Perda de massa muscular: o que pode ser (e o que fazer)

A perda de massa muscular pode estar relacionada com condições como sarcopenia, falta de exercícios físicos, desnutrição, sono irregular e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

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Conforme a causa da perda de massa muscular, a pessoa também pode apresentar sintomas como perda da força e equilíbrio, diarreia, diminuição do apetite ou urina escura, por exemplo.

Quando a perda de massa muscular surgir sem motivo aparente, se manter por longo prazo e/ou for acompanhada de alguns sintomas, é aconselhado consultar o clínico geral, para fazer uma avaliação completa e, caso seja necessário, recomendar o tratamento mais adequado.

Principais causas

As principais causas de perda de massa muscular são:

1. Sarcopenia

A perda de massa muscular é um dos sinais da sarcopenia, uma condição que geralmente acontece após os 50 anos, período onde existe uma redução importante da quantidade e tamanho das fibras musculares, da produção de hormônios, como estrogênio e testosterona, e da prática de atividade física.

A sarcopenia pode causar sintomas como perda da força, equilíbrio e desempenho físico ao realizar atividades, como caminhar, subir escadas ou levantar da cama.

O que fazer: a prática de atividade física, principalmente os treinos de resistência, como musculação, calistenia, Crossfit e pilates, por exemplo.

Além disso, para prevenir e equilibrar a sarcopenia é recomendado aumentar a ingestão total de proteínas na dieta, através do uso de suplementos ou alimentos, conforme a orientação do nutricionista. Confira alguns alimentos para ganhar massa muscular.

2. Falta de exercícios físicos

A falta de exercícios físicos, presente em pessoas que não praticam atividades físicas, estão acamadas ou apresentam condições como paralisia ou derrame, por exemplo, pode provocar a perda de massa muscular.

Isso acontece porque a falta de atividade física diminui a força e a massa muscular, já que os músculos não estão ativados e as tarefas do dia a dia não são suficientes para trabalhar todos os músculos do corpo.

O que fazer: é recomendado iniciar a prática regular de atividades físicas, por pelo menos 150 minutos por semana, incluindo treinos aeróbicos e de resistência, com a orientação de um profissional de educação física.

Já no caso de pessoas acamadas ou com doenças que dificultam a mobilidade, o médico pode indicar exercícios como dobrar e esticar as pernas, levantar os braços, os quadris e as pernas, por exemplo. No entanto, esses exercícios devem ser feitos somente sob a orientação do fisioterapeuta.

3. Desnutrição

A desnutrição é a ingestão ou absorção inadequada de nutrientes necessários para o funcionamento normal do organismo, podendo causar sinais e sintomas como diarreia, diminuição do apetite e perda de massa muscular e de gordura corporal.

O que fazer: o tratamento é feito com a orientação e acompanhamento de um médico e nutricionista, e inclui o aumento gradativo da quantidade de calorias ingeridas.

No entanto, quando a pessoa não consegue ingerir alimentos sólidos, dietas ou suplementos líquidos podem ser prescritos para fornecer os nutrientes necessários. Além disso, em casos mais graves, a internação hospitalar poderá ser recomendada para a administração de nutrientes diretamente na veia ou através de sonda gástrica.

4. Sono irregular

O sono irregular é uma das causas de perda de massa muscular, já que hormônios que participam da produção de células musculares, como testosterona, IGF-1 e GH, são equilibrados pela qualidade e duração do sono.

Além disso, o sono irregular também provoca cansaço, diminuindo a disposição física e mental e dificultando, assim, a prática de exercícios físicos.

O que fazer: Algumas dicas que ajudam a regular e melhorar a qualidade do sono são evitar o uso de TV e celular 30 minutos antes de ir para a cama, ler ao deitar, manter o ambiente escuro e evitar tomar café pelo menos 6 horas antes de dormir. Veja outras dicas para dormir bem.

5. Medicamentos

O uso de alguns medicamentos por longos períodos, como corticoides, estatinas, antipsicóticos e diuréticos, pode provocar a perda de massa muscular e fraqueza.

Isso acontece porque esses medicamentos podem causar dor e diminuição da força. Além disso, esses medicamentos também podem provocar a rabdomiólise, que é a destruição das fibras musculares, causando também dificuldade para movimentar as pernas ou braços, diminuição da urina ou urina escura.

O que fazer: deve-se consultar o médico que prescreveu o uso do medicamento, para que seja avaliada a possibilidade de ajuste na dosagem ou mudança para outro tipo de remédio.

Já no caso da rabdomiólise, o médico pode recomendar a internação hospitalar hospital para a administração de soro diretamente na veia ou a realização de diálise para evitar a desidratação ou a insuficiência renal.

6. Excesso de bebidas alcoólicas

O consumo excessivo e/ou frequente de bebidas alcoólicas pode causar a perda de massa muscular, porque o álcool favorece o catabolismo, um processo do organismo que, em excesso, provoca a diminuição dos músculos.

Além disso, o consumo de álcool em excesso também pode causar deficiências nutricionais, já que esta bebida diminui a absorção de nutrientes importantes para a manutenção do peso e massa muscular, como cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B.

O que fazer: é importante evitar o consumo excessivo e/ou frequente de bebidas alcoólicas. Em casos de dependência, é aconselhado consultar o clínico geral

7. Doenças neurológicas

A perda de massa muscular pode acontecer em doenças neurológicas, como esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Guillain–Barré, poliomielite, por exemplo.

Essas condições afetam a comunicação do sistema nervoso central com as fibras musculares, podendo limitar o movimento do corpo ou causar a perda da força muscular.

O que fazer: o tratamento varia conforme o tipo de doença neurológica, podendo incluir sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia e terapia ocupacional.

Além disso, o médico também pode recomendar o uso de medicamentos como paracetamol, riluzol, gabapentina e amitriptilina, além do uso de órteses, para aliviar os sintomas, ajustar a postura e promover a autonomia da pessoa.

Perda de massa muscular em idosos

A perda de massa muscular em idosos é geralmente causada pela sarcopenia, uma condição caracterizada pela diminuição da prática de atividades físicas, alterações hormonais comuns da idade e diminuição no consumo de alimentos.

Além disso, a demência senil também pode provocar a perda de massa muscular em idosos, já que essa condição causa esquecimentos, incluindo sobre a realização de refeições e da alimentação saudável e variada.

Consequências da perda de massa muscular

As possíveis consequências da perda de massa muscular são:

• Diminuição da imunidade;
• Aumento do risco de infecções;
• Dificuldade na cicatrização de feridas e recuperação após cirurgias;
• Aumento do risco de quedas e fraturas.

Além disso, a perda de massa muscular também aumenta o risco do surgimento de doenças crônicas e favorece as complicações de diversas doenças.