Efeito sanfona: o que é, principais causas e como evitar

Efeito sanfona, também conhecido como efeito rebote ou efeito ioiô, acontece quando o peso perdido depois de uma dieta de emagrecimento volta rapidamente, fazendo a pessoa engordar novamente. O peso, a alimentação e o metabolismo estão regulados por diversos hormônios que atuam ao nível do tecido adiposo, do cérebro e outros órgão.

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Assim, acredita-se que a recuperação do peso não está somente associado à mudança nos hábitos alimentares ou no tipo de dieta, mas também a mudanças a nível metabólico e fisiológico no organismo na tentativa de compensar o período de "fome" pelo qual o corpo passou, já que o organismo pode interpretar a perda de peso como uma "ameaça" e tentar voltar ao que por muito tempo foi o normal, mais 5,10 ou 15 Kg.

Para evitar o efeito sanfona, é importante que a realização da dieta seja acompanhada pelo nutricionista ou nutrólogo, pois assim é possível que seja adequada à necessidade de cada pessoa.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

Há diversas teorias que explicam o efeito sanfona e que podem estar associadas a diversos fatores, como por exemplo:

1. Tipo e composição da dieta

Acredita-se que a realização de dietas muito restritivas, dietas monótonas e desequilibradas a nível nutricional poderiam favorecer o efeito rebote a longo prazo.

No caso das dietas restritivas, é possível que ao reiniciar a alimentação normal, possa ser gerada uma resposta dos tecidos aos nutrientes, em que o organismo busca recuperar o que havia perdido, como se fosse uma resposta à "fome" que a pessoa passou durante esse período.

Dessa forma, poderia haver mudanças a nível metabólico como por exemplo aumento da produção e armazenamento de gordura, diminuição do açúcar no sangue e, consequentemente, aumento do apetite e da quantidade de alimentos consumidos durante o dia.

Os carboidratos, proteínas e gorduras durante o seu metabolismo estimulam o consumo de oxigênio de forma diferente, portanto no caso das dietas desequilibradas, em que há o predomínio de determinado nutriente, como o que ocorre na dieta cetogênica, por exemplo, pode ter alguma influência no ganho de peso.

2. Tamanho das células adiposas

As células do tecido adiposo esvaziam quando a pessoa perde peso, no entanto o seu tamanho e quantidade se mantém durante um prolongado período de tempo.

Essa é outra teoria que acredita-se que o fato da quantidade e tamanho das células do tecido adiposo manterem-se igual durante um tempo, ativa mecanismos de compensação do corpo com o objetivo de fazer com que essas células voltem a ser preenchidas gradualmente até atingirem o volume normal.

3. Alteração nos hormônios da saciedade

Existem vários hormônios que estão relacionados com o processo de saciedade, sendo encontrado em pessoas que tiveram perda de peso severa menores níveis de leptina, peptídeo YY, colecistocinina e insulina, havendo um aumento nos níveis de grelina e polipeptídeo pancreático.

Acredita-se que todos as alterações hormonais permitem recuperar o peso, como exceção do aumento do peptídeo pancreático, pois como consequência dessas mudanças há aumento do apetite, favorecendo a ingestão de alimentos e, consequentemente, o ganho de pelo.

Para entender melhor como isso ocorre, é importante deixar claro que a grelina é um hormônio responsável pela estimulação do apetite a nível cerebral, de modo que seus níveis encontram-se elevados em período de jejum.

Por outro lado, a leptina é responsável por reduzir o apetite, e foi verificado que pessoas que tenham perdido 5% do seu peso, apresentem níveis diminuídos desse hormônio. Essa situação ativa mecanismos de compensação e faz com que o gasto de energia diminua e haja recuperação de peso.

Além das alterações dos hormônios da saciedade, a perda de peso também está associada a mudança a nível do hipotálamo e da glândula pituitária, que também podem estimular o efeito sanfona.

4. Mudança no apetite

Algumas pessoas relatam aumentam do apetite depois da perda de peso, o qual poderia estar associado a todas as alterações fisiológicas que ocorreram no corpo durante o processo de perda de peso.

No entanto, acredita-se que isso também se deva ao fato das pessoas acreditarem que merecem uma recompensa, que é dada como comida.

Possíveis riscos do efeito sanfona

O efeito sanfona pode provocar um desequilíbrio de hormônios no corpo, alterações no metabolismo, aumenta o percentual de gordura no corpo e diminui a massa magra.

Essas alterações podem aumentar o risco de diabetes e doenças cardiovasculares, como pressão alta ou AVC, por exemplo.

Como evitar o efeito sanfona

Para evitar o efeito sanfona, é importante que a dieta seja sempre acompanhada pelo nutrólogo ou nutricionista, para que seja adequada às necessidades de cada pessoa e exista um acompanhamento. Além disso, é importante:

  • Evitar dietas muito restritas ou desequilibradas a nível nutricional, sendo importante realizar uma alimentação variada e equilibrada;
  • Realizar uma reeducação alimentar, fazendo mudanças no seu estilo de vida que possam ser adotadas para a vida;
  • A perda de peso deve ser progressiva;
  • Comer a cada 3 horas em pequenas proporções;
  • Comer devagar e mastigar bem os alimentos, de maneira que o sinal de saciedade chegue ao cérebro, para assim evitar o consumo de comida em excesso.

Além disso, é importante evitar o sedentarismo e praticar atividade física pelo menos 3 vezes por semana por cerca de 1 hora.

Em quanto tempo normalmente se recupera o peso?

Alguns estudos demonstraram que aproximadamente 30 a 35% da perda de peso se recupera 1 anos após o tratamento e 50% das pessoas retornam ao seu peso inicial no quinto ano após a perda de peso.

Confira o vídeo a seguir sobre o efeito sanfona:

JEJUM INTERMITENTE: a solução para o efeito sanfona?

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