Ronco é o som ou ruído rítmico que ocorre durante o sono, causado pelo relaxamento das paredes da faringe, dificultando a passagem do ar pelas vias aéreas, e resultando em sintomas como som de chocalho, respiração ofegante ou bufada, sonolência durante o dia ou dor de cabeça.

O ronco, também conhecido como roncopatia, nem sempre é considerado um problema, podendo ocorrer quando a pessoa dorme de barriga para cima. No entanto, também pode ser causado por doenças, como apneia obstrutiva do sono e hipertrofia de adenoide, por exemplo.

Em caso de roncos persistentes ou intensos, principalmente se houver sintomas associados, é importante consultar um otorrinolaringologista ou médico especialista em medicina do sono, para que seja identificada a causa e indicado o tratamento mais adequado, se necessário.

Sintomas de ronco

Os principais sintomas de ronco são:

Ruído de estrondo, assobio, engasgo, chocalho ou resmungo;
Respiração ofegante ou bufada;
Sono agitado;
Garganta seca ao acordar;
Cansaço ou sonolência durante o dia;
Dor de cabeça de manhã.

Além disso, também pode ocorrer irritabilidade, alterações do humor ou dificuldade de concentração, principalmente quando o ronco é frequente e interfere no sono.

Outros sintomas são pausas respiratórias durante o sono, ou sons muito altos que podem interferir no sono do(a) parceiro(a).

É importante consultar o médico do sono ou otorrinolaringologista sempre que o ronco for frequente, interferir nas atividades diárias ou provocar parada da respiração por alguns segundos durante o sono, para que seja feito o diagnóstico, identificado a causa e indicado o tratamento mais adequado.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do ronco é feito pelo médico especialista em medicina do sono ou otorrinolaringologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico das vias aéreas superiores.

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Além disso, o médico pode solicitar exames como raio X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para avaliar se existem problemas de saúde, como adenoides ou desvio de septo.

Outro exame que o médico pode pedir é a polissonografia, que é feito enquanto a pessoa dorme. Veja como é feita a polissonografia.

Possíveis causas

As principais causas de ronco são:

Alterações dos ossos da face, como queixo retraído e boca menor;
Apneia obstrutiva do sono;
Hipertrofia de amígdalas ou adenoides aumentadas;
Rinite crônica, sinusite ou pólipos nasais;
Consumo excessivo de álcool;
Uso de medicamentos para dormir.

Além disso, tabagismo, sobrepeso, envelhecimento, menopausa e doenças, como hipotireoidismo e obesidade, e histórico de AVC aumentam o risco de roncos.

O ronco acontece durante o sono geralmente devido ao relaxamento dos músculos da garganta e da língua, que ficam posicionados um pouco mais para trás, o que dificulta a passagem do ar, provocando a vibração da língua, palato ou epiglote. Entenda porque as pessoas roncam.

O que fazer para acabar com o ronco

O tratamento do ronco geralmente é indicado por um otorrinolaringologista e pode envolver:

1. Mudança de hábitos

Medidas como evitar o consumo de álcool e medicamentos sedativos antes de dormir, perder peso, parar de fumar e evitar dormir de barriga para cima são importantes porque ajudam a diminuir a dificuldade da passagem do ar pelas vias aéreas durante o sono. Confira mais dicas do que fazer para parar de roncar.

2. Exercícios para parar de roncar

Existem exercícios que ajudam a fortalecer a musculatura das vias aéreas, o que pode diminuir a intensidade dos roncos. Estes exercícios devem ser feitos de boca fechada, evitando mexer o queixo ou outras partes do rosto, concentrando-se apenas na língua e céu da boca:

Empurrar a língua contra o céu da boca e deslizar para trás, como se estivesse varrendo, repetindo por 20 vezes ou o máximo que conseguir;
Sugar a ponta da língua e pressioná-la contra o céu da boca, como se estivesse grudada, e manter por 5 segundos, repetindo 20 vezes;
Abaixar a parte de trás da língua, contraindo também a garganta e a úvula por 20 vezes;
Elevar o céu da boca, repetindo o som “Ah”, e tentar manter contraída por 5 segundos, por 20 vezes;
Colocar um dedo entre os dentes e a bochecha, e empurrar o dedo com a bochecha até ele encostar nos dentes, mantendo contraído por 5 segundos, e alternar os lados;
Encher um balão de aniversário, com as bochechas contraídas. Ao puxar o ar, deve-se encher a barriga, ao soprar o ar, sentir contrair a musculatura da garganta.

Para conseguir fazer bem os movimentos, é necessário algum tempo de treino, sendo recomendado que sejam feitos sob orientação do fonoaudiólogo.

3. Dispositivos orais

Alguns dispositivos similares aos protetores bucais usados em esportes e retentores dentários podem ser indicados para manter as vias aéreas abertas durante a noite facilitando o fluxo de ar. Geralmente, estes dispositivos são indicados por dentistas ou médicos com experiência neste tipo de prótese.

4. Dispositivos de CPAP

Dispositivos de CPAP, que geralmente consistem de uma máscara que se ajusta ao rosto ou nariz e um tipo de respirador, são úteis em alguns casos porque auxiliam a respiração durante a noite mantendo as vias aéreas abertas, o que facilita a passagem do ar. Veja para que serve o CPAP e como usar.

5. Tratar doenças relacionadas

No caso do ronco ser associado a doenças como hipotireoidismo ou síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, é importante realizar o tratamento para essas situações de acordo com a orientação do médico, pois assim é possível aliviar e evitar os roncos.

6. Cirurgia para o ronco

A cirurgia geralmente é indicada quando os roncos são causados por doenças como hipertrofia de amígdalas e pólipos nasais, no entanto, existem algumas cirurgias que também podem ser indicadas mesmo quando nenhuma causa específica para o ronco é encontrada após a avaliação pelo médico, como a uvulopalatoplastia assistida por laser e a injeção roncoplástica.

Ronco: o que é, sintomas, causas e o que fazer