Hérnia diafragmática congênita é um defeito do músculo diafragma, responsável por auxiliar na respiração, fazendo com que os órgãos do abdômen passem para o tórax, podendo causar sintomas como respiração rápida, batimentos cardíacos acelerados ou pele azulada.
Essa condição pode estar presente desde o nascimento do bebê, causada por alterações genéticas que resultam em um defeito no diafragma, podendo estar associada a outras síndromes genéticas. Entenda como se forma uma hérnia.
O tratamento da hérnia diafragmática congênita é feito pelo cirurgião pediátrico, através de uma cirurgia para corrigir o defeito no diafragma e evitar complicações que podem colocar a vida do bebê em risco.
Sintomas de hérnia diafragmática
Os principais sintomas de hérnia diafragmática congênita são:
- Respiração rápida ou dificuldade para respirar;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Pele, unhas e lábios azulados, chamado cianose;
- Tórax em forma de barril.
Além disso, a hérnia diafragmática congênita pode causar obstrução intestinal, com sintomas como dificuldade para evacuar, inchaço na barriga ou dor abdominal intensa. Saiba identificar os sintomas de obstrução intestinal.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da hérnia diafragmática congênita pode ser feito pelo obstetra ainda na gestação através do ultrassom pré-natal.
Caso o ultrassom apresente essa alteração, o obstetra pode solicitar outros exames, como ultrassom morfológico, ecocardiograma fetal, ressonância magnética fetal ou amniocentese, por exemplo.
Leia também: Amniocentese: o que é, para que serve, quando fazer e riscos tuasaude.com/amniocenteseApós o nascimento do bebê, o diagnóstico da hérnia diafragmática congênita é feito pelo neonatologista através do exame físico e raio X do tórax e ecocardiograma.
Possíveis causas
A causa exata da hérnia diafragmática congênita não é totalmente conhecida.
Essa condição pode surgir de forma isolada devido a alterações no desenvolvimento do diafragma entre as semanas 8 e 10 de gravidez ou estar associada a síndromes genéticas, como síndrome de Cornélia de Lange, síndrome de Fryns ou trissomia do cromossomo 18, por exemplo.
Tipos de hérnia diafragmática
Os principais tipos de hérnia diafragmática congênita são:
1. Hérnia de Bochdale
A hérnia de Bochdale é o tipo mais comum de hérnia diafragmática caracterizada por um orifício na parte posterior do diafragma, resultando na passagem de órgãos abdominais para o tórax.
Esse tipo de hérnia pode causar compressão dos pulmões e resultar em hipoplasia pulmonar, podendo causar complicações graves no bebê, como hipertensão pulmonar ou insuficiência cardíaca, por exemplo.
2. Hérnia de Morgagni
A hérnia de Morgagni é um tipo de hérnia diafragmática congênita em que o orifício aparece na parte frontal do diafragma.
Esse tipo de hérnia diafragmática congênita tem muito pouco efeito sobre o desenvolvimento dos pulmões do bebê.
Como é feito o tratamento
O tratamento da hérnia diafragmática congênita deve ser feito com orientação do neonatologista ou cirurgião pediátrico, para estabilizar o bebê após o nascimento e corrigir o defeito no diafragma, evitando complicações.
Os principais para hérnia diafragmática congênita são:
1. Internamento na unidade neonatal
O internamento na unidade neonatal após o nascimento tem como objetivo estabilizar a respiração do bebê através da ventilação mecânica ou oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) para dar suporte ao coração e aos pulmões. Entenda o que é ECMO e como é feito.
Leia também: Ventilação mecânica: o que é, para que serve, tipos e riscos tuasaude.com/ventilacao-mecanica2. Cirurgia
A cirurgia para hérnia diafragmática congênita é feita pelo cirurgião pediátrico para corrigir o defeito no diafragma e reintroduzir o conteúdo do abdômen na sua localização normal.
Geralmente, essa cirurgia é feita nos primeiros dias ou semanas de vida do bebê, o que varia com o estado de saúde geral do bebê.