Mastite fora da amamentação: o que é, sintomas, causas e tratamento

A mastite fora da amamentação é uma inflamação do tecido mamário que pode acontecer tanto em mulheres, como em homens, causando sintomas como dor, inchaço, vermelhidão ou até saída de secreção pelo mamilo.

Foto doutora realizando uma consulta
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A mastite fora da amamentação, também conhecida como mastite não puerperal, pode ser causada por alterações hormonais, principalmente na pós-menopausa, já que os ductos mamários podem ficar obstruídos por células mortas, mas também pode surgir devido ao tabagismo ou enfraquecimento do sistema imunológico.

O tratamento da mastite fora da amamentação é feito pelo mastologista, que pode indicar remédios para aliviar os sintomas, com paracetamol ou ibuprofeno, antibióticos para combater a infecção, e em alguns casos cirurgia para drenar abscessos.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de mastite fora da amamentação são:

  • Dor na mama;
  • Inchaço e vermelhidão local;
  • Aumento local da temperatura;
  • Saída de secreção pelos mamilos, em alguns casos;
  • Nódulo no local afetado da mama;
  • Mal estar;
  • Náusea e vômitos;
  • Febre, que é mais comum quando há infecção associada.

É importante que a mastite seja identificada e tratada rapidamente, principalmente se houver infecção, pois assim é possível evitar complicações, como septicemia ou formação de abscesso mamário, por exemplo. Saiba mais sobre a mastite e como identificar o sintomas.

Se apresenta sintomas de mastite fora da amamentação, marque uma consulta com um mastologista na região mais próxima:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da mastite fora da amamentação é feito pelo mastologista ou clínico geral, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame da mama, avaliando as características da inflamação.

Além disso, o médico pode solicitar exames como ultrassom ou mamografia, e se a pessoa apresentar saída de secreção pelo mamilo, pode ser recolhida uma amostra para identificar a presença de bactérias que possam estar causando infecção.

Em alguns casos, pode ser solicitada uma biópsia da lesão da mama, para confirmar o diagnóstico, identificar o tipo de mastite e descartar lesões malignas, como câncer de mama.

Possíveis causas

A mastite fora da amamentação é causada pela obstrução dos ductos mamários, o que favorece a proliferação de bactérias, resultando nos sintomas.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da mastite fora da amamentação, como:

  • Alterações hormonais na pós-menopausa;
  • Suor excessivo;
  • Uso de sutiã muito apertado;
  • Estresse;
  • Má nutrição;
  • Hábito de fumar;
  • Obesidade;
  • Diabetes mellitus.

Além disso, outros fatores que podem levar ao desenvolvimento da mastite fora da amamentação são doenças autoimunes, traumas na mama, uso de anticoncepcionais orais, hiperprolactinemia, ou enfraquecimento do sistema imunológico, devido a doenças crônicas ou HIV.

A mastite corresponde à inflamação do tecido mamário que pode ser seguida ou não de infecção, sendo mais frequente de acontecer em mulheres durante a amamentação, o que gera dor, desconforto e inchaço da mama, sendo raro fora do período de amamentação.

Tipos de mastite fora da amamentação

Existem dois tipos de mastite fora da amamentação, que são:

1. Mastite periductal

A mastite periductal é uma inflamação benigna que afeta os ductos subalveolares da mama, sendo mais frequente em mulheres em idade reprodutiva.

Esse tipo de mastite pode ser causada por infecções por bactérias, como Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus, Bacteroides e algumas espécies de Proteus, por exemplo.

2. Mastite idiopática granulomatosa

A mastite idiopática granulomatosa é um tipo raro de mastite fora da amamentação, sendo mais comum de ocorrer até 5 anos após o parto.

Esse tipo de mastite também é benigno, mas pode ter aparência semelhante ao câncer de mama, apresentando-se como uma massa ou nódulo em apenas uma mama, retração do mamilo, íngua na axila, úlceras ou abscessos.

Por isso, é solicitada nos exames de diagnóstico uma biópsia da lesão para diferenciar do câncer de mama. Saiba identificar os sintomas do câncer de mama.

Como é feito o tratamento

O tratamento da mastite fora da amamentação deve ser feito de acordo com a orientação do mastologista, sendo normalmente recomendado repouso e o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, como o paracetamol e o ibuprofeno, para aliviar os sintomas.

Cuidados simples como aplicar uma compressa morna ao redor da mama, beber bastantes líquidos e fazer uma massagem suave ao redor do mamilo também pode ajudar a aliviar os sintomas.

No caso de haver infecção associada, pode ainda ser indicado pelo médico o uso de antibióticos para tratar a infecção, sendo normalmente indicado o uso do antibiótico , como amoxicilina+clavulanato, ou cefalexina com metronidazol, por exemplo, por cerca de 10 a 14 dias de acordo com o microrganismo causador da infecção.

Além disso, no caso da mastite periductal, pode ser recomendada a drenagem do abscesso, através de uma agulha guida pelo ultrassom, juntamente com o tratamento com antibióticos. Além disso, se a mastite periductal for frequente, o médico pode recomendar a cirurgia para remoção dos ductos obstruídos.

Já para a mastite idiopática granulomatosa, pode ser recomendado apenas acompanhamento médico regular, já que pode ocorrer melhora sem tratamento específico em até 5 meses. No entanto, em alguns casos, o médico pode indicar o uso de corticoides, antibióticos, imunossupressores ou cirurgia. Veja mais detalhes sobre como é feito o tratamento para mastite.