Implante contraceptivo: o que é, indicações e como é colocado

Implante contraceptivo é um pequeno tupo de silicone colocado no braço da mulher, indicado para prevenir a gravidez, pois inibe a ovulação, além de alterar o muco cervical, o que torna mais difícil os espermatozoides alcançarem o útero, prevenindo a gravidez.

Foto doutora realizando uma consulta
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Esse implante mede 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro e contém etonogestrel na sua composição que é liberado em pequenas doses na corrente sanguínea de forma contínua.

O implante anticoncepcional pode ser encontrado com o nome comercial é Implanon e deve ser aplicado pelo ginecologista no consultório após avaliação da saúde geral da mulher.

Imagem ilustrativa número 1

Quando é indicado

O implante contraceptivo é indicado nas seguintes situações:

  • Prevenção de uma gravidez indesejada;
  • Dificuldade para lembrar de tomar a pílula ou aplicar a injeção anticoncepcional mensal ou semanal;
  • Contraindicações para o uso de estrogênios;
  • Durante a amamentação, no pós-parto;
  • Melhorar os sintomas da TPM.

O implante contraceptivo deve ser indicado pelo ginecologista, após avaliar a saúde da mulher e realizar exame de gravidez antes de colocar o implante, para descartar uma possível gestação.

É importante ressaltar que o implante não protege contra infecções sexualmente transmissíveis IST's. Por isso, mesmo com a colocação do implante, é importante utilizar o preservativo em todas as relações sexuais. Veja as principais IST's na mulher.

Como funciona o implante

O implante contraceptivo possui etonogestrel, que é um hormônio sintético feminino que possui efeitos semelhantes à progesterona.

O etonogestrel é liberado gradualmente na corrente sanguínea ao longo de 3 anos, evitando a ovulação e deixando o muco cervical mais grosso, o que impede que os espermatozoides alcancem o útero.

É possível engravidar?

O implante anticoncepcional é tão eficaz como a pílula e, por isso, a gravidez indesejada é muito rara.

No entanto, caso o implante seja colocado após os primeiros 5 dias do ciclo, e caso a mulher não use preservativo por pelo menos 7 dias após a colocação do implante, há um risco superior de engravidar, já que não existem quantidades suficientes de hormônios que atuem na prevenção da gravidez.

Também é possível engravidar quando a mulher esquece a data de validade do implante, de forma que caso tenha relação desprotegida depois de 3 anos da colocação do implante, há maior probabilidade de gravidez.

Como é colocado

O implante contraceptivo (Implanon) é colocado pelo ginecologista, no consultório, após avaliação da do estado de saúde da mulher e teste de gravidez, para descartar uma possível gestação.

Par colocar o implante contraceptivo o médico segue alguns passos:

  1. Identificar o local no lado interno do braço não dominante para inserir o implante;
  2. Marcar a pele com uma caneta cirúrgica, no local em que o implante será inserido;
  3. Fazer a limpeza da pele com antisséptico;
  4. Aplicar anestesia local;
  5. Inserir o implante no tecido subdérmico, utilizando o aplicador;
  6. Palpar o local da aplicação para verificar que o implante está bem posicionado;
  7. Fazer um curativo adesivo no local, que deve ser mantido de 3 a 5 dias após o procedimento;
  8. Colocar uma gaze estéril e faixa compressiva, que pode ser retirada 24 horas após o procedimento.

O dispositivo deve ser colocado entre o 1º e 5º dia da menstruação por baixo da pele, na parte interna superior do braço não dominante, ou seja, o que não é usado para escrever.

Quando se deve trocar o implante?

Normalmente, o implante anticoncepcional tem uma validade de 3 anos, devendo ser trocado antes do último dia, já que após esse momento a mulher deixa de estar protegida contra uma possível gravidez.

O implante pode ser retirado em qualquer momento através de um pequeno corte na pele, depois de colocar uma anestesia na pele.

Como é feita a retirada do implante

Para retirar o implante, o médico deve fazer uma palpação no braço para identificar o local em que o implante está.

Em seguida, irá marcar a extremidade do dispositivo e fará a desinfecção da pele. Depois, é feita a anestesia local e será realizada um pequeno corte para remover o implante.

Após a retirada do implante contraceptivo, o médico irá fazer o fechamento do corte, seja com fitas médicas específicas ou pontos.

É possível engravidar logo após a retirada do implante?

É possível ficar gravida na primeira semana após a retirada do implante, uma vez que não há concentração de hormônios suficientes para inibir a ovulação.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns do implante contraceptivo são período menstrual irregular, aumento de peso, dor de cabeça, dor no estômago, vaginite, dor nos seios, náuseas, tonturas e acne.

Além disso, o implante contraceptivo pode provocar mudanças de humor nervosismo ou humor depressivo e diminuição da libido.

Após a retirada do implante contraceptivo, também é possível que a mulher fique como braço mais sensível e inchaço, além de também poder haver ardor e manchas escuras na região em que o implante estava.

O implante engorda?

Devido à alteração hormonal causada pelo uso do implante, algumas mulheres podem apresentar tendência para engordar mais facilmente nos primeiros 6 meses. No entanto, caso se mantenha uma dieta equilibrada, é possível que o aumento de peso não aconteça.

Quem não deve usar

O implante contraceptivo não deve ser usado por mulheres que tenham trombose venosa ativa, tumor no fígado benigno ou maligno, doença no fígado grave ou inexplicada, sangramento vaginal sem causa específica, câncer de mama, durante a gravidez ou em caso de suspeita de gravidez.

Além disso, o implante contraceptivo pode ter sua eficácia diminuída pelo uso de remédios como fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina e rifampicina, por exemplo, sendo importante informar ao médico todos os remédios que se utiliza.

Outros remédios também pode diminuir o efeito do implante, como a oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina, ritonavir, efavirenz e algumas plantas medicinais, como a erva-de-São-João.

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