Doxepina: para que serve, como usar e efeitos colaterais

Doxepina é um antidepressivo indicado para o tratamento da depressão associada ou não com a ansiedade, psiconeuroses, distúrbios do sono, psicopatias ou prevenção da enxaqueca, por exemplo.

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Além disso, a doxepina pode ser indicada na dermatologia para o tratamento de prurido, urticária, dermatite atópica ou dermatoses, pois tem um efeito anti-histamínico que ajuda a aliviar a coceira na pele.

A doxepina deve ser usada com indicação do psiquiatra ou dermatologista, podendo ser manipulada em farmácias de manipulação, com as doses indicadas pelo médico, sendo necessário apresentação de prescrição médica e retenção de uma via da receita pela farmácia.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A doxepina é indicada para:

  • Depressão isolada ou associada à ansiedade;
  • Psiconeurose;
  • Psicopatias;
  • Distúrbios do sono, como a insônia;
  • Prevenção da enxaqueca;
  • Úlcera péptica.

Além disso, a doxepina é indicada para o tratamento de síndromes pruriginosas, como urticária, eczema atópico, dermatoses ou dermatite atópica, pois ajuda a aliviar a coceira na pele. Saiba identificar os sintomas da dermatite atópica.

O uso da doxepina deve ser feito com indicação do psiquiatra ou dermatologista, com acompanhamento médico regular para avaliar a eficácia do tratamento e ajustes de dose.

Como a doxepina funciona

A doxepina é um antidepressivo tricíclico que age aumentando a quantidade de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina e a noradrenalina, o que restaura o equilíbrio químico dessas substâncias no sistema nervoso e melhora a transmissão nervosa.

Além disso, a doxepina tem um efeito anti-histamínico pois bloqueia os receptores H1 e H2 da histamina, uma substância relacionada com sintomas alérgicos, como coceira, vermelhidão e inchaço na pele. Por isso, também pode ser indicada para o tratamento de problemas na pele.

Como usar

A forma de uso da doxepina varia de acordo com sua apresentação.

1. Doxepina cápsulas

A doxepina na forma de cápsulas deve ser tomada por via oral, com um copo de água, antes ou após uma refeição, nos horários indicados pelo médico.

As doses da doxepina cápsulas para adultos varia de acordo com a condição a ser tratada, sendo normalmente recomendado doses de 3 mg a 75 mg por dia, iniciando-se sempre com doses menores para avaliar a resposta ao tratamento e surgimento de efeitos colaterais.

No caso de usar a doxepina para o tratamento da insônia, é recomendado tomar 30 minutos antes de dormir de estômago vazio, pois tomar a doxepina dentro de 3 horas após uma refeição, pode causar sonolência no dia seguinte. 

Durante o tratamento com a doxepina cápsulas, o médico pode solicitar exames de sangue para avaliar os níveis de doxepina no corpo, para uma melhor eficácia do tratamento e reduzir o risco de efeitos colaterais ou intoxicação, sendo que a faixa terapêutica recomendada é de 150 a 250 ng/mL de doxepina no sangue.

2. Doxepina creme 5%

O creme de doxepina 5% é para uso tópico devendo ser usada somente sobre a pele, aplicando uma fina camada do creme nas regiões afetadas da pele e massagear suavemente para que o creme seja absorvido. Lavar as mãos logo em seguida, exceto nos casos em que o tratamento é feito nas mãos. 

As doses normalmente recomendadas para adultos é de 1 aplicação do creme na pele afetada, até 4 vezes por dia, com um intervalo de pelo menos 3 a 4 horas entre as aplicações. O tempo de tratamento deve ser orientado pelo dermatologista, e geralmente é de 8 dias.

Não cobrir a área da pele tratada, a menos que tenha sido orientado pelo médico, pois cobrir a pele pode aumentar a absorção do creme e aumentar o risco de efeitos colaterais.

O creme de doxepina não deve ser usado em mucosas, como olhos ou região genital.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da doxepina cápsulas são sonolência, tontura, náuseas, vômitos, pouca ou nenhuma urina, boca seca, distúrbios do paladar, prisão de ventre, diminuição ou aumento da libido.

Além disso, deve-se comunicar ao médico se surgirem sintomas como dor ou dificuldade para urinar, tremor, visão embaçada, dor nos olhos, confusão mental, alucinações, sensação de desmaio ou convulsões.

Deve-se também comunicar ao médico caso a pessoa apresente crises de pânico, alterações de humor ou comportamento, dificuldade para dormir, impulsividade, irritação, agitação, agressividade ou pensamentos sobre suicídio.

No caso do creme de doxepina, os efeitos colaterais mais comuns são sensação de queimação, formigamento ou inchaço na pele, podendo também ocorrer piora da coceira ou do eczema. 

Como identificar uma overdose de doxepina

Os sintomas de overdose ou intoxicação por doxepina são dificuldade para respirar ou respiração lenta, pupilas dilatadas, espasmos musculares, fraqueza ou dor muscular, dificuldade de coordenar os movimentos, agitação, confusão mental, diminuição do estado de alerta, convulsões ou até coma.

Além disso, pode ocorrer intoxicação cardíaca com sintomas como batimentos cardíacos irregulares (arritmia), pressão baixa, choque ou parada cardíaca.

Nesses casos, deve-se ir ao pronto-socorro imediatamente ou ligar para o SAMU no número 192, pois o tratamento deve ser iniciado de forma rápida, pois a overdose ou intoxicação por doxepina, pode colocar a vida em risco.

Quem não deve usar

A doxepina não deve ser usada por mulheres em amamentação, ou por pessoas que tenham glaucoma de ângulo fechado, doenças cardiovasculares ou predisposição a ter retenção urinária.

Durante a gravidez, a doxepina só deve ser usada se indicada pelo médico, após avaliação dos benefícios do tratamento para a mulher e riscos para o bebê.

Além disso, esse remédio não deve ser usado por pessoas alérgicas à doxepina ou qualquer outro componente da fórmula, e deve ser usado com precaução em pessoas com histórico de tentativa de suicídio.

A doxepina não deve ser usada junto com outros antidepressivos, remédios opioides, álcool ou remédios fitoterápicos, pois pode aumentar o risco de efeitos colaterais, principalmente relacionados ao excesso de serotonina no corpo, que pode resultar em síndrome serotoninérgica. Entenda o que é a síndrome serotoninérgica e como identificar.

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