Pouca menstruação: 10 principais causas e o que fazer

A diminuição do fluxo menstrual, também conhecida cientificamente como hipomenorreia, pode acontecer tanto pela diminuição do volume da menstruação, como pela redução da duração da menstruação e, geralmente, não é motivo de preocupação, surgindo, na maior parte das vezes, temporariamente, especialmente durante períodos de muito estresse ou de prática muito intensa de exercício físico, por exemplo.

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No entanto, quando essa condição se mantém por muito tempo também pode indicar que existe algum problema que está alterando a produção hormonal, como o ovário policístico, mas também pode ser um dos primeiros sinais de gravidez.

Assim, sempre que alguma alteração na menstruação causa algum tipo de dúvida é muito importante consultar um ginecologista para tentar identificar se existe algum problema que precise ser tratado. Veja quais as 10 alterações mais comuns da menstruação e o que significam.

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Principais causas

As causas mais frequentes para a diminuição do fluxo menstrual incluem:

1. Excesso de estresse

Durante períodos de muito estresse, como ter de apresentar um trabalho importante ou perder algum familiar, por exemplo, o corpo produz uma grande quantidade de cortisol e adrenalina. Quando isso acontece, o excesso de cortisol faz com que o cérebro pare a produção dos hormônios estrogênio e progesterona, que são necessários para estimular o ciclo menstrual, provocando uma diminuição do fluxo menstrual.

No entanto, depois desse período de estresse melhorar, o ciclo menstrual deve voltar a ficar mais regular, regressando às características que tinha anteriormente.

O que fazer: é aconselhado procurar participar em atividades que ajudem a aliviar o estresse, como fazer exercício físico regular ou ter um hobbie, por exemplo, além de consumir chás calmantes como camomila, cidreira ou valeriana.

Além disso, deve-se ainda evitar ficar preocupada com a diminuição da menstruação, já que irá acumular com o estresse do dia a dia e continuar provocando as alterações. Veja mais formas naturais de combater o estresse.

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2. Envelhecimento natural

Ao longo da vida é comum que a quantidade de menstruação vá sofrendo algumas alterações. Por exemplo, entre os 20 e os 30 anos existe maior tendência de ter menos menstruação e até apresentar várias vezes spotting. Já depois dessa idade, geralmente a menstruação fica mais regular e pode também vir com um pouco mais quantidade.

Porém, com a chegada da menopausa, algumas mulheres podem apresentar novamente diminuição do fluxo menstrual até que o ciclo pare devido à diminuição da quantidade de estrogênios no organismo.

O que fazer: esta é uma alteração normal e, por isso, não deve ser motivo de preocupação. Porém, se existirem dúvidas, deve-se consultar o ginecologista.

3. Alterações de peso

Alterações bruscas do peso, seja perdendo ou ganhando, podem afetar o ciclo menstrual, alterando não só sua regularidade, mas também a quantidade do fluxo. Além disso, mulheres com muito baixo peso podem apresentar menstruações mais escassas, já que podem existir vários fatores a afetar o ciclo menstrual, como alimentação inadequada, exercício físico muito intenso ou maiores níveis de estresse, por exemplo.

O que fazer: deve-se evitar fazer dietas muito radicais, para que não aconteçam alterações bruscas do peso corporal, permitindo que o corpo se vá adaptando ao longo do tempo. Assim, o ideal é manter sempre uma alimentação saudável e equilibrada, evitando fazer dietas mais radicais. Veja um exemplo de como deve ser a dieta.

4. Fazer exercício físico intenso

Mulheres que fazem muito exercício físico geralmente também apresentam redução na quantidade de menstruação e isso geralmente está relacionado com uma combinação de fatores que incluem o aumento do estresse, a baixa quantidade de gordura corporal e a diminuição da quantidade de energia disponível.

O que fazer: idealmente, a quantidade de exercício deve ser doseada para evitar ter impacto na saúde e no cilo menstrual da mulher, no entanto, atletas podem ter maior dificuldade, devendo conversar com o ginecologista caso a diminuição do fluxo esteja causando algum tipo de desconforto.

5. Gravidez

Durante a gravidez não acontece menstruação, pois o bebê está se desenvolvendo no útero. No entanto, algumas mulheres podem apresentar spotting ou a perda de uma pequena quantidade de sangue nas primeiras semanas, que pode ser confundida por uma pequena menstruação. Entenda melhor porque pode surgir sangramento durante a gestação.

O que fazer: caso se desconfie de que se está grávida deve-se fazer um teste de farmácia ou consultar o ginecologista para fazer um exame de sangue e confirmar essa suspeita.

6. Ovários policísticos

Outra condição relativamente comum e que pode causar diminuição do fluxo menstrual é a presença de cistos nos ovários. Nesses casos, ocorre um desiquilíbrio dos níveis hormonais que pode impedir a mulher de ovular, afetando diretamente a quantidade do fluxo menstrual. Nestes casos podem até surgir outros sintomas como queda de cabelo, acne ou facilidade para aumentar de peso.

O que fazer: a melhor forma de confirmar e tratar uma situação de ovário policístico é consultando um ginecologista para fazer exames como o ultrassom abdominal e o exame de sangue.

7. Hipertireoidismo

Embora seja um pouco mais raro, a diminuição da quantidade da menstruação também pode ser um sinal de hipertireoidismo. Isso acontece porque nesta condição o corpo produz uma maior quantidade dos hormônios da tireoide, que são responsáveis pelo aumento do metabolismo.

Quando isso acontece, o corpo gasta mais energia que o normal e pode causar uma sensação constante de ansiedade e até perda de peso, que acaba afetando o ciclo menstrual da mulher.

O que fazer: o hipertireoidismo pode ser confirmado através do exame de sangue pedido por um clínico geral ou endocrinologista, assim como ultrassom. Normalmente, o tratamento é indicado pelo médico e inclui o uso de remédios para repor os níveis normais dos hormônios da tireoide. Veja mais sobre o hipertireoidismo e seu tratamento.

8. Hiperprolactinemia

A prolactina alta, também chamada de hiperprolactinemia, é uma situação caracterizada pelo aumento desse hormônio no sangue, o que normalmente acontece devido à estimulação da produção das glândulas mamárias durante a gravidez e regulação dos hormônios femininos relacionados com a ovulação e a menstruação.

Um dos principais sintomas da hiperprolactinemia é a alteração no ciclo menstrual, em que a mulher pode ter menstruações irregulares, ausentes ou com pouco fluxo. Veja mais sobre as causas e sintomas de prolactina alta.

O que fazer: o tratamento depende a causa da hiperprolactinemia, podendo ser recomendada a suspensão de medicamentos hormonais ou a remoção de um tumor da glândula pituitária, por exemplo.

9. Uso de anticoncepcionais hormonais

O tratamento crônico com anticoncepcionais hormonais pode causar uma hipotrofia endometrial, ou seja, a diminuição da espessura da parede do útero, resultando na diminuição do fluxo menstrual.

O que fazer: nos casos em que a pouca menstruação dure mais de 2 semanas, é recomendado que o ginecologista seja consultado para que seja realizada uma avaliação clínica e seja indicado o tratamento mais adequado, o que pode ser feito com mudança de anticoncepcionais ou alteração da dose, por exemplo.

10. Síndrome de Asherman

A síndrome de Asherman é caracterizada pela presença de aderências intrauterinas, ou seja, presença de tecido similar ao tecido cicatricial, devido a curetagens ou cirurgias uterinas prévias, o que pode causar sintomas como dor pélvica, infertilidade e alterações do fluxo menstrual, como hipomenorreia e amenorreia.

O que fazer: o tratamento da síndrome de Asherman é feito a partir da remoção das aderências, no entanto, o médico pode também recomendar o uso de estrógenos.

Leia também: Síndrome de Asherman: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sindrome-de-asherman

Quando a pouca menstruação pode ser sinal de alarme

Normalmente a diminuição da quantidade de menstruação não é sinal de qualquer problema de saúde, no entanto, existem situações que devem ser avaliadas por um médico. Algumas incluem:

  • Não ter menstruação por mais de 3 ciclos;
  • Ter sangramentos recorrentes entre as menstruações;
  • Sentir dor muito intensa durante a menstruação.

Mulheres que sempre tiveram pouco fluxo menstrual não devem ficar preocupadas, pois o padrão de menstruação varia bastante de uma mulher para a outro, incluindo a quantidade do fluxo.

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