Gravidez tubária (nas trompas): o que é, causas, sintomas e tratamento

O que é:

A gravidez na trompas, também conhecida como gravidez tubária, é um tipo de gravidez ectópica em que o embrião é implantado fora do útero, nesse caso, nas tubas uterinas. Quando isso acontece, o desenvolvimento da gravidez pode ser prejudicado, isso porque o embrião não consegue se locomover para dentro do útero e as trompas não são capazes de se distender, podendo romper e colocar em risco a vida da mulher.

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Alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento da gravidez tubária, como infecções sexualmente transmissíveis, endometriose ou já ter feito uma laqueadura, por exemplo. Normalmente, esse tipo de gravidez é identificada até as 10 semanas de gestação numa ultrassonografia, porém pode também ser descoberta mais tarde.

No entanto, se o problema não for detectado, a trompa pode romper, sendo chamada de gravidez ectópica rota, que pode provocar uma hemorragia interna, o que pode ser fatal. 

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Principais causas

A ocorrência da gravidez tubária pode ser favorecida por diversos fatores, sendo os principais:

  • Usar DIU;
  • Cicatriz de uma cirurgia pélvica;
  • Inflamação pélvica;
  • Endometriose, que é o crescimento do tecido do endométrio fora do útero;
  • Gravidez ectópica anterior;
  • Salpingite, que é caracterizada pela inflamação ou deformação das trompas de Falópio;
  • Complicações da clamídia;
  • Cirurgia prévia nas trompas de Falópio;
  • Malformação das trompas de Falópio;
  • Em caso de infertilidade;
  • Ter realizado a laqueadura das trompas.

Além disso, idade superior a 35 anos, realização de fertilização in vitro e o fato de ter vários parceiros sexuais também pode favorecer o desenvolvimento de uma gravidez ectópica.

Sinais e sintomas da gravidez tubária

Alguns sinais e sintomas que podem indicar a gravidez fora do útero incluem a dor de apenas um dos lados da barriga, que vai piorando a cada dia, sempre de forma localizada e semelhante à cólica, e sangramento vaginal, que pode iniciar com algumas gotas de sangue, mas que em pouco tempo se torna mais forte. Veja também outras causas de cólica na gravidez.

O teste de gravidez de farmácia consegue detectar que a mulher está grávida, mas não é possível saber se é gravidez ectópica, sendo necessário realizar um exame de ultrassom para verificar exatamente onde o bebê está localizado. Como a gravidez ectópica pode se tornar rota antes das 12ª semana de gestação, não dá tempo para a barriga começar a crescer, de forma suficiente para ser notada por outras pessoas. Saiba como identificar os sinais e sintomas de gravidez ectópica.

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Tratamentos para gravidez ectópica

O tratamento para gravidez ectópica pode ser feito através do uso do medicamento metotrexato, que induz o aborto, ou por meio de cirurgia para retirada do embrião e reconstrução da trompa.

Quando a cirurgia é indicada

A cirurgia para retirada do embrião, pode ser feita por laparostomia ou cirurgia aberta, e é indicada quando o embrião tem mais de 4 cm de diâmetro, o exame Beta HCG tem mais de superior a 5000 mUI/ml ou quando há evidências de ruptura da trompa, o que coloca em risco a vida da mulher.  

Em qualquer dos casos, o bebê não pode sobreviver e o embrião deverá ser completamente removido, não podendo ser implantado dentro do útero.

Quando os remédios são indicados

O médico pode decidir pelo uso de remédios como metotrexato 50 mg, em forma de injeção quando a gravidez ectópica é descoberta antes das 8 semanas de gestação, a mulher não apresenta rompimento da trompa, o saco gestacional tem menos de 5 cm, o exame Beta HCG é inferior a 2.000 mUI/ml e o coração do embrião não está batendo.

Nesse caso a mulher toma 1 dose desse medicamento e após 7 dias deve realizar um novo Beta HCG, até que este seja indetectável. Se o médico achar mais seguro, pode indicar mais 1 dose deste mesmo medicamento para se certificar de que o problema está solucionado. O Beta HCG deve ser repetido em 24 horas e depois a cada 48 horas para verificar se está baixando gradualmente. 

Durante este tratamento que pode durar até 3 semanas é recomendado:

  • Não fazer o exame de toque vaginal porque pode causar ruptura dos tecidos;
  • Não ter contato íntimo;
  • Evitar a exposição ao sol porque o remédio pode manchar a pele;
  • Não tomar anti-inflamatórios devido o risco de anemia e problemas gastrointestinais relacionados ao remédio.

O ultrassom pode ser realizado 1 vez por semana para verificar se a massa desapareceu porque ainda que os valores do beta HCG estejam diminuindo ainda existe a possibilidade de ruptura da trompa.

É possível engravidar depois da cirurgia?

Se as trompas não foram danificadas pela gravidez ectópica, a mulher tem novas chances de voltar a engravidar, mas se uma das trompas rompeu ou ficou lesionada, as chances de engravidar novamente são muito menores, e se as duas trompas romperam ou estão afetadas, a solução mais viável será a fertilização in vitro. Veja como engravidar após uma gravidez tubária.