Hipertermia: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Hipertermia é uma condição caracterizada pelo aumento anormal da temperatura corporal, podendo ultrapassar 40ºC, causando sintomas como suor excessivo, tontura e até convulsões.

A hipertermia acontece quando o corpo absorve muito calor ou gera mais calor do que é capaz de liberar, sendo que a causa mais comum é o esforço físico em climas muito quentes e úmidos.

O tratamento da hipertermia envolve resfriar o corpo, bebendo água fria, tomando banho frio ou usando ventilador para resfriar a pele, por exemplo. Entretanto, em casos de sintomas graves, deve-se ir ao hospital imediatamente.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de hipertermia

Os principais sintomas de hipertermia são:

  • Suor excessivo;
  • Tontura ou vertigem;
  • Fraqueza;
  • Náuseas;
  • Dor de cabeça;
  • Cãibras, principalmente nas pernas, abdômen ou braços;
  • Inchaço nas mãos, pernas e tornozelos;
  • Aumento da sede.

Além disso, também podem surgir sintomas graves como dificuldade de concentração ou de coordenação motora, respiração rápida e curta, diminuição do suor, confusão mental, pulso fraco ou rápido, desmaio ou convulsões.

Nesses casos, deve-se procurar o hospital ou o pronto-socorro mais próximo, pois a hipertermia pode provocar falência de órgãos ou coma, colocando a vida em risco.

Diferença de hipotermia e hipertermia

A hipotermia acontece quando a temperatura corporal está abaixo de 35ºC, causando tremores, dormência nas mãos ou pés, palidez, dificuldade para respirar ou perda dos sentidos.

Enquanto a hipertermia é caracterizada pelo aumento da temperatura corporal, que pode ultrapassar 40ºC, causando suor excessivo, dor de cabeça, vertigem e convulsões.

Qual a diferença entre hipertermia e febre?

A febre é causada por uma resposta do sistema imunológico, que aumenta a temperatura do corpo para combater infecções por vírus, bactérias ou fungos, por exemplo.

Leia também: Febre: o que é, causas, tipos (e o que fazer) tuasaude.com/causas-de-febre

Já na hipertermia, ocorre uma falha no sistema de termorregulação do corpo, não relacionada à infecções, fazendo com que o absorva muito calor ou gere mais calor do que é capaz de liberar, aumentando perigosamente a temperatura do corpo acima de 40ºC.

Como diagnosticar a hipertermia

O diagnóstico da hipertermia é feito pelo clínico geral no hospital através da avaliação dos sintomas, histórico de esforço físico em climas muito quentes e úmidos, exame físico e medida da temperatura corporal.

Marque uma consulta com um clínico geral na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Geralmente não são necessários exames para confirmar o diagnóstico. Entretanto, o médico pode solicitar exames de sangue ou urina para avaliar os níveis de eletrólitos no corpo e descartar algum tipo de infecção.

Tipos de hipertermia

A hipertermia pode ser classificada em três diferentes tipos, que são:

1. Hipertermia clássica

A hipertermia clássica pode ser classificada por estágios que são:

  1. Estresse por calor: acontece quando o corpo não é capaz de se resfriar, causando dor de cabeça, sede, náuseas ou tonturas;
  2. Fadiga por calor: ocorre ao ficar muitas horas em locais com temperaturas muito altas, causando desconforto físico e mental;
  3. Síncope de calor: é caracterizado por desmaio, devido a queda da pressão arterial e do fluxo sanguíneo para o cérebro;
  4. Cãibras de calor: surgem devido às atividades físicas intensas em temperaturas altas e clima úmido;
  5. Edema por calor: surge ao ficar muito tempo sentado ou de pé em climas muito quentes;
  6. Erupção cutânea por calor: ocorre devido a atividade física, causando bolhas na pele semelhantes à espinhas;
  7. Exaustão por calor: quando o corpo não é capaz de se resfriar, causando fraqueza, dificuldade de coordenação motora ou de concentração e pulso rápido;
  8. Insolação: é o estágio mais grave, incluindo sintomas como confusão mental, desmaio e pulso fraco e rápido, colocando a vida em risco.

A hipertermia clássica ocorre principalmente pela exposição prolongada a climas muito quentes e úmidos, afetando principalmente crianças e idosos, sendo mais comum em épocas mais quentes.

Nesse tipo de hipertermia, os sintomas costumam surgir cerca de 2 a 3 dias após a exposição ao calor intenso e úmido.

2. Hipertermia por esforço

A hipertermia por esforço pode surgir ao se realizar atividades físicas intensas ou extenuantes, resultando em um aumento interno da temperatura, que pode ser agravada por climas quentes e úmidos.

Os sintomas desse tipo de hipertermia surgem imediatamente ou algumas horas após o esforço físico, sendo mais comum em atletas ou trabalhadores de fábricas, por exemplo.

3. Hipertermia maligna

A hipertermia maligna geralmente é causada por reações graves a anestésicos inalatórios, como halotano ou enflurano, ou relaxantes musculares, resultando em sintomas, como rigidez ou espasmos musculares.

Os sintomas desse tipo de hipertermia podem surgir durante a anestesia ou logo após a cirurgia, durante a fase inicial do pós-operatório, sendo o tratamento feito imediatamente no hospital. Veja como é feito o tratamento da hipertermia maligna.  

Possíveis causas

Alguns fatores que podem causar a hipertermia são:

  • Esforço físico, trabalho ou excesso de roupas em climas quentes e úmidos;
  • Desidratação e desequilíbrio eletrolítico;
  • Idade, sendo mais comum em crianças e idosos;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Pressão alta;
  • Tumor no hipotálamo;
  • Exposição prolongada ao sol ou câmaras de bronzeamento artificial;
  • Fibrose cística;
  • Excesso ou baixo peso corporal.

Outros fatores que também podem aumentar o risco de hipertermia são problemas cardíacos, pulmonares, renais ou hepáticos, ou uso de remédios como diuréticos, tranquilizantes ou estimulantes, por exemplo.

A hipertermia é causada por uma desregulação do hipotálamo, uma região no cérebro que é responsável por controlar a temperatura corporal. Essa desregulação aumenta a temperatura para acima de 40ºC, comprometendo as funções de vários órgãos.

Como é feito o tratamento

Normalmente o tratamento da hipertermia inclui:

  • Ir para uma sombra ou uma área mais fresca;
  • Tomar banho frio ou fazer imersão em uma banheira com água fria;
  • Beber bastante água fria, bebidas com eletrólitos ou soro caseiro;
  • Ficar na frente de um ventilador ou em um ambiente com ar condicionado;
  • Remover o excesso de roupa, ou roupas apertadas ou pesadas;
  • Deitar de barriga para cima com as pernas elevadas e aplicar compressas frias nas axilas, sobre as virilhas e em volta do pescoço.

Se a pessoa não melhorar com as medidas anteriores, deve-se ir ao hospital imediatamente, para realizar o tratamento com soro na veia e resfriamento do corpo.

Já em casos de hipertermia maligna, o tratamento deve ser feito em hospital, onde o médico administra o medicamento dantrolen via intravenosa.

Como prevenir

Algumas formas de prevenir a hipertermia incluem evitar fazer exercícios físicos ao ar livre, em climas muito quentes e úmidos, e beber muitos líquidos, como água e sucos de fruta.

É recomendado também usar roupas leves, de cores claras e tecidos naturais, como algodão, usar protetor solar, bonés ou chapéus.

Durante as ondas de calor, é importante ficar em espaços bem ventilados e frescos, com ventilador ou ar condicionado, e evitar ingerir bebidas com álcool ou cafeína.

Limitar o uso de fornos e manter as cortinas e janelas fechadas durante o dia, abrindo as janelas à noite, também é importante.

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