Elefantíase é uma doença parasitária crônica, causada principalmente pelo nematoide Wuchereria bancrofti, que afeta os vasos linfáticos, resultando em sintomas como inchaço no braço, pernas, bolas escrotal ou seios, por exemplo.
A elefantíase é transmitida através da picada do mosquito Culex sp., conhecido como mosquito palha ou pernilongo, que é capaz de transportar as larvas do verme, e depositar a larva na corrente sanguínea durante a picada.
O tratamento da elefantíase, também chamada de filariose linfática, é feito pelo infectologista ou clínico geral, sendo normalmente recomendado o uso de antiparasitários com o objetivo de eliminar o parasita.
Sintomas de elefantíase
Os principais sintomas de elefantíase são:
- Febre alta ou calafrios;
- Dor de cabeça ou mal estar geral;
- Abscesso, caroço, inchaço ou dor no local da picada;
- Aumento dos gânglios linfáticos;
- Inchaço dos membros, como pernas, braços, mamas, testículo ou saco escrotal;
- Acúmulo de líquidos ao redor dos testículos (hidrocele).
Os sintomas de elefantíase podem surgir após vários meses da infecção pelo parasita e acontecem devido ao desenvolvimento e espalhamento das larvas do parasita pelo organismo.
Após meses a anos, caso a filariose não seja devidamente tratada, a presença das filárias adultas na circulação faz com que se formem cicatrizes e haja obstrução dos vasos linfáticos.
Isso impede o fluxo de linfa e resulta no acúmulo deste líquido nos membros afetados, causando inchaço crônico e espessamento da pele, o que dá o aspecto semelhante ao de um elefante, que origina o nome da infecção.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da elefantíase é feito pelo infectologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas e exames físico e laboratoriais.
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Assim, o médico deve solicitar exames de sangue de preferência à noite pois há maior quantidade de parasita na circulação nesse período, facilitando o diagnóstico.
Além disso, o médico pode pedir um ultrassom dos vasos linfáticos ou do saco escrotal, pois permite visualizar o parasita nesses locais.
Como ocorre a transmissão
A transmissão da elefantíase acontece quando o mosquito Culex sp. infectado com o verme nematoide Wuchereria bancrofti, pica a pessoa.
Ao picar as larvas do tipo L3, passam para a corrente sanguínea, onde são transportadas até alcançar os vasos linfáticos, onde se desenvolvem até a fase adulta, havendo liberação de novas larvas na circulação sanguínea e linfática.
Leia também: Wuchereria bancrofti: sintomas, ciclo de vida e tratamento tuasaude.com/wuchereria-bancroftiA elefantíase é contagiosa?
A pessoa infectada pelo parasita Wuchereria bancrofti não passa o parasita para outras pessoas diretamente, através do contato com a pele.
No entanto, se um mosquito a picar, pode ser infectado e, assim, transmitir o parasita para outras pessoas ao picá-las.
Como é feito o tratamento
O tratamento da elefantíase deve ser feito com orientação do infectologista ou clínico geral e tem como objetivo eliminar o parasita do organismo e desobstruir os vasos linfáticos.
Os principais tratamentos para elefantíase são:
1. Remédios para elefantíase
Os remédios para elefantíase são indicados para matar as larvas da filária e evitar complicações.
O principal remédio utilizado é a dietilcarbamazina, que deve ser tomado por via oral, após a confirmação do diagnóstico e identificação do tipo de espécie do parasita.
2. Cirurgia
Em alguns casos, pode ser necessária a realização de cirurgia para remover os restos de vermes adultos e as calcificações no sistema linfático, o que melhora a drenagem linfática, diminuindo os sintomas da elefantíase.
Além disso, a cirurgia é recomendada para o tratamento do acúmulo de líquido no saco escrotal, ajudando a aliviar a dor e o inchaço.
3. Meias de compressão
Para o tratamento da elefantíase crônica nas pernas, o médico pode também indicar elevar as pernas ou usar meias elásticas de compressão.
Além disso, é importante manter a higiene adequada da pele, lavando com água e sabonete frequentemente e secando bem, para evitar infecções.
Prevenção da elefantíase
A prevenção da elefantíase é feita se evitando o contato com mosquitos transmissores, através de medidas como:
- Uso de mosquiteiro para dormir;
- Telas nas janelas e nas portas;
- Evitar deixar água parada em pneus, garrafas e vasos de plantas, por exemplo;
- Usar repelente diariamente;
- Evitar locais com moscas e mosquitos.
Além disso, cabe ao governo utilizar meios para combater as moscas e mosquitos como a pulverização de venenos pelo ar, como o fumacê e as medidas de saneamento básico.