Leiomioma: o que é, sintomas, causas, tipos e tratamento

Leiomioma é um grupo de tumores benignos que afetam o músculo liso do útero, causando sintomas como cólicas abdominais intensas, sangramento vaginal anormal ou infertilidade.

Esse tipo de tumor, também chamado fibroma ou mioma uterino, é mais comum em mulheres que ainda não entraram na menopausa, pois o estrogênio é que estimula o crescimento anormal de células da parede do útero.

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O tratamento do mioma é feito pelo ginecologista e varia de acordo com a quantidade de leiomioma, tipo e gravidade dos sintomas, podendo ser indicado o uso de anti-inflamatórios, terapia hormonal ou cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de leiomioma

Os principais sintomas de leiomioma são:

  • Cólicas abdominais intensas;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Menstruação abundante ou prolongada;
  • Prisão de ventre;
  • Dor ou sensação de pressão na pelve.

Além disso, também podem surgir dor durante a relação sexual, vontade frequente de urinar, anemia ou infertilidade. Saiba identificar todos os sintomas de leiomioma uterino.

O leiomioma uterino também pode causar abortamentos espontâneos, hemorragia pós parto ou parto prematuro, por exemplo.

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Em alguns casos, o leiomioma pode não causar sintomas, sendo descoberto em exames ginecológicos de rotina.

Leiomioma é câncer?

O leiomioma não é câncer, é um tumor benigno que surge devido ao crescimento anormal do músculo liso do útero, chamado miométrio.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do leiomioma é feito pelo ginecologista através do exame ginecológico, em que o médico pode sentir o útero aumentado ou com formato irregular.

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Além disso, o médico deve avaliar o histórico de saúde e solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico, posição, quantidade e tipo de leiomioma.

Assim, podem ser solicitados ultrassom transvaginal ou abdominal, ou ressonância magnética, por exemplo. Saiba como é feito o ultrassom transvaginal.

Possíveis causas

As principais causas do leiomioma uterino são:

  • Histórico familiar de leiomioma uterino;
  • Menarca precoce, que é a primeira menstruação;
  • Nunca ter tido filho;
  • Uso de contraceptivos orais antes dos 16 anos;
  • Obesidade ou sobrepeso;
  • Terapia de reposição hormonal.

Esses fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do leiomioma, pois são tumores que dependem do estrogênio para crescer.

Qual a diferença de mioma é leiomioma?

O mioma e o leiomioma são nomes diferentes para o tumor benigno que afeta o músculo liso do útero, ou seja, são a mesma doença.

Tipos de leiomioma uterino

O leiomioma pode ser classificado em diferentes tipos de acordo com sua localização no útero, como: 

1. Leiomioma intramural

O leiomioma intramural se desenvolve dentro das paredes do útero e, na maioria dos casos, não provoca sintomas. 

No entanto, podem surgir sangramentos menstruais intensos, sensação de pressão no abdômen ou cólicas abdominais. Saiba mais sobre o leiomioma intramural.

2. Leiomioma submucoso

O leiomioma submucoso se desenvolve logo abaixo do endométrio, que é o tecido que reveste internamente o útero, podendo se projetar para dentro da cavidade uterina.

Esse tipo de leiomioma uterino pode causar infertilidade ou abortos espontâneos recorrentes, uma vez que o endométrio é o local de implantação do embrião. 

3. Leiomioma subseroso

O leiomioma subseroso se desenvolve na superfície mais externa do útero, chamada serosa, podendo se projetar para a cavidade pélvica.

Esse tipo de leiomioma pode causar vontade frequente de urinar ou prisão de ventre, pois pode pressionar a bexiga ou o intestino.

4. Leiomioma pediculado

O leiomioma pediculado, ou leiomioma pedunculado, é um tipo de leiomioma subseroso ou submucoso que se desprende do útero, ficando preso por uma espécie de cordão, chamado pedículo.

Esse tipo de leiomioma uterino pode causar dor intensa aguda no abdômen, principalmente quando ocorre torção do pedículo.

5. Leiomioma intracavitário

O leiomioma intracavitário é um tipo de leiomioma submucoso, mas que se localiza completamente dentro da cavidade uterina, o que pode resultar em infertilidade ou sangramentos menstruais anormais, abundantes ou prolongados, por exemplo.

6. Leiomioma cervical

O leiomioma cervical se desenvolve no colo do útero, podendo causar dor durante o contato íntimo ou sangramentos anormais.

Além disso, esse tipo de leiomioma pode causar obstrução do canal cervical e parte do trato urinário, e resultar em problemas urinários, como dificuldade para urinar ou infeções urinárias, além de dificuldade durante o parto.

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Como é feito o tratamento

O tratamento do leiomioma uterino deve ser feito com orientação do ginecologista e tem como objetivo aliviar os sintomas, reduzir o tamanho do leiomioma e preservar a fertilidade.

Os principais tratamentos para o leiomioma uterino são:

1. Remédios anti-inflamatórios

Os remédios anti-inflamatórios, como o ácido tranexâmico, ajuda a controlar o sangramento excessivo da menstruação, pois garante uma maior estabilidade do coágulo sanguíneo. Saiba como usar o ácido tranexâmico.

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2. Terapia hormonal

A terapia hormonal para o leiomioma uterino, com o uso de anticoncepcionais orais, minipílula ou DIU hormonal, pode ser indicada controlar o sangramento anormal ou menstrual intenso, melhorando a qualidade de vida.

Além disso, outra opção são os agonistas do hormônio liberador de gonadotrofinas, como o acetato de leuprolida, o acetato de gosserrelina ou triptorrelina, que ajudam a reduzir o tamanho do leiomioma. 

3. Cirurgia

A cirurgia para o leiomioma do útero, chamada miomectomia, pode ser indicada pelo ginecologista para remover o tumor e preservar a fertilidade. Saiba como é feita e recuperação da cirurgia para leiomioma uterino.

Além disso, o médico pode utilizar outras técnicas cirúrgicas, como embolização da artéria uterina, que reduzi o fluxo de sangue para o leiomioma, diminuindo seu crescimento ou ablação do endometrial, em que é feita uma destruição do tecido do endométrio.

Outra opção de cirurgia é a histerectomia, que é a retirada do útero, indicada principalmente para mulheres que não desejam engravidar.

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