Fascite plantar: o que é, sintomas, causas e tratamento

Fascite plantar é a inflamação da fáscia plantar, uma membrana de tecido conjuntivo que recobre o músculo do calcanhar até os dedos, causando sintomas como dor intensa na sola do pé, sensação de queimação e desconforto no calcanhar.

A fáscia plantar é responsável por dar suporte ao arco do pé e absorver o impacto ao pisar, por isso, a fascite plantar é mais comum após corridas de longa distância ou uso inadequado de tênis, mas também pode acontecer em pessoas que têm pé chato, por exemplo. 

O tratamento da fascite plantar é feito pelo ortopedista, que pode indicar o uso de remédios anti-inflamatórios, palmilhas ortopédicas, fisioterapia e, nos casos mais graves, cirurgia.

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Sintomas de fascite plantar

Os principais sintomas de fascite plantar são:

  • Dor no meio do calcanhar, que piora ao pisar no chão;
  • Dor no pé ao pisar quando acorda;
  • Dor que piora ao estar muito tempo em pé;
  • Sensação de queimação na sola do pé;
  • Sensação de 'areia' ao pressionar a planta do pé.

Os sintomas da fascite plantar estão relacionados ao espessamento da fáscia devido a inflamação e a presença de fibrose e calcificação neste tecido. 

Fascite plantar é grave?

A fascite plantar não é considerada uma condição grave, porém, é debilitante devido a dor na sola do pé ao acordar ou ficar muito tempo em pé, dificuldade para caminhar, limitar a realização de atividades físicas e afetar as atividades do dia a dia.

Além disso, devido a dor no pé e dificuldade para caminhar, o joelho ou o quadril pode ficar sobrecarregado, aumentando o risco de lesões.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da fascite plantar é feito pelo ortopedista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico do pé.

Marque uma consulta com o ortopedista, na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, o médico pode solicitar um exame de raio X ou ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições com sintomas semelhantes, como fratura por estresse ou síndrome do túnel do tarso, por exemplo.

Possíveis causas

As principais causas de fascite plantar são:

  • Esforços repetitivos ou tensão excessiva da fáscia plantar que resultam em microtraumas;
  • Pé plano ou pé cavo;
  • Limitação dos movimentos do tornozelo;
  • Esportes, como corridas de longa distância, jump, dança aeróbica ou balé;
  • Uso de tênis inadequado para corrida;
  • Atrofia do calcanhar.

Além disso, a fascite plantar é mais comum após os 40 anos e também pode surgir em pessoas com excesso de peso ou obesidade.

A junção desses fatores podem contribuir para a inflamação da fáscia plantar, que se não for tratada pode causar intensa dor, dificultando as atividades diárias. Conheça outras causas de dor na sola do pé.  

Como é feito o tratamento

O tratamento para fascite plantar deve ser orientado pelo ortopedista, com o objetivo de desinflamar a fáscia plantar e aliviar os sintomas.

Assim, os principais tratamentos para fascite plantar que podem ser indicados pelo médico são:

1. Aplicar compressas frias

Aplicar compressas frias na sola dos pés ajuda a reduzir a dor e a inflamação.

Essas compressas podem ser aplicadas por 15 minutos, cerca de 2 vezes ao dia.

2. Medicamento para fascite plantar

Os medicamentos para fascite plantar podem ser indicados pelo médico para reduzir a inflamação da fáscia plantar e aliviar os sintomas.

Os principais remédios para fascite plantar são:

  • Anti-inflamatórios não esteroides, na forma de comprimidos, como ibuprofeno ou naproxeno;
  • Pomada para fascite plantar, como diclofenaco dietilamônio;
  • Injeções de corticoides feita pelo médico diretamente na fáscia plantar, em alguns casos.

Os corticoides para fascite plantar também podem ser indicados pelo médico na forma de comprimidos, devido ao seu potente efeito anti-inflamatório.

3. Palmilha para fascite plantar

As palmilhas ortopédicas podem ser indicadas pelo ortopedista para melhorar o suporte do arco do pé e permitir a cicatrização da fáscia plantar.

Desta forma, as palmilhas ortopédicas ajudam a reduzir a dor e a pressão na fáscia plantar.

Em alguns casos, o médico também pode recomendar o uso de talas noturnas.

4. Fisioterapia

A fisioterapia para fascite plantar é indicada pelo médico e feita pelo fisioterapeuta com exercícios de alongamento para a fáscia plantar ou uso de aparelhos, como ultrassom e ondas de choque, por exemplo.

5. Cirurgia

Nos casos mais graves, em que a dor é intensa e não melhora com os outros tratamentos, o médico pode recomendar a cirurgia. 

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6. Autocuidados para fascite plantar

Para melhorar a fascite plantar alguns autocuidados são importante, como:

  • Repousar o pé afetado sempre que possível;
  • Colocar o pé sobre um banquinho, quando se sentar, para aliviar a pressão sobre a fáscia plantar;
  • Evitar ficar muito tempo em pé;
  • Usar sapatos ou tênis confortáveis que forneçam suporte adequado para o arco dos pés;
  • Fazer alongamentos para os pés em casa, conforme orientado pelo fisioterapeuta.

Além disso, é recomendado evitar andar descalço e realizar exercícios repetitivos que coloquem pressão no calcanhar.

Outra forma autocuidado para complementar o tratamento médico é fazer um tratamento natural tomando chás para fascite plantar, como chá de gengibre, pois possui ação anti-inflamatória, que pode ajudar a aliviar a dor e a inflamação. Veja como preparar o chá de gengibre.

Fascite plantar tem cura?

A fascite plantar, na maioria dos casos, tem cura, quando é realizado o tratamento conforme a recomendação médica.

No entanto, o tratamento geralmente é demorado, podendo levar de 6 a 12 meses, para alcançar o alívio dos sintomas.

Como prevenir

Para prevenir o surgimento da fascite plantar é recomendado:

  • Fazer dieta e praticar exercícios para emagrecer e chegar ao peso ideal, se a pessoa estiver acima do peso;
  • Utilizar calçados confortáveis que apoiem adequadamente os pés, evitando o uso de sapatos duros;
  • Trocar de esporte, se necessário, por atividades de baixo impacto, como ciclismo ou natação;
  • Fazer alongamentos com o pé antes e após os exercícios físicos.

Além disso, deve-se usar tênis adequados para corrida, de acordo com o tipo de pisada, e evitar o uso prolongado do tênis, durante muito tempo. 

Isto porque normalmente é recomendado o uso de tênis de corrida por apenas 600 km, devendo ser trocado após esse período, no entanto, é possível usar esse tênis para o dia a dia, sendo apenas contraindicado nos treinos e nas provas de corrida.