Lúpus tem cura? 8 formas de controlar os sintomas

Lúpus não tem cura, no entanto, pode ser controlado com o uso de remédios que ajudam a diminuir a ação do sistema imune, como corticoides e imunossupressores, indicados pelo reumatologista.

Foto doutora realizando uma consulta
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Além disso, deve-se ter alguns cuidados como a aplicação de protetor solar diário, por exemplo, o que ajuda a controlar e evitar as crises, de acordo com as manifestações da doença em cada pessoa.

O lúpus é uma doença autoimune que causa sintomas como manchas vermelhas na pele, queda de cabelo, febre baixa, perda do apetite, dor e inchaço das articulações e mau funcionamento dos rins, por exemplo. Veja a lista completa dos sintomas de lúpus.

Mulher aplicando protetor solar no rosto

Como controlar os sintomas do lúpus

As principais opções de tratamento, que também são disponíveis pelo SUS, são:

1. Proteção solar

O uso de filtro solar com FPS de pelo menos 30 é uma importante forma de se evitar a formação de lesões cutâneas presentes no lúpus tipo discoide ou tipo sistêmico com manifestações cutâneas.

O protetor ou bloqueador solar deve ser aplicado sempre pela manhã, e reaplicados pelo menos mais uma vez ao longo do dia, a depender da iluminação local e da possibilidade de exposição.

Além disso, o uso de vestimentas e chapéus são importantes para impedir a ação dos raios ultravioletas na pele, quando se estiver em ambientes ensolarados.

2. Analgésicos e anti-inflamatórios

O uso de analgésicos ou anti-inflamatórios, como paracetamol ou ibuprofeno, podem ajudar a aliviar a dor, principalmente quando a doença afeta as articulações.

3. Corticoides

Os corticoides são medicamentos muito usados para controlar quadros de inflamação, podendo ser de uso tópico, na forma de pomadas usadas nas lesões de pele para ajudar na sua melhora e dificultar o aumento do tamanho dos ferimentos e bolhas.

Também são utilizados na forma oral, na forma de comprimido, feito em casos de lúpus tanto leves, graves ou situações de exacerbação da doença sistêmica, em que pode haver prejuízo das células sanguíneas, da função dos rins, ou comprometimento de órgãos como coração, pulmões e sistema nervoso, por exemplo.

A dose e o tempo de uso dependem da gravidade da doença, e devem sempre ser indicados pelo reumatologista.

Além disso, existe a opção dos corticoides injetáveis, mais usados em casos graves ou em que há dificuldade para engolir o comprimido.

4. Remédios que regulam o sistema imune

Os remédios que regulam o sistema imune, reduzindo sua ação são indicados para controle do lúpus, sendo os principais:

  • Antimaláricos, como hidroxicloroquina, principalmente em doença da articulação, sendo úteis tanto para lúpus sistêmico quanto discoide, mesmo na fase de remissão para manter a doença controlada;
  • Imunossupressores, como ciclofosfamida, azatioprina ou metotrexato, por exemplo, são utilizados com ou sem os corticoides, para enfraquecer o sistema imune para haver um controle mais efetivo da inflamação;
  • Imunoglobulina, é um medicamento injetável, feito em casos graves nos quais não há melhora da imunidade com outros medicamentos;
  • Agentes biológicos, como rituximabe e belimumabe, são novos medicamentos produtos da engenharia genética, também reservados para casos graves em que não há melhora com outras alternativas.

Alguns medicamentos que podem ser usados em conjunto com os corticoides ou usados separadamente.

5. Mudanças dos hábitos

Algumas mudanças dos hábitos no dia a dia, como não fumar, evitar bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas 3 a 5 vezes por semana, durante os períodos de remissão da doença, também podem ajudar a controlar o lúpus.

Essas medidas devem ser feitas em conjunto com o tratamento indicado pelo médico.

6. Dieta para lúpus

A dieta para lúpus deve ser feita com orientação do nutricionista com alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios para ajudar a controlar os sintomas.

Assim, pode ser recomendado fazer uma alimentação rica em ômega-3, presente no salmão e sardinha, por exemplo, 3 vezes por semana, e consumir alimentos anti-inflamatórios e foto-protetores, como chá verde, gengibre e maçã, por exemplo, além de outros tipos de frutas, legumes e verduras.

É importante também evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura, pois contribuem para o aumento dos triglicerídeos, colesterol e níveis de açúcar. Veja como deve ser a dieta para lúpus.

Confira este vídeo, com mais opções e dicas, para saber como se alimentar bem e viver melhor com essa doença:

ALIMENTAÇÃO PARA LÚPUS

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7. Fisioterapia

É recomendado fazer fisioterapia para lúpus, para prevenir e tratar as dores articulares, além de evitar o estresse, que pode influenciar nos surtos da doença.

8. Acompanhamento médico regular

O acompanhamento médico regular, como o reumatologista, também é fundamental para controlar o lúpus e evitar surtos da doença.

Além disso, deve-se fazer acompanhamento dos valores de cálcio e vitamina D no sangue, que podem diminuir com o uso de corticoides.

É importante também não tomar vacinas com vírus vivos, exceto sob indicação médica.

Cuidados com o lúpus na gravidez

É possível engravidar quando se tem lúpus, entretanto, de preferência, deve ser uma gravidez planejada, num momento menos grave da doença, e deve ser monitorizada durante todo o período pelo obstetra e reumatologista, devido à possibilidade de exacerbação da doença.

Além disso, os medicamentos são ajustados para a gestação e durante o aleitamento, de forma que seja o menos tóxica possível para o bebê, geralmente, com o uso de corticóides em doses baixas.

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