Eosinofilia: o que é, sintomas, causas (e o que fazer)

Eosinofilia é o aumento do número de eosinófilos no sangue, sendo verificado no hemograma um valor acima de 500 eosinófilos por µL de sangue.

Foto doutora realizando uma consulta
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A eosinofilia é muito comum de acontecer como resposta a infecções parasitárias ou devido a alergias, no entanto, também pode surgir devido a doenças graves, como linfoma, por exemplo.

Os eosinófilos são células que têm como função principal defender o organismo contra agentes infecciosos, porém encontram-se em menor concentração no sangue em relação às outras células de defesa do corpo. Conheça mais sobre os eosinófilos.

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de eosinofilia

A eosinofilia normalmente não causa sinais ou sintomas, sendo percebido apenas por meio da realização de um hemograma, em que é verificada alteração na quantidade de eosinófilos no sangue.

No entanto, dependendo da sua causa, podem surgir sintomas como inchaço abdominal, diarreia, náuseas, vômitos, cansaço ou perda de peso, principalmente no caso de vermes intestinais.

Leia também: 10 sintomas de vermes intestinais tuasaude.com/sintomas-de-vermes

Valores de referência

Os valores de referência normais de eosinófilos no sangue são de 20 a 500 eosinófilos por µL de sangue.

Valores acima de 500/µL são considerados eosinofilia.

Leia também: Eosinófilos altos: o que significa (e o que fazer) tuasaude.com/eosinofilos-altos

Como confirmar a eosinofilia

A eosinofilia pode ser classificada de acordo com a sua gravidade em:

Gravidade da eosinofilia Valores de referência
Eosinofilia leve 500 a 1500 eosinófilos por µL de sangue.
Eosinofilia moderada 1500 a 5000 eosinófilos por µL de sangue.
Eosinofilia grave Mais de 5000 eosinófilos por µL de sangue

O resultado do exame de eosinófilos absolutos deve ser avaliado pelo médico, juntamente com outros parâmetros do hemograma, e outros exames laboratoriais, para se chegar a uma conclusão diagnóstica.

Eosinofilia relativa

A eosinofilia relativa é o aumento da proporção de eosinófilos em relação à contagem total de leucócitos no leucograma, sendo dado percentagem (%).

Nesse caso, o valor da eosinofilia relativa é maior que 6%.

Leia também: Leucograma: como entender o resultado do exame tuasaude.com/leucograma

Calculadora de eosinófilos

Insira o resultado do seu exame na calculadora a seguir para saber se é eosinofilia:

Erro
Erro
Erro
Mínimo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro
Máximo admitido, pode alterar para o valor do seu laboratório
Erro

Esta calculadora é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com hematologista ou clínico geral.

Como entender o resultado

Quanto maior for a quantidade de eosinófilos identificada no exame de sangue, maior a gravidade da doença.

No entanto, o resultado do hemograma deve ser analisado junto com outros parâmetros laboratoriais solicitados pelo médico para que se possa chegar a um diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

Quando apenas a quantidade de eosinófilos no hemograma está alterada, mas nenhum outro exame apresentou alteração, pode ser recomendada a repetição do exame.

Desta forma o médico avalia se a eosinofilia se mantém e, caso contrário, não é levada em consideração.

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Principais causas

As principais causas de eosinofilia são:

1. Infecção por parasitas

A infecção por parasitas, como ascaridíase, ancilostomíase ou estrongiloidíase, é uma das principais causas de eosinofilia intensa.

Isso ocorre principalmente quando os parasitas realizam parte do seu ciclo de vida nos pulmões, resultando em infiltrados pulmonares.

Quando isso acontece, surge a síndrome de Loeffler, em que pode haver tosse seca e falta de ar progressiva devido à grande quantidade de eosinófilos nos pulmões.

Leia também: Síndrome de Loeffler: o que é, sintomas e tratamento tuasaude.com/sindrome-de-loeffler

O que fazer: é recomendado que seja feito, além do hemograma, o exame parasitológico de fezes e dosagem de PCR no sangue. Veja como é feito o exame de PCR.

Além disso, o médico pode indicar a realização de exames do raio X de tórax para verificar se há infiltrados pulmonares.

Na confirmação da infecção, o médico indica o tratamento com antiparasitários de acordo com o tipo de infecção. 

Leia também: 10 principais remédios para vermes (e como tomar) tuasaude.com/remedios-para-vermes

2. Alergias

As alergias, que podem ser respiratórias, como asma ou rinite alérgica, ou alergias de contato, alimentar ou medicamentosa, podem aumentar o número de eosinófilos no sangue.

Nesses casos, ocorre uma liberação do conteúdo dos eosinófilos para o meio extracelular na tentativa de combater o agente responsável pela alergia.

O que fazer: deve-se evitar o contato com a substância que causa alergia, além de usar remédios anti-histamínicos ou corticoides, que ajudam a aliviar os sintomas de alergia, conforme indicação médica.

Além disso, é importante consultar um alergologista para que o tratamento possa ser mais direcionado.

Em alguns casos, além do hemograma pode ser solicitado também a dosagem de imunoglobulina E, ou IgE, que é uma proteína presente em baixas concentrações no sangue, mas que tem sua quantidade aumentada nas alergias. 

Leia também: Imunoglobulina E (IgE): o que é e porque pode estar alta tuasaude.com/imunoglobulina-e

3. Doenças de pele

Algumas doenças de pele, como pênfigo, dermatite granulomatosa e fasciite eosinofílica, também podem ter como consequência aumento no número de eosinófilos.

Na maioria dos casos, as doenças de pele podem ser identificadas por meio de manchas vermelhas ou brancas na pele que podem ou não ser descamativas, causar dor ou coçar.

O que fazer: é recomendado que a pessoa consulte um dermatologista para que essa alteração seja investigada e, assim, se possa iniciar o tratamento adequado.

4. Linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que acomete os linfócitos, que são as principais células de defesa do organismo.

Esse tipo de câncer causa sintomas como ínguas no pescoço, perda de peso sem causa aparente, coceira por todo o corpo e febre alta persistente.

Nesse tipo de linfoma há grande diminuição do número de linfócitos, sendo denominado linfopenia, e, na tentativa de recompor o sistema imune da pessoa, acontece maior produção de eosinófilos, caracterizando a eosinofilia.

Leia também: Linfoma de Hodgkin: o que é, sintomas, tratamento e cura tuasaude.com/linfoma-de-hodgkin

O que fazer: deve-se fazer o tratamento de acordo com a orientação do oncologista, que pode indicar quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia ou radioterapia.

Em alguns casos pode ser necessária a realização de transplante de medula óssea na tentativa de restabelecer a produção normal das células do sangue. Veja como é feito o transplante de medula óssea.