Lúpus discoide: o que é, sintomas, causas e tratamento

O lúpus discoide ou lúpus eritematoso discoide é uma doença inflamatória crônica que afeta a pele, causando sintomas como lesões redondas, vermelhas e descamativas, sendo notadas principalmente no rosto e na nuca.

Foto doutora realizando uma consulta
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Essas lesões surgem devido à alteração no sistema imunológico que atua contra as células saudáveis do próprio organismo, resultando em inflamação na pele e desenvolvimento dos sintomas. Conheça mais sobre o lúpus.  

O tratamento do lúpus discoide é feito pelo dermatologista, que pode indicar o uso de pomadas corticoides ou imunossupressoras, além de cuidados que devem ser seguidos no dia a dia, como aplicação de protetor solar diariamente.

Conheça melhor sobre o lúpus, com o Dr. Dante Bianchi, no vídeo a seguir:

LÚPUS: o que é, sintomas e tratamento

05:02 | 17.023 visualizações

Sintomas de lúpus discoide

Os principais sintomas de lúpus discoide são:

  • Lesões vermelhas, redondas e em formas de placas;
  • Formação de crostas nas lesões;
  • Descamação da pele no local da lesão;
  • Maior sensibilidade da pele ao sol;
  • Perda de pelos ou cabelo no local da lesão, especialmente no couro cabeludo.

Os sintomas de lúpus discoide costumam surgir principalmente no rosto, orelha, nuca e no couro cabeludo, e podem se tornar mais evidentes quando a pessoa se expõe ao sol.

Na presença de lesões possivelmente indicativas de lúpus discoide, é importante que o dermatologista seja consultado para que seja possível realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do lúpus eritematoso discoide é feito pelo dermatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e observação das lesões da pele.

Para confirmar o diagnóstico, o médico pode solicitar o teste de anticorpos antinucleares (FAN), no entanto, como a reação autoimune e inflamatória está restrita à pele, é comum que o resultado desse exame seja negativo ou apresente título baixo.  

Assim, o médico pode indicar a realização de biópsia da lesão, além da realização de hemograma e exame de urina para avaliar a presença de sangue e proteínas na urina. Veja como é feita a biópsia de pele.  

Se deseja a avaliação de um dermatologista, agende uma consulta na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Possíveis causas

As causas do lúpus discoide não são muito bem esclarecidas, no entanto, parece ser desencadeada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais que favorecem uma resposta mais agressiva do sistema imune contra o próprio organismo. 

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do lúpus discoide, como:

  • Histórico familiar de lúpus discoide;
  • Exposição à radiação UV do sol;
  • Hábito de fumar;
  • Estresse, infecções ou traumas.

Esses fatores podem levar ao surgimento do lúpus discoide ou desencadear crises, sendo mais comum em pessoas dos 20 aos 40 anos, e em mulheres.

Como é o tratamento

O tratamento do lúpus discoide deve ser feito com orientação do dermatologista de acordo com as características das lesões, sendo principalmente indicado:

  • Protetor solar diariamente, com no mínimo FPS 30, já que o sol pode piorar as lesões ou desencadear crises;
  • Pomadas corticoides, como hidrocortisona;
  • Injeção de corticoides direto na lesão da pele, como triancinolona acetonida;
  • Pomadas imunossupressoras, como tacrolimo ou pimecrolimo;
  • Cremes retinoides, como tretinoína ou tazaroteno.

Além disso, nos casos em que não ocorre melhora dos sintomas com o tratamento com cremes ou pomadas, o médico pode indicar o uso de remédios antimaláricos, como a hidroxicloroquina ou difosfato de cloroquina.

Outros remédios que o médico também pode recomendar são imunossupressores, como azatioprina, metotrexato, talidomida ou lenalidomida, por exemplo. 

O tratamento do lúpus discoide deve sempre ser feito com orientação do dermatologista, de forma individual, além de fazer consultas regularmente para avaliar a resposta ao tratamento e o surgimento de efeitos colaterais.

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