Ginecomastia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

A ginecomastia é o aumento das mamas em homens, devido ao excesso de tecido da glândula mamária, que pode acontecer por um desequilíbrio nos níveis dos hormônios estrogênio e testosterona, obesidade ou uso de remédios, por exemplo.

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Essa condição, também chamada de ginecomastia masculina, acontece com mais frequência na adolescência, mas também pode acontecer em recém-nascidos ou em idosos, e afetar uma mama ou as duas, sendo que geralmente tende a desaparecer espontaneamente.

No entanto, se não ocorrer melhora, deve-se consultar o endocrinologista para avaliar o tipo e a causa da ginecomastia e assim indicar o tratamento mais adequado que pode ser feito com o uso de medicamentos ou cirurgia, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de ginecomastia

Os principais sintomas de ginecomastia são:

  • Aumento de uma ou das duas mamas;
  • Diferença de tamanho de uma mama para outra;
  • Aumento da sensibilidade na mama ou nos mamilos;
  • Dor na mama, especialmente em adolescentes;
  • Inchaço na mama afetada;
  • Aréola maior ou mais escura, em alguns casos.

Quando a ginecomastia ocorre em apenas uma mama é chamada de ginecomastia unilateral, já quando é nas duas mamas, é chamada de ginecomastia bilateral.

Quando ocorre nas duas mamas, geralmente, ocorre um aumento de forma desigual, o que pode causar problemas de autoestima nos homens.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da ginecomastia é feito pelo endocrinologista ou clínico geral, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e de uso de remédios, histórico familiar de ginecomastia, além do exame físico das mamas, pescoço, tireoide, axilas e testículos.

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Além disso, o médico deve solicitar exames que medem a quantidade de hormônios estrogênio e testosterona no corpo, além de exames para avaliar a função dos rins, fígado e tireoide.

Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de mamografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada das mamas, ultrassom dos testículos, se necessário, ou uma biópsia do tecido da mama, de forma a descartar condições com sintomas semelhantes, como câncer de mama, linfoma ou cisto dermoide, por exemplo.

Leia também: Mamografia: o que é, para que serve, como é feita e resultados tuasaude.com/mamografia

Possíveis causas

A ginecomastia masculina é causada por um desequilíbrio hormonal, em que ocorre uma diminuição ou bloqueio dos efeitos da testosterona ou aumento da quantidade de estrogênio no corpo.

Alguns fatores podem causar esse desequilíbrio hormonal como:

  • Obesidade ou desnutrição;
  • Hipogonadismo ou hipertireoidismo;
  • Infecção no testículo;
  • Síndrome de Klinefelter;
  • Insuficiência renal, hepática ou cirrose no fígado;
  • Uso de anabolizantes ou remédios com estrogênio;
  • Consumo de drogas, como maconha, anfetaminas ou heroína.

Além disso, a ginecomastia também pode surgir devido a câncer de mama, tumor no testículo, na glândula suprarrenal ou na pituitária, pois levam a um desequilíbrio hormonal.

A ginecomastia em homens também pode ocorrer como efeito colateral do uso de remédios como omeprazol, cimetidina, captopril, anlodipino, digoxina, amiodarona, amitriptilina ou clomipramina, por exemplo.

Além disso, o tratamento do câncer com quimioterapia ou radioterapia, ou o tratamento da infecção pelo HIV, pode levar a um aumento da mama em homens, causando a ginecomastia.

Tipos de ginecomastia

A ginecomastia pode ser classificada em alguns tipos principais de acordo com o tamanho da mama, excesso de pele e das características do tecido mamário, sendo os principais:

  • Ginecomastia grau 1: ocorre um pequeno aumento da mama ao redor da aréola, devido o aparecimento de uma massa de tecido glandular mamário concentrado, como se fosse um botão em volta da aréola, não existindo excesso de pele, mas uma mama pode apresentar tamanho ligeiramente maior que a outra;
  • Ginecomastia grau 2a: ocorre um aumento moderado da mama, sem excesso de pele, sendo que massa de tecido mamário geralmente se concentra na parte inferior da mama, próxima ao tórax, e neste caso, pode haver acúmulo de gordura, e ser percebido através da roupa;
  • Ginecomastia grau 2b: é o mesmo que a ginecomastia grau 2a, no entanto, nesse caso, existe excesso de pele na mama;
  • Ginecomastia grau 3: é o estágio mais avançado em que a massa de tecido mamário está bastante espalhada pela mama, e apresentando excesso de gordura e de pele no local.

O tratamento de cada tipo de ginecomastia depende da quantidade de pele e do tamanho da mama, devendo sempre ser indicado pelo endocrinologista.

Como é feito o tratamento

O tratamento da ginecomastia deve ser orientado pelo ginecologista e normalmente consiste em:

1. Acompanhamento médico

O acompanhamento médico tem apenas como objetivo avaliar o desenvolvimento das mamas, sendo principalmente nos casos de ginecomastia no recém nascido que ocorre devido aos efeitos do estrógeno da mãe no útero e, geralmente, desaparece em 2 a 3 semanas após o nascimento.

Outro tipo de ginecomastia que é considerada normal e que pode ser feito acompanhamento médico, é a ginecomastia masculina da adolescência devido à puberdade, que desaparece de forma espontânea, geralmente em 6 meses a dois anos. Conheça as principais mudanças no corpo durante a puberdade. 

2. Uso de remédios

O tratamento com remédios pode ser indicado pelo endocrinologista quando as mamas não reduzem espontaneamente ou quando é notado inchaço, dor ou sensibilidade na mama afetada.

Os remédios que podem ser usados para tratar a ginecomastia masculina são:

  • Tamoxifeno ou citrato de clomifeno: agem bloqueando os efeitos dos estrógeno no corpo;
  • Anastrozol ou letrozol: agem impedindo a formação de estrógeno, o que leva a uma diminuição dos níveis desse hormônio no corpo;
  • Testosterona, dihidrotestosterona ou danazol: que agem aumentando os níveis de testosterona no corpo.

O uso desses remédios deve ser feito somente sob a supervisão de um endocrinologista e com doses específicas para cada pessoa.

3. Cirurgia

A cirurgia para ginecomastia é indicada pelo médico para reduzir o tamanho da mama afetada nos casos em que não ocorre o desaparecimento natural da ginecomastia em até 2 anos, quando interfere nas atividades do dia a dia ou causa constrangimento no homem.

Além disso, a cirurgia também pode ser recomendada nos casos em que os remédios não foram capazes de reduzir o tamanho da mama ou quando há suspeita de câncer de mama. Veja os sintomas do câncer de mama masculino e o tratamento. 

Os principais tipos de cirurgia que podem ser feitos para ginecomastia incluem:

  • Lipoaspiração: que consiste em remover a gordura da mama, mas não as glândulas mamárias;
  • Mastectomia: consiste na remoção do tecido da glândula mamária, feita com pequenos cortes na pele, o que permite uma recuperação mais rápida.

Na adolescência, o recomendado é aguardar o término da puberdade para realizar a cirurgia, para diminuir o risco da ginecomastia reaparecer.

As cirurgias demoram cerca de uma hora e meia e é realizada com sedação e anestesia local ou geral, dependendo do cirurgião plástico que irá fazer a cirurgia. Durante a cirurgia, é feito um corte em formato de meia lua ao redor do mamilo, para poder ser removido o excesso de tecido mamário, que depois é enviado para análise para descartar a possibilidade de ser câncer.