Linfoma de Hodgkin: o que é, sintomas, tratamento e cura

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que surge no sistema linfático, que é composto pelos gânglios linfáticos e outros tecidos que têm como função produzir as células responsáveis pela imunidade.

Foto doutora realizando uma consulta
Encontre um Oncologista perto de você! Parceria com Buscar Médico

Nesse tipo de câncer, também chamado de doença de Hodgkin, é possível verificar alteração nas células da imunidade, principalmente nos linfócitos, que se multiplicam de forma excessiva, tornando-se malignas e causando uma reação inflamatória, que leva ao aparecimento de ínguas (caroços inchados), febre e coceira na pele, por exemplo.

Sempre que existirem sinais e sintomas suspeitos do linfoma de Hodgkin é importante consultar o clínico geral, o oncologista ou o hematologista para realizar exames que confirmem o diagnóstico e identifiquem o estágio da doença, ajudando na seleção da melhor forma de tratamento para alcançar a cura.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de linfoma de Hodgkin

Os principais sintomas de linfoma de Hodgkin são:

  • Inchaço dos gânglios linfáticos (ínguas), principalmente no pescoço, virilha ou axilas;
  • Febre;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Diminuição do apetite;
  • Suor noturno;
  • Coceira na pele;
  • Aumento do abdômen devido ao aumento do baço.

Em casos mais raros, principalmente quando o linfoma não é identificado e tratado e atinge outros órgãos, é possível notar a presença de outros sintomas como dor no peito, dificuldade para respirar, cansaço excessivo, tosse, desconforto abdominal e sintomas de má digestão.

Na presença de qualquer sintoma, é importante que o clínico geral seja consultado para que sejam feitos exames que possam identificar o linfoma e, dessa forma, haver o encaminhamento para um especialista, como oncologista ou onco-hematologista, e início do tratamento.

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

Conte com os nossos especialistas para entender a causa dos seus sintomas. Marque sua consulta já!

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do linfoma de Hodgkin é feito pelo oncologista ou onco-hematologista através da avaliação dos sintomas, exame físico com a palpação dos gânglios linfáticos, e hemograma completo com o objetivo de avaliar as células do sangue, principalmente os linfócitos.

Além disso, também podem ser solicitados exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET scan, para verificar a extensão da doença e o seu estágio.

Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar a realização de uma biópsia do linfonodo, ou até uma biópsia da medula óssea feita a partir da coleta de uma pequena amostra do osso da bacia, para verificar se há comprometimento da medula óssea. Veja como é feita a biópsia de medula óssea.

Possíveis causas

O linfoma de Hodgkin surge quando os linfócitos ou células precursoras sofrem alterações genéticas, o que faz com que multipliquem de forma excessiva e transformem-se em células malignas, levando ao desenvolvimento de uma resposta inflamatória, dando início aos sintomas.

Ainda não são esclarecidos os fatores que levam ao desenvolvimento das alterações nas células do sangue, no entanto, pessoas que já tiveram infecção pelo vírus Epstein-Barr, que são portadoras do vírus HIV que fazem uso de medicamentos imunossupressores ou que possuem parentes em primeiro grau que tiveram essa doença, possuem mais risco de desenvolver esse tipo de linfoma.

Estágios do linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin pode ser classificado em alguns estágios, sendo eles:

  • Estágio I: há comprometimento apenas de um grupo de linfonodos ou de apenas um órgão fora do sistema linfático;
  • Estágio II: há comprometimento de dois ou mais grupos de linfonodos do mesmo lado do diafragma, que é o músculo localizado abaixo dos pulmões e que separa o tórax do abdômen;
  • Estágio III: há comprometimento de grupos de linfonodos em lados diferente do diafragma;
  • Estágio IV: há comprometimento dos linfonodos e de outros órgãos fora do sistema linfático, principalmente medula óssea, pulmões e fígado.

A partir da identificação do estágio da doença, o hematologista, oncologista ou clínico geral pode indicar o tratamento mais adequado para que seja possível alcançar a cura.

O linfoma de Hodgkin tem cura?

O linfoma de Hodgkin tem cura quando é identificado logo nos primeiro estágios e tratado logo em seguida.

Além disso, há maiores chances de cura quando a pessoa tem menos de 60 anos, é capaz de realizar as atividades do dia a dia normalmente, possui níveis de LDH circulantes no sangue normais e possui linfoma no estágio I ou II e com metástase em apenas um dos linfonodos.

Como é feito o tratamento

O tratamento do linfoma de Hodgkin deve ser feito com orientação do oncologista ou onco-hematologista e pode variar de acordo com o estágio do câncer e a idade da pessoa, tendo como objetivo evitar a progressão da doença e promover a cura.

Os principais tratamentos que podem ser indicados para o linfoma de Hodgkin são:

  • Quimioterapia: é o tratamento mais usado neste tipo de linfoma e utiliza medicamentos citotóxicos que eliminam as células cancerígenas do organismo;
  • Radioterapia: geralmente é usado após a quimioterapia para reduzir o tamanho das ínguas e garantir que as células cancerígenas sejam completamente eliminadas. No entanto, também pode ser usado antes da quimioterapia caso as ínguas estejam muito grande;
  • Terapia alvo e imunoterapia: podem ser feito em alguns casos, com remédios como brentuximabe vedotina, nivolumabe ou pembrolizumabe, sendo geralmente usado junto com a quimioterapia, ou após o transplante de medula óssea;
  • Remédios esteroides: são utilizados nos casos mais avançados de linfoma para melhorar os efeitos da quimioterapia, melhorando sintomas e complementando o tratamento.

Nos casos mais graves, em que o linfoma de Hodgkin não responde ao tratamento ou volta a surgir, pode ser necessário voltar a fazer quimioterapia com doses maiores e, nesses casos, também pode ser preciso fazer transfusões de sangue ou transplante de medula óssea, por exemplo. Veja mais detalhes do tratamento para linfoma.