Filgrastim é um remédio indicado para prevenir ou tratar a neutropenia febril que pode ser causada pelo tratamento com quimioterapia do câncer, mas também pode ser indicado para aplicação após transplante de medula óssea ou para diminuir o risco e a duração de complicações da neutropenia crônica grave.
Esse remédio age estimulando a produção de neutrófilos pela medula óssea e sua liberação para a corrente sanguínea, sendo encontrado na forma de injeção pronta para uso com 300 mcg de filgrastim, ou ampolas em frascos de 1 mL, com os nomes Granulokine, Filgrastine ou Filgrastim, por exemplo.
O filgrastim deve ser aplicado sob a pele ou diretamente na veia pelo enfermeiro, no hospital ou clínicas especializadas, sob supervisão médica, sendo oferecido gratuitamente pelo SUS, mas também pode ser fornecido por planos de saúde, desde que tenha indicação do oncologista, onco-hematologista ou hematologista.
Para que serve
O filgrastim é indicado para:
- Prevenção ou tratamento da neutropenia febril em pessoas em tratamento com quimioterapia que afetam a medula óssea, exceto leucemia mieloide crônica e síndrome mielodisplásica;
- Reduzir a duração da neutropenia em pessoas com câncer que fizeram transplante de medula óssea ou de células tronco periféricas;
- Tratamento da neutropenia associada à AIDS;
- Diminuir o risco e a duração de complicações da neutropenia crônica grave, como a neutropenia congênita grave, neutropenia cíclica ou neutropenia idiopática.
Além disso, o filgrastim pode ser indicado para doadores de medula óssea, aplicado durante 5 dias antes do procedimento, para aumentar o número de células formadoras de sangue. Veja como é feita a doação de medula óssea.
O filgrastim deve ser usado somente com indicação do oncologista, onco-hematologista ou hematologista, nas dose e pelo tempo de tratamento de acordo com a condição a ser tratada.
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Como age o filgrastim?
O filgrastim é um fator estimulador da colônia de granulócitos que age estimulando a proliferação e maturação de células na medula óssea, chamadas células progenitoras, que dão origem aos neutrófilos.
Além disso, esse remédio facilita a liberação dos neutrófilos pela medula óssea para a corrente sanguínea, aumentando sua quantidade no sangue, prevenindo ou tratando a neutropenia.
A neutropenia é a diminuição da produção de neutrófilos pela medula óssea e, consequentemente, na menor quantidade de neutrófilos na corrente sanguínea, o que aumenta o risco de infecções por bactérias, vírus ou fungos, uma vez que os neutrófilos são responsáveis pela defesa do organismo. Entenda melhor o que é neutropenia e suas causas.
Como usar
A injeção de filgrastim deve ser aplicada por um enfermeiro em hospitais, clínicas especializadas ou postos de saúde, por via subcutânea, ou seja, sob a pele na região do braço, ou ainda aplicada diretamente na veia podendo ser diluído em solução de glicose 5%, conforme orientação médica.
As doses do filgrastim variam de acordo com a condição a ser tratada e inclui:
As doses do filgrastim podem ser ajustadas pelo médico, de acordo com a condição a ser tratada ou até que a contagem de neutrófilos alcance os valores normais. Confira os valores de referência para os neutrófilos.
Possíveis efeitos colaterais
O efeito colateral mais comum do filgrastim é a dor óssea e muscular, que pode ser leve a moderada, podendo ser tratada com analgésicos receitados pelo médico.
Além disso, também podem surgir dor nas articulações, dor nas costas ou na pelve, dor nos braços e pernas, dor de cabeça, febre, náuseas, vômitos, sangramento nasal, anemia, número de leucócitos no sangue acima do valor normal, síndrome mielodisplásica ou trombocitopenia.
Outros efeitos colaterais que também podem surgir são aumento do ácido úrico no sangue, da desidrogenase láctica (DHL) e da fosfatase alcalina, além de dor ou enrijecimento do local da injeção administrada por via subcutânea.
Quem não deve usar
O filgrastim não deve ser usado por pessoas que tenham alergia ao filgrastim, proteínas derivadas da bactéria E. coli ou qualquer outro componente da fórmula.
Além disso, o filgrastim não deve ser usado por pessoas que tenham síndrome de Kostman, que é um tipo de neutropenia congênita grave em que ocorre um defeito genético nas células granulocíticas, que levam à destruição dos granulócitos, resultando na diminuição do número de neutrófilos. na corrente sanguínea.
O filgrastim também não deve ser usado 24 horas antes da quimioterapia.
Durante a gravidez ou amamentação, o filgrastim deve ser usado somente se indicado pelo médico após avaliar os benefícios do tratamento para a mulher e os potenciais riscos para o bebê.