Insulinoma: o que é, sintomas, causas e tratamento

Insulinoma é um tumor do pâncreas que afeta as células beta pancreáticas, fazendo com que a insulina seja produzida em excesso, resultando em hipoglicemia e sintomas, como tontura, confusão mental, tremor, alterações de humor e, nos casos mais graves, perda de consciência e convulsões.

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Esse tipo de tumor é raro, sendo na maioria das vezes benigno e único, mas em alguns casos pode ser maligno e, quando está em estágios mais avançados, pode afetar outras partes do corpo, como o fígado, o cérebro e os rins.

O tratamento do insulinoma é feito pelo oncologista ou endocrinologista, que pode indicar cirurgia, uso de remédios para controlar os níveis de insulina no corpo, ou quimioterapia, ablação ou embolização, por exemplo.

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Sintomas de insulinoma

Os principais sintomas de insulinoma são:

  • Visão turva ou dupla;
  • Confusão mental;
  • Dor de cabeça;
  • Sensação de fraqueza;
  • Alterações de humor ou irritabilidade excessiva;
  • Tonturas;
  • Suor frio excessivo;
  • Aumento do apetite entre as refeições.

Os sintomas de insulinoma normalmente estão relacionados com os baixos níveis de açúcar no sangue, chamado hipoglicemia, devido aos altos níveis de insulina produzidos pelo pâncreas.

Leia também: 17 sintomas de hipoglicemia (e o que fazer) tuasaude.com/sintomas-de-hipoglicemia

Em casos mais graves, quando o insulinoma está mais avançado e atinge outras partes do corpo, como o fígado, cérebro e rins, podem aparecer sintomas como convulsões, aumento da frequência cardíaca, perda de consciência, desmaios e icterícia. Saiba mais o que é icterícia e como identificar.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de insulinoma é feito pelo endocrinologista, oncologista ou clínico geral através de análises sanguíneas, para detectar a quantidade de glicose e de insulina no sangue e, geralmente, os valores de glicose estão baixos e de insulina ficam altos. Veja como é feito o exame de glicemia de jejum e os valores de referência normais.

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Em alguns casos, o médico também pode solicitar exames para avaliar os níveis de peptídeo C ou pró-insulina no sangue.

Para saber a localização exata, o tamanho e o tipo do tumor no pâncreas e verificar se o insulinoma se espalhou para outras partes do corpo podem ser indicados exames de imagem como a tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan.

Em algumas situações, o médico também poderá solicitar outros exames para complementar o diagnóstico e saber a extensão do tumor como a endoscopia e a arteriografia, por exemplo.

Possíveis causas

A causa exata do insulinoma ainda não é completamente conhecida, mas tendem a se desenvolver mais em mulheres do que homens, em pessoas entre 40 e 60 anos e que têm alguma doença genética como neurofibromatose tipo 1 ou esclerose tuberosa. Saiba mais o que é esclerose tuberosa e como é feito o tratamento.

Além disso, ter outras doenças como neoplasia endócrina, que provoca o crescimento anormal das células do sistema endócrino, e a síndrome de Von Hippel-Lindau, que é hereditária e leva ao surgimento de cistos em todo o corpo, pode aumentar as chances de aparecimento do insulinoma.

Como é feito o tratamento

O tratamento do insulinoma deve ser feito com orientação do endocrinologista ou oncologista e depende da localização, tamanho e estágio do tumor, assim como se é benigno, maligno ou se tem metástases.

Os principais tratamentos para insulinoma são:

1. Cirurgia

A cirurgia é o tipo de tratamento mais indicado para o insulinoma, no entanto, se o tumor no pâncreas for muito grande, se espalhou para outras partes do corpo ou a pessoa não tiver condições de saúde, o médico pode não recomendar a realização de uma operação.

Caso seja feita a cirurgia, a pessoa poderá precisar usar um dreno, chamado de penrose, para eliminar os líquidos acumulados durante o procedimento cirúrgico. Veja mais como cuidar do dreno após a cirurgia.

2. Medicamentos

Nos casos em que a pessoa não pode fazer a cirurgia, o médico pode indicar o uso de medicamentos, como o diazóxido, para reduzir a produção de insulina e evitar a hipoglicemia.

Em alguns casos, o médico também pode indicar o uso de diuréticos associados ao diazóxido para evitar a retenção de líquidos.

Outra opção utilizada são os medicamentos análogos da somatostatina que reduzem ou retardam a produção dos hormônios que provocam o crescimento do tumor, como a octreotida e a lanreotida, por exemplo.

3. Quimioterapia

A quimioterapia é recomendada pelo oncologista para tratar o insulinoma com metástase e consiste na aplicação de medicamentos na veia com objetivo de destruir as células anormais, que levam ao crescimento do tumor.

A quantidade de sessões e o tipo de quimioterápicos a ser usados dependem das características da doença, como tamanho e localização do tumor.

Assim, podem ser indicados quimioterápicos como estreptozotocina associada com 5-fluorouracil, ou outros quimioterápicos, como doxorrubicina, temozolomida, interferon, everolimo ou sunitinibe.

Leia também: Quimioterapia: o que é, como é feita, efeitos colaterais (e cuidados) tuasaude.com/efeitos-colaterais-da-quimioterapia

4. Ablação e embolização arterial

A ablação por radiofrequência é o tipo de tratamento que utiliza o calor, produzido por ondas de rádio, para matar as células doentes do insulinoma e é muito indicado para tratar tumores pequenos que não se espalham para outras partes do corpo.

Assim como a ablação, a embolização arterial é um procedimento seguro e minimamente invasivo, recomendado pelo oncologista para tratar insulinomas pequenos.

Esse procedimento envolve a aplicação de líquidos específicos, por meio de um cateter, para bloquear o fluxo de sangue no tumor, ajudando a eliminar as células doentes.

Insulinoma é grave?

Na maioria dos casos, o insulinoma é benigno e a cirurgia pode curar a doença. No entanto, se o tumor não for tratado cedo ou adequadamente, pode levar a complicações como uma reação hipoglicêmica.

No caso do insulinoma maligno, o tumor pode ser tratado pelo oncologista e, quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, melhores as chances de cura.

Quando o tumor maligno é diagnosticado em estágios mais avançados e ocorreu a disseminação do tumor para outros órgãos, o insulinoma pode ser muito grave.

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Possíveis complicações

As principais complicações do insulinoma são:

  • Reação hipoglicêmica grave;
  • Disseminação de um tumor para outras partes do corpo;
  • Diabetes se todo o pâncreas for removido;
  • Inflamação e inchaço do pâncreas.

Desta forma, para evitar complicações, é importante seguir o tratamento conforme indicado pelo oncologista ou endocrinologista.