AIDS e HIV: o que são, diferenças, sintomas, tratamento (e mais)

HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que pode ser transmitido através do contato sexual desprotegido com uma pessoa contaminada com esse vírus, ou ainda pelo compartilhamento de agulhas ou passado da mãe para o bebê na gravidez ou amamentação.

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A infecção por esse vírus pode causar sintomas iniciais como cansaço excessivo, dor muscular, de cabeça ou garganta, suor noturno ou ínguas, por exemplo, além de poder evoluir para a AIDS, chamada de síndrome da imunodeficiência adquirida, causada pela destruição do sistema imune pelo vírus HIV.

O tratamento da infecção pelo HIV é feito pelo infectologista com o uso de remédios antirretrovirais, para impedir a multiplicação do vírus, reduzir a carga viral e evitar o desenvolvimento da AIDS.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de HIV e AIDS

Os principais sintomas de infecção pelo HIV são:

  • Cansaço;
  • Dor de cabeça ou dor de garganta;
  • Dor muscular ou nas articulações;
  • Suor noturno;
  • Diarreia;
  • Ínguas;
  • Rash cutâneo;
  • Febre baixa.

Esses sintomas podem surgir na infecção inicial pelo HIV, chamada síndrome retroviral aguda. Saiba identificar todos os sintomas de infecção por HIV.

Já no caso da AIDS, os sintomas são mais intensos e surgem quando o sistema imunológico já se encontra muito debilitado pelo HIV, o que favorece o surgimento de infecções ou doenças oportunistas, como herpes, candidíase, toxoplasmose, sarcoma de Kaposi ou hepatite, por exemplo. Veja os principais sintomas da AIDS.

Tempo para sentir os primeiros sintomas do HIV

Geralmente, os primeiros sintomas da infecção pelo HIV surgem de 2 a 4 semanas após a exposição ao vírus, podendo durar alguns dias ou até 10 meses.

Leia também: Principais sintomas de HIV no bebê tuasaude.com/sintomas-de-hiv-no-bebe

Quanto tempo o HIV pode ficar escondido?

Depois dos sintomas agudos iniciais, o vírus do HIV pode ficar escondido por cerca de 8 à 20 anos, se replicando de forma silenciosa, sem gerar nenhum sintoma.

No entanto, apesar de poder não causar sintomas em algumas pessoas, o vírus pode ser transmitido para outras pessoas.

Qual a diferença entre AIDS e HIV?

Tanto a infecção pelo HIV, como a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) são causadas pelo vírus da imunodeficiência humana.

No entanto, ter a infecção pelo HIV não significa que se tem AIDS, já que a pessoa pode ser portadora do vírus HIV, mas estar fazendo tratamento e ser considerada saudável.

Já a AIDS ocorre quando o vírus do HIV provoca danos no sistema imunológico, tornando-o menos capaz de combater infecções e/ou doenças.

Ao contrário do HIV, a AIDS não é transmissível. No entanto, a pessoa com AIDS também pode passar o vírus do HIV para qualquer pessoa saudável, o que, ao fim de alguns anos pode acabar gerando AIDS.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito pelo infectologista ou clínico geral através da avaliação do sintomas, assim como quando sugiram, e histórico de comportamento de risco.

Para confirmar o diagnóstico, o médico pode fazer um teste rápido de HIV e/ou solicitar exames de sangue ou saliva, para verificar a presença de anticorpos, antígenos ou RNA do vírus no organismo, assim como o tipo do vírus HIV. Confira os principais exames para HIV.

Marque uma consulta com o infectologista na região mais próxima de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Esses exames estão disponíveis em postos de saúde, clínicas, hospitais e laboratórios, e pode ser realizado gratuitamente pelo SUS, nos centros de testagem espalhados pelo país.

O melhor momento para fazer o teste do HIV é entre 40 e 60 dias após o comportamento de risco, isto é, depois do momento em que a pessoa acha que pode ter sido contaminada, isso porque caso o teste seja feito antes desses 40 dias, seu resultado pode ser falso negativo devido à janela imunológica do HIV.

O que fazer em caso de suspeita

Em caso de suspeita de se ter contraído HIV é muito importante ir ao médico para avaliar o momento em que se deve fazer o teste.

Além disso, o médico pode indicar fazer a profilaxia pós-exposição (PEP), com o uso de remédios antirretrovirais, que deve ser iniciada nas primeiras 72 horas após a exposição ao vírus HIV, para prevenir sua multiplicação no organismo e sua entrada nas células. Saiba como é feita a profilaxia pós-exposição.

Tipos de HIV

Os principais tipos de HIV são:

  • HIV-1: é o tipo mais comum que causa a infecção, sendo responsável por cerca de 95% das infecções pelo HIV no mundo, tendo subtipos diferentes, como HIV-1 A, B, C, D, E, F, G, H, I e O;
  • HIV-2: é mais comum da África Ocidental, mas também pode ocorrer em outros países, como Brasil ou Portugal, por exemplo, tendo também subtipos diferentes, como HIV-2 A, B, C, D, e E .

Esses vírus, se replicam de formas diferentes ao longo do tempo, e respondem de forma diferente ao tratamento com antirretrovirais. Veja as principais diferenças entre o HIV 1 e o HIV 2.

Assim, é importante identificar através do exame de sangue qual o tipo e subtipo de HIV e a sua carga viral, para realizar o tratamento individualizado, uma vez que a dose e o antirretroviral não é exatamente igual para todos os infectados.

Como se pega HIV

O vírus HIV pode ser transmitido através do contato com sangue ou fluidos corporais, como leite materno, secreções vaginais e sêmen, de uma pessoa contaminada com o vírus:

Assim, as principais formas de transmissão são:

  • Relação sexual vaginal, oral e/ou anal sem uso de preservativo com uma pessoa infectada pelo HIV;
  • Compartilhamento de seringas contaminadas pelo HIV;
  • Durante a gravidez ou amamentação;
  • Contato direto com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infectada pelo HIV.
  • Acidentes com objetos cortantes como facas tesoura, bisturi, lâminas de barbear ou alicate de unha contaminados pelo HIV.

Além disso, receber uma transfusão sanguínea era outra forma de transmissão do HIV. No entanto, atualmente todo sangue é testado para o HIV-1 e HIV-2, e caso seja detectada a presença do vírus, o sangue é descartado.

Assim, todo sangue doado é seguro e livre de HIV, não sendo mais uma fonte de contaminação.

Fatores de risco para transmissão

Os fatores que aumentam o risco de transmissão são pessoas infectadas pelo HIV com carga viral alta, a AIDS propriamente dita, prática de sexo anal receptivo ou sexo durante a menstruação.

Além disso, ter infecções sexualmente transmissíveis, como cancro mole, sífilis ou herpes genital não tratadas, também aumentam o risco de infecção pelo HIV.

É importante destacar que o vírus não é transmitido através de abraços, beijos e/ou toque em pessoas soropositivas.

Como é feito o tratamento

O tratamento do HIV e AIDS deve ser feito com orientação do infectologista com o uso de um coquetel de medicamentos antirretrovirais, como dolutegravir, lamivudina ou efavirenz, por exemplo, para reduzir a multiplicação do vírus e diminuir a carga viral.

Este tipo de tratamento, chamado de terapia antirretroviral, é fornecido gratuitamente pelo SUS e deve ser feito por toda vida, com doses indicadas pelo infectologista e associações de antirretrovirais de acordo com o tipo de vírus HIV. Entenda como é feito o tratamento do HIV e da AIDS.

Durante o tratamento, o médico deve solicitar exames periódicos, como hemograma completo, avaliação do fígado e rins, testes para sífilis, hepatite B e C, toxoplasmose, citomegalovírus, raio X de tórax, teste para tuberculose anualmente, papanicolau, perfil imunológico e carga viral.

Leia também: Alimentação para HIV e AIDS: o que comer e o que evitar tuasaude.com/alimentacao-para-hiv

Como evitar a transmissão do HIV

Para se proteger e não ser contaminado com HIV, e consequentemente não desenvolver AIDS, é recomendado:

  • Usar camisinha masculina ou feminina em todo contato sexual, seja durante as carícias ou penetração vaginal, anal ou oral;
  • Não partilhar seringas usadas;
  • Evitar o contato com sangue ou secreções de outra pessoa, que pode estar contaminada;
  • Identificar e tratar qualquer doença sexualmente transmissível porque elas aumentam o risco de contaminação com o vírus HIV.

Pessoas HIV+ também devem ter estes cuidados para evitar serem contaminados com outro tipo do vírus HIV, porque existem diversos subtipos de vírus, o que pode dificultar o controle da carga viral, mesmo quando se está fazendo tratamento.

Em alguns casos, especialmente em pessoas com risco aumentado de entrar em contato com o vírus, o infectologista pode indicar a profilaxia pré-exposição (PrEP). Veja o que é e como é feita a PrEP.

Porque o HIV e a AIDS não tem cura

O HIV e a AIDS não têm cura porque o sistema imunológico não é capaz de combater o vírus e eliminá-lo do organismo.

Além disso, o vírus HIV replica-se de formas diferentes e por isso os medicamentos que parecem conseguir travar a sua replicação rapidamente deixam de ter efeito, porque o vírus se adapta dentro do próprio corpo, podendo ser replicar de outra forma.

Várias são as pesquisas que buscam uma maneira capaz de eliminar o vírus definitivamente, mas até hoje só existe relato de 1 caso de cura da AIDS mas com tantas particularidades que torna impossível replicar o mesmo tratamento para todas as pessoas afetadas.

Uma vacina contra HIV também pode ser uma solução, no entanto, sua fórmula ainda não foi encontrada.

Leia também: Vacina do HIV: existe? tuasaude.com/vacina-contra-aids

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