Glioma: o que é, sintomas, graus, tipos e tratamento

Glioma é um grupo de tumores cerebrais que afetam as células da glia, que são células responsáveis pelo suporte os neurônios e bom funcionamento do sistema nervoso, causando sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas e vômitos.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Oncologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Esse tipo de tumor pode ser classificado em três tipos diferentes que variam de acordo com a sua localização, células envolvidas, taxa de crescimento e agressividade.

O tratamento do glioma é feito pelo oncologista ou neuro-oncologista e varia com o grau e tipo de tumor, podendo ser recomendado cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, por exemplo.

Médico avaliando ressonância magnética do cérebro

Sintomas de glioma

Os principais sintomas de glioma são:

  • Dor de cabeça;
  • Náuseas e vômitos;
  • Confusão mental;
  • Dificuldade para pensar ou falar;
  • Perda de memória;
  • Convulsões;
  • Fraqueza.

Além disso, também podem surgir dificuldade para manter o equilíbrio, visão embaçada ou dupla, alterações do comportamento ou irritabilidade, por exemplo.

Os sintomas de glioma geralmente surgem quando o tumor cresce e comprime o cérebro ou a medula espinhal, e também poderem variar de acordo com a região afetada.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do glioma normalmente é feito pelo neurologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e familiar de glioma, exame físico e neurológico completo, além de exames de imagem.

Marque uma consulta com o neurologista na região mais próxima de você:

Cuidar da sua saúde nunca foi tão fácil!

Marque uma consulta com nossos Oncologistas e receba o cuidado personalizado que você merece.

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Assim, o médico pode solicitar exames, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan, por exemplo. Saiba como é feito o PET scan.

Esses exames permitem ao médico confirmar o diagnóstico e identificar a localização do tumor e seu tamanho, podendo definir o tipo e grau do glioma e, assim, encaminhar a pessoa para o oncologista para iniciar o tratamento mais adequado.

Graus do glioma

De acordo com o grau de agressividade, o glioma pode ser classificado em:

  • Grau I: possui crescimento lento e não possui capacidade infiltrativa;
  • Grau II: também apresenta crescimento lento mas já consegue infiltrar o tecido cerebral;
  • Grau III: é caracterizado por crescimento rápido e pode ser facilmente espalhado pelo cérebro;
  • Grau IV: é o mais agressivo, já que além da alta taxa de replicação espalha-se rapidamente.

Além disso, os gliomas podem ser classificados como sendo de baixa taxa de crescimento, como é o caso do glioma de grau I e II, e de alta taxa de crescimento, como é o caso dos gliomas de grau III e IV.

Os de alta taxa de crescimento são mais graves devido ao fato das células tumorais conseguirem replicar rapidamente e infiltrar outros locais do tecido cerebral.

Possíveis causas

As causas do glioma ainda não são totalmente esclarecidas, no entanto, sabe-se que ocorre devido a mutações no DNA das células da glia no cérebro ou medula espinhal que passam a se multiplicar de forma anormal e descontrolada.

Alguns fatores podem aumentar o risco de gliomas, como idade, sendo mais comum entre os 45 e 60 anos, exposição frequente à radiação ionizante ou histórico familiar de glioma.

Tipos de glioma

Os principais tipos de glioma são:

1. Astrocitomas

Os astrocitomas são o tipo de glioma mais comum e têm origem nos astrócitos, que são as células da glia responsáveis pela sinalização celular, nutrição dos neurônios e controle homeostático do sistema neuronal.

Como os astrócitos estão presentes em maior quantidade no sistema nervoso, a ocorrência de astrocitomas é mais frequente.

O astrocitoma grau IV, também conhecido como glioblastoma multiforme, é o tipo mais comum de tumor maligno cerebral e também o mais agressivo. Entenda o que é o glioblastoma.

2. Ependimomas

Os epidendiomas têm origem nas células ependimárias ou ependimócitos, que são responsáveis por revestir os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal, permitindo a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR).

3. Oligodendrogliomas

Os oligodendrogliomas têm origem nos oligodendrócitos, que são células responsáveis pela formação da bainha de mielina, que é o tecido que reveste as células nervosas.

Esse tipo de glioma é mais comum no lobo frontal do cérebro, e apresenta crescimento lento e difuso, sendo capaz de infiltrar em outras áreas do cérebro.

Leia também: Tumor cerebral: tipos, sintomas, tratamento e sequelas tuasaude.com/tumor-cerebral

Como é feito o tratamento

O tratamento para o glioma deve ser feito com orientação do oncologista ou neuro-oncologista e varia de acordo com as características do tumor, grau, tipo, idade e sinais e sintomas apresentados.

Os principais tratamentos para gliomas são:

1. Cirurgia

O tratamento inicial para o glioma é a cirurgia, que tem como objetivo a remoção do tumor, sendo preciso realizar a abertura do crânio, chamada craniotomia, para que o neurocirurgião consiga ter acesso à massa cerebral e ao tumor. Entenda como é feita a craniotomia.

Essa cirurgia é normalmente acompanhada por imagens fornecidas pela ressonância magnética e tomografia computadorizada para que o médico consiga identificar a localização exata do tumor a ser removido.

2. Radioterapia

A radioterapia é feita com o objetivo de eliminar ou reduzir o crescimento das células do câncer, sendo indicada para complementar o tratamento cirúrgico de remoção do glioma.

Esse tipo de tratamento para o glioma pode ser feito sozinho ou junto com a quimioterapia.

3. Quimioterapia

A quimioterapia para o glioma utiliza remédios quimioterápicos que ajudam a destruir as células cancerígenas localizadas na cérebro ou espalhadas pelo corpo.

Os principais quimioterápicos que podem ser indicados para a quimioterapia do glioma são temozolomida, carmustina, procarbazina, lomustina ou vincristina, por exemplo.

Leia também: tuasaude.com

4. Terapia por campos elétricos

A terapia por campos elétricos pode ser indicada para o tratamento dos gliomas, especialmente o glioblastoma.

Esse tipo de tratamento é feito com o uso de eletrodos colocados sobre a pele no couro cabeludo, interrompe a divisão das células tumorais.

5. Remédios para controlar os sintomas

Alguns remédios, como anticonvulsivantes ou corticoides, por exemplo, podem ser indicados pelo médico para aliviar, controlar ou evitar sintomas como convulsões ou edema cerebral.

Leia também: Edema cerebral: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/edema-cerebral

Esses remédios devem ser tomados somente com orientação médica, de acordo com os sintomas apresentados.

6. Reabilitação

A reabilitação para o tratamento do glioma é muito importante para melhorar a qualidade de vida, podendo ser indicada a realização da fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar o controle motor ou a fonoaudiologia, no caso de distúrbios da fala.

Além disso, a terapia ocupacional também pode ser indicada para ajudar a pessoa a ganhar independência nas atividades do dia a dia em casa ou na escola, como comer ou andar, por exemplo.

Leia também: Terapeuta ocupacional: o que é, o que faz e quais doenças trata tuasaude.com/terapeuta-ocupacional

Vídeos relacionados

CÂNCER, QUIMIOTERAPIA e PRISÃO de VENTRE | Tati Comenta #01

12:43 | 25.404 visualizações

TRATAMENTO do CÂNCER: como aliviar os EFEITOS COLATERAIS

14:07 | 89.320 visualizações