Glicemia: o que é, como medir e valores de referência

A glicemia corresponde a quantidade de glicose, popularmente conhecida como "açúcar" no sangue, que pode ser medida através de exames e testes, como glicemia em jejum, glicemia capilar e glicemia pós-prandial, por exemplo.

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O valor normal de glicemia em jejum no sangue deve ser de 99 mg/dL. Quando a glicose está abaixo de 70 mg/dL, indica glicemia baixa, uma condição que pode causar sintomas como tontura, suor frio e desmaios.

Leia também: Glicose baixa: o que é, sintomas, causas, como saber e o que fazer tuasaude.com/glicose-baixa

Já a glicose alta, ou glicemia alta, acontece quando os níveis de glicose estão acima de 125 mg/dL em jejum. Quando essa condição não é tratada, pode causar aumento do apetite ou sede, visão turva, perda de peso e aumento no volume de urina.

Imagem ilustrativa número 1

Como medir a glicemia

As formas de se medir a glicemia são:

1. Glicemia de jejum

A glicemia de jejum, ou glicose em jejum, é um exame de sangue que verifica os níveis de glicose no sangue, devendo ser feita após um após um jejum de 8 a 12 horas ou segundo orientação do médico.

A glicemia em jejum ajuda no diagnóstico da diabetes e para acompanhar os níveis de açúcar no sangue de pessoas diabéticas ou com risco para esta doença.

O valor considerado normal da glicemia em jejum é abaixo de 99 mg/dL.

Leia também: Glicemia de jejum: o que é, valores de referência (e resultados) tuasaude.com/glicemia-de-jejum

2. Glicemia média estimada

A glicemia média estimada é a medida da quantidade média de glicose no sangue de 2 a 3 meses antes do exame, sendo calculada com base no resultado da dosagem de hemoglobina glicada, que indica como estava os níveis de glicose neste período.

Embora possa ser usada para monitorar a quantidade de glicose no sangue, não existe um valor específico para a glicemia média estimada, onde os valores normais podem variar entre 68 e 126 mg/dL.

3. Glicemia capilar

A glicemia capilar é um teste que pode ser feito por qualquer pessoa através da picada de um dedo com uma agulha e, em seguida, colocar uma gota de sangue na fita do aparelho chamado glicosímetro. Veja como medir a glicemia capilar.

O teste da glicemia capilar é ajuda a verificar os níveis de glicose no sangue, sendo útil para acompanhar o tratamento da diabetes e geralmente indicada antes e após as refeições.

4. Glicemia pós-prandial

A glicemia pós-prandial é um exame feito em laboratório para avaliar os níveis de glicose no sangue de 1 a 2 horas após o início de uma refeição. Os valores normais de glicemia pós-prandial devem estar abaixo de 180 mg/dL.

5. Hemoglobina glicada

A hemoglobina glicada, ou HbA1c, é um exame de sangue que avalia a quantidade de glicose ligada à hemoglobina e se refere ao histórico de glicemia ao longo de 3 meses antes do exame.

Isso acontece pois é esse período de vida da hemácia e o tempo em que ela fica exposta ao açúcar, formando a hemoglobina glicada. Os valores de referência normais de hemoglobina glicada devem ser entre 4,7% e 5,6%

No entanto, o resultado da hemoglobina glicada pode ficar alterado por causa de alguns fatores, como anemias, uso de drogas e doenças do sangue.

Leia também: Hemoglobina glicada (Hb1Ac): para que serve e valores de referência tuasaude.com/hemoglobina-glicada

6. Curva glicêmica

A curva glicêmica, também conhecida como teste de tolerância à glicose (TOTG), é um exame de sangue em que verifica-se a glicemia em jejum e 2 horas após a ingestão de um líquido açucarado com 75 g de glicose.

A curva glicêmica ajuda no diagnóstico de diabetes, pré-diabetes, diabetes gestacional, resistência à insulina e outras alterações relacionadas às células do pâncreas.

Os valores normais da curva glicêmica devem estar abaixo de 100 mg/dL em jejum e 140 mg/dL após a ingestão de 75g de glicose. Conheça melhor sobre a curva glicêmica.

7. Sensor de glicemia

O sensor de glicemia é um aparelho resistente à água que é aplicado na parte de trás do braço ou no abdômen, ajudando a verificar os níveis de glicose no sangue em pessoas com diabetes tipo 1 e 2, sem necessidade de realizar a picada no dedo.

Este sensor possui uma agulha bem fina que fica introduzida na pele, não provoca dor e não gera desconforto, podendo ser usado também por crianças diabéticas.

Para medir a glicemia basta aproximar o celular, ou o aparelho específico, no sensor e em seguida o resultado aparece na tela do celular.

Para que serve

A glicemia é usada para ajudar a identificar condições, como:

  • Diabetes tipo 1;
  • Diabetes tipo 2;
  • Diabetes gestacional;
  • Resistência à insulina;
  • Pré-diabetes;
  • Alterações na tireoide;
  • Doenças do pâncreas;
  • Problemas hormonais.

A glicemia também pode complementar o diagnóstico da síndrome de Dumping, por exemplo, uma condição em que ocorre a passagem de alimento rapidamente do estômago para o intestino, provocando sintomas como tonturas, náuseas e tremores.

Muitas vezes, a glicemia é avaliada como rotina hospitalar, em pessoas internadas e que recebem soro com glicose ou que usam medicamentos na veia.

Tabela de valores de glicemia

A tabela a seguir contém os possíveis valores de glicemia:

 

Glicemia em jejum

Glicemia pós-prandial (2 horas após o início das refeições)

Glicemia sem jejum

Glicemia normal

Abaixo de 99 mg/dL

Abaixo de 140 mg/dL

Abaixo de 200 mg/dL

Glicemia alterada

Entre 100 mg/dL a 125 mg/dL

Entre 140 mg/dL a 199 mg/dL

Não é possível definir

Diabetes

Igual ou acima de 126 mg/dL

Igual ou acima de 200 mg/dL

Igual ou acima de 200 mg/dL

É importante ressaltar que os valores de glicemia podem variar de acordo com o laboratório e os tipos de testes realizados. Em casos de alteração na glicemia, o médico poderá também recomendar outros exames para verificar as possíveis causas.

Calculadora de glicemia

Para entender o resultado do seu exame de glicose, insira os seus resultados na calculadora a seguir:

Erro
Erro

Caso a glicemia apresente valores fora do recomendado, é aconselhado consultar um médico para uma avaliação completa e realizar exames mais precisos para confirmar o resultado.

Glicemia baixa

A glicemia baixa, também chamada de hipoglicemia ou glicose baixa, é a diminuição dos níveis de glicose no sangue, identificado através de valores abaixo de 70 mg/dL.

A glicose baixa pode ser causada pelo uso excessivo de medicamentos para controle da diabetes, em pessoas que já possuem esta doença, ingestão de menores quantidades de comida do que o necessário e consumo de bebidas alcoólicas em excesso, por exemplo.

Leia também: Glicose baixa: o que é, sintomas, causas, como saber e o que fazer tuasaude.com/glicose-baixa

Sintomas de glicemia baixa

Os sintomas de glicemia baixa são tontura, suor frio, náuseas, visão embaçada podendo chegar ao desmaio, dor de cabeça, confusão mental e coma.

O que fazer: para tratar a glicemia baixa é aconselhado ingerir de 15 g a 30 g de carboidratos simples, como uma colher (de sopa) de açúcar diluída em água ou uma colher (de sopa de mel).

Em seguida, deve-se aguardar 15 minutos, verificar novamente a glicemia e, se continuar baixa, repetir o tratamento anterior.

No entanto, quando o nível de glicose está abaixo de 54 mg/dL ou se a pessoa apresenta alterações cognitivas, o médico pode prescrever o uso do hormônio glucagon.

Glicemia alta

A glicemia alta, ou hiperglicemia, ocorre quando os níveis de açúcar no sangue estão acima de 125 mg/dL em jejum ou 200 mg/dL 2 horas ou mais após uma refeição.

A glicose alta pode surgir como efeito colateral de medicamentos ou reações do organismo após cirurgias, por exemplo. Mas quando é persistente, pode estar associada à diabetes.

Leia também: Glicose alta: o que é, sintomas, como saber (e o que fazer) tuasaude.com/glicose-alta

Sintomas de glicemia alta

A glicemia alta normalmente não provoca sintomas. No entanto, quando a glicemia está muito alta e por muito tempo, podem surgir sintomas como aumento do apetite ou sede, visão turva, perda de peso sem motivo aparente e aumento no volume de urina. Conheça melhor os sintomas da hiperglicemia.

O que fazer: o tratamento indicado pelo médico pode ser feito com o uso de remédios antidiabéticos, como metformina e glibenclamida, ou injeção de insulina.

O médico geralmente recomenda mudanças no estilo de vida, como manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos, que ajudam a melhorar a ação da insulina e regular a glicemia no sangue.

Leia também: Como é feito o tratamento para diabetes tuasaude.com/tratamento-para-diabetes

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