detectado em estágio inicial porque sintomas como sangramento vaginal ou dor pélvica são os primeiros sinais desse tipo de câncer. Veja outros sintomas de câncer de endométrio.

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para que seja feita uma avaliação e indicada a realização de exames que ajudam a confirmar a doença, como exame pélvico, ultrassom, histeroscopia ou biópsia.

Caso seja diagnosticado o câncer de endométrio no estágio inicial, a retirada cirúrgica do útero geralmente cura o câncer. Nos casos avançados, o tratamento é cirúrgico e o médico também pode indicar radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal.

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4. Pólipos uterinos

Os pólipos uterinos, também chamados de pólipos endometriais, podem não causar sintomas, mas em alguns casos pode haver sangramento após a relação e dor pélvica.

Os pólipos uterinos são mais comuns nas mulheres que fazem reposição hormonal e/ ou não tiveram filhos.

Outro tipo de pólipo uterino é o pólipo endocervical, que aparece no colo do útero, e pode não causar nenhum sintoma ou causar sangramento após o contato íntimo.

O que fazer: ao apresentar sintomas deve-se consultar um ginecologista para verificar a presença de pólipos endometriais ou endocervicais. Além disso, é aconselhado acompanhamento regular com o médico e fazer o papanicolau pelo menos uma vez ao ano.

O tratamento desses pólipos é feito com cirurgia para sua remoção. Saiba como tratar o pólipo uterino para prevenir câncer.

5. Prolapso uterino

O prolapso uterino é mais comum nas mulheres que tiveram mais de um parto normal e provoca sintomas como descida do útero, incontinência urinária e dor durante o contato íntimo. 

Na menopausa, pode ocorrer maior fraqueza dos músculos pélvicos devido a diminuição da produção de estrógeno, causando o prolapso uterino.

O que fazer: nesse caso, o ginecologista pode indicar o tratamento cirúrgico para reposicionamento do útero ou retirada do útero.

6. Osteoporose

A perda óssea é uma parte normal do envelhecimento, mas as alterações hormonais da menopausa levam a uma perda óssea muito mais rápido do que o normal, principalmente nos casos de menopausa precoce, que começa antes dos 45 anos.

Isso pode levar à osteoporose, que deixa os ossos mais frágeis, aumentando o risco de fraturas. 

O que fazer: o tratamento da osteoporose na menopausa deve ser indicado pelo médico e pode incluir terapia de reposição hormonal e uso de medicamentos como ibandronato ou alendronato, por exemplo.

Além disso, pode-se incluir na dieta alimentos que ajudam a fortalecer os ossos para auxiliar no tratamento médico. Veja os melhores alimentos para a osteoporose.

Assista o vídeo com dicas para fortalecer os ossos e evitar a osteoporose:

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7. Síndrome geniturinária

A síndrome geniturinária é caracterizada pela secura vaginal, irritação e flacidez da mucosa, perda do desejo sexual, dor durante o contato íntimo ou incontinência urinária que pode causar perda da urina na roupa.

Essa síndrome, também conhecida como atrofia vaginal, é comum na menopausa devido à diminuição da produção de estrogênio que pode deixar as paredes da vagina mais finas, mais secas e menos elásticas.

Leia também: Atrofia vaginal: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/atrofia-vaginal

Além disso, também pode ocorrer um desequilíbrio da flora vaginal, aumentando o risco de infecções urinárias e vaginais. 

O que fazer: o ginecologista pode indicar utilização de estrogênio vaginal na forma de creme, gel ou comprimidos ou lubrificantes não-hormonais na forma de cremes ou óvulos vaginais, para reduzir os sintomas e o desconforto.

8. Depressão

A depressão pode acontecer em qualquer fase da menopausa e ocorre devido às alterações nos níveis hormonais, principalmente do estrógeno, que influencia a produção de substâncias no corpo como serotonina e norepinefrina que agem no cérebro controlando o humor e o ânimo.

Na menopausa os níveis dessas substâncias diminuem aumentando o risco de depressão.

Além disso, junto com as alterações hormonais, alguns fatores podem alterar o estado psicológico da mulher durante a menopausa, como as mudanças no corpo, no desejo sexual e na disposição, podendo levar à depressão.

O que fazer: o tratamento da depressão durante a menopausa pode ser feita com antidepressivos indicados pelo médico. Veja opções de remédios naturais para depressão.

9. Problemas de memória

As alterações hormonais na menopausa podem causar problemas de memória, dificuldade de concentração e diminuição da capacidade de aprendizado.

Além disso, ter insônia e as mudanças hormonais no cérebro, podem aumentar o risco de problemas de memória e aprendizado.

O que fazer: deve-se consultar um ginecologista que pode indicar uma terapia de reposição hormonal caso a mulher não tenha risco de desenvolver câncer, por exemplo.

10. Disfunção sexual

A disfunção sexual na menopausa é caracterizada por diminuição do desejo sexual ou desejo de iniciar o contato íntimo, diminuição da excitação ou da capacidade de atingir orgasmo durante a relação e, isso ocorre, devido a diminuição da produção de estrógeno nessa fase da vida da mulher.

Além disso, pode ocorrer dor durante o contato íntimo devido a síndrome geniturinária, o que pode contribuir para a diminuição da vontade de se relacionar com o parceiro.

O que fazer: o tratamento da disfunção sexual na menopausa pode incluir medicamentos com testosterona, indicados pelo médico, além de antidepressivos e terapia com psicólogos. Veja mais sobre o tratamento da disfunção sexual feminina.

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