A falta de libido pode surgir em mulheres e homens, sendo normalmente causada por alterações hormonais, estresse, ansiedade, problemas no relacionamento, doenças crônicas ou até uso de medicamentos, como antidepressivos ou anti-hipertensivos, por exemplo.
A libido é o mesmo que desejo sexual, uma parte importante do instinto do ser humano, que pode ser influenciada por questões físicas ou emocionais, resultando em libido aumentada ou diminuída, de acordo com determinadas fases da vida.
É importante consultar o ginecologista, no caso de mulheres, ou o urologista no caso de homens, quando a falta de libido afeta a vida do casal e a qualidade de vida, para que sua causa seja identificada e iniciado o tratamento mais adequado, se necessário.
Principais causas da falta de libido
A diminuição da libido pode ser temporária ou duradoura, sendo as principais causas:
1. Alterações psicológicas
Algumas alterações psicológicas, como estresse, ansiedade e depressão, podem interferir diretamente no humor e na disposição, podendo causar a falta de libido de forma temporária.
O que fazer: é importante consultar o psicólogo e/ou um psiquiatra para que seja feito o diagnóstico da condição psicológica e assim ser indicado o melhor tratamento, que pode ser feito com psicoterapia e/ou uso de medicamentos. Além disso, pode-se utilizar técnicas que ajudam a promover o relaxamento e controlar o estresse e a ansiedade, como praticar atividades físicas, fazer meditação ou tomar um chá calmante, no entanto, não devem substituir o tratamento médico. Confira a lista completa de chás calmantes.
2. Traumas emocionais
Os traumas emocionais, principalmente quando estão relacionados com a relação sexual ou abuso sexual, podem causar diminuição da libido.
Além disso, o estresse pós-traumático pode fazer com que a pessoa fique revivendo o acontecimento traumático do passado ou tendo recordações intensas, o que pode causar falta de libido.
O que fazer: o tratamento para os traumas emocionais ou o estresse pós-traumático, deve ser feito pelo psicólogo e psiquiatra, através de terapia cognitivo-comportamental e/ou uso de remédios antidepressivos. Veja como é feito o tratamento do estresse pós-traumático.
3. Disfunção erétil
A disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual, é a dificuldade do homem para ter e/ou manter uma ereção que permita ter relação sexual satisfatória, podendo causar diminuição do desejo sexual, geralmente devido à frustração.
A disfunção erétil pode ocorrer em homens em qualquer idade, podendo ser causada pelo envelhecimento natural do corpo ou por consumo de drogas, cigarro e estresse excessivo, ou por condições de saúde, como diabetes ou doenças renais, por exemplo.
O que fazer: é importante consultar o urologista para avaliar a causa da disfunção erétil, podendo ser indicado o uso de remédios como sildenafil, tadalafil ou vardenafil. Além disso, o médico pode encaminhar para o tratamento com o psicólogo ou psiquiatra, devido aos medos e inseguranças que possam existir e que estejam também contribuindo para o problema. Entenda como é feito o tratamento da disfunção erétil.
4. Problemas no relacionamento
Alguns problemas no relacionamento, como brigas ou conflitos mal resolvidos, desconfianças, falta de conexão com o(a) parceiro(a) ou problemas de comunicação, podem afetar o psicológico e causar diminuição do desejo sexual.
O que fazer: é importante manter o diálogo e tentar resolver os conflitos, inseguranças e problemas de comunicação. Em alguns casos, a terapia de casais pode ser indicada para ajudar a estabelecer a conexão com o(a) parceiro(a), e a confiança, tornando possível um contato íntimo saudável e prazeroso.
5. Uso de medicamentos
Alguns medicamento, como antidepressivos, diuréticos ou anti-hipertensivos, podem diminuir a libido como efeito colateral, por afetarem a parte do sistema nervoso responsável pelo desejo sexual ou reduzir o fluxo sanguíneo para a região íntima.
Além disso, no caso de mulheres, os anticoncepcionais, por alterarem os níveis hormonais, podem interferir no desejo sexual e diminuir a libido.
Já em homens, o uso de remédios para próstata ou queda de cabelos, como como o acetato de gosserrelina, bicalutamida, flutamida, finasterida ou dutasterida, podem diminuir os níveis de testosterona no organismo, o que pode afetar o desejo sexual. Confira outros remédios que podem diminuir a libido.
O que fazer: é importante consultar o médico que indicou o medicamento para que seja feita a substituição por outro que não tenha o mesmo efeito colateral ou para que a dose seja alterada. De forma alguma, deve-se interromper o tratamento por conta própria.
6. Pós parto
No pós-parto ou na fase de amamentação, devido às alterações hormonais normais dessas fases, a mulher pode ter uma diminuição do desejo sexual.
Além disso, as mudanças no corpo e o cansaço de cuidar do bebê, podem afetar o psicológico, o que pode diminuir a libido.
O que fazer: é importante que o casal tenha um tempo a sós para fortalecer o laço afetivo e o contato físico, através do carinho e do toque, sem necessariamente ter que terminar na penetração. O importante é que o casal respeite o tempo da mulher, podendo também o parceiro(a) dizer palavras de carinho, que podem ajudar a mulher a se sentir mais desejada. Veja outras formas de aumentar a libido feminina.
7. Menopausa
A menopausa é o momento marcado pelo fim da idade fértil da mulher em que os ovários deixam de produzir estrógeno, o que pode diminuir a libido e reduzir o interesse pelo contato íntimo.
Além disso, devido à diminuição da produção de estrógeno pelos ovários, algumas mulheres podem ter secura vaginal, e diminuição da produção do muco que mantém a vagina úmida, o que pode causar dor ou desconforto durante a relação sexual, e levar à falta de libido. Confira outros sintomas da menopausa.
O que fazer: deve-se consultar o ginecologista que pode indicar a terapia de reposição hormonal com comprimidos, ou o uso de estrogênio vaginal na forma de creme ou gel, por exemplo. Esses tratamentos devem ser feitos somente se recomendado pelo ginecologista, pois é contra-indicado para mulheres com risco aumentado de câncer de mama, útero ou ovários, ou trombose, por exemplo. Veja como é feita a terapia de reposição hormonal.
8. Diminuição dos níveis de testosterona no homem
A testosterona é o principal hormônio masculino que está diretamente relacionado com o desejo sexual e produção de espermatozoides. Quando os níveis desse hormônio estão baixos, pode causar diminuição da libido, menor desempenho sexual, cansaço e indisposição.
A diminuição da testosterona é normal após os 50 anos, quando inicia a andropausa masculina, que é semelhante à menopausa feminina, porém o homem continua sendo fértil, havendo apenas uma diminuição na sua fertilidade.
O que fazer: deve-se consultar o urologista pode indicar a terapia de reposição de testosterona. Além disso, existem algumas formas naturais para aumentar a testosterona, como praticar atividades físicas regularmente, aumentar o consumo de alimentos ricos em zinco, vitamina A e D, ter uma boa noite de sono e manter o peso saudável. Veja como aumentar naturalmente a testosterona.
9. Dor durante a relação sexual
A dor durante as relações sexuais pode causar uma diminuição da libido e redução do interesse pelo contato íntimo, devido à dor e o desconforto.
Algumas causas de dor na relação em mulheres são endometriose, alergias, alterações hormonais ou infecções sexualmente transmissíveis. Já em homens, pode estar relacionada à fimose ou inflamação na próstata, por exemplo. Confira outras causas de dor na relação.
O que fazer: é importante consultar o ginecologista, no caso das mulheres, ou urologista, no casos dos homens, para que seja identificada a causa da dor na relação e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado.
10. Falta de estimulação
Nas mulheres, a falta de libido também pode ser causada pela dificuldade em se atingir o orgasmo ou de ficar excitada, que podem estar relacionados à falta de estímulo pelo(a) parceiro(a).
Isto porque a falta de estímulo, pode causar uma dificuldade em produzir o lubrificante natural, causando secura vaginal e desconforto durante o contato íntimo, além de uma perda de interesse pelo contato sexual.
O que fazer: uma boa estratégia nestes casos consiste em aumentar o tempo de preliminares antes do contato íntimo e explorar desejos do casal, de forma a aumentar a libido e facilitar a lubrificação vaginal. Saiba o que fazer quando a mulher não consegue ficar excitada.
11. Doenças crônicas
As doenças crônicas, como diabetes, pressão alta, artrite reumatoide, câncer, doença arterial coronariana, doenças neurológicas ou problemas nos rins ou fígado, podem afetar a libido, diminuindo o desejo sexual.
O que fazer: é importante o casal conversar a respeito da doença, expectativas, sentimentos, e encontrar formas de ter intimidade de forma confortável para a pessoa. Além disso, deve-se fazer o tratamento da doença, conforme orientação médica.
Veja mais dicas para melhorar a libido no vídeo a seguir: