Sepse: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento

A sepse é uma reação exagerada do corpo a uma infecção provocada por bactérias, fungos ou vírus, causando sintomas como pressão baixa, febre, aumento da frequência cardíaca, falta de ar e confusão mental.

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Também conhecida como septicemia, a sepse pode afetar qualquer pessoa, mas atinge principalmente pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como no caso de recém-nascidos, pessoas acima de 65 anos ou com doenças crônicas, como diabetes, doenças pulmonares ou doenças renais.

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Na suspeita de sepse, deve-se ir imediatamente ao hospital, para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento imediatamente, que pode ser feito com a administração de antibióticos, medicamentos vasopressores, diálise e, em alguns casos, a cirurgia.

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Principais sintomas

Os principais sintomas e sinais de sepse são:

  • Pressão arterial baixa;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Falta de ar ou respiração acelerada;
  • Febre ou baixa temperatura corporal;
  • Confusão mental ou agitação;
  • Diminuição do volume de urina;
  • Cansaço excessivo.

Quando a sepse não é tratada logo no início, essa condição pode evoluir para o choque séptico, uma complicação grave da sepse, onde existe uma grande quantidade de toxina no sangue, podendo causar a morte em 12 horas. Entenda melhor o que é o choque séptico.

Tipos de sepse

Os principais tipos de sepse, que variam conforme o tipo de infecção que causa essa condição, são:

1. Sepse pulmonar

A sepse pulmonar acontece quando a infecção está nos pulmões e, na maioria dos casos, está associada à pneumonia causada por bactérias, principalmente Streptococcus pneumoniae.

Embora a infecção seja nos pulmões, os sinais inflamatórios surgem em todo o corpo, causando febre, calafrios, dor muscular e alterações respiratórias, como respiração acelerada, falta de ar e cansaço excessivo.

Leia também: Sepse pulmonar: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/sepse-pulmonar

2. Sepse neonatal

A sepse neonatal é uma infecção que afeta a corrente sanguínea de recém-nascidos com menos de 28 dias, surgindo principalmente de bebês prematuros, por terem o sistema imunológico mais enfraquecido.

Esse tipo de sepse pode ser causada por pela transmissão de microorganismos da vagina ou útero da mãe ou pelo contato com profissionais de saúde ou cuidadores, por exemplo, causando sintomas e sinais como irritabilidade, perda do apetite, dificuldade para respirar, febre, baixa temperatura corporal ou pressão baixa

3. Sepse urinária

A sepse urinária, ou urosepse, é uma resposta inflamatória sistêmica à infecções no trato urinário, como cistite, pielonefrite e prostatite.

Os sintomas da sepse urinária variam conforme a doença que causa essa condição, podendo incluir dor ao urinar, presença de sangue na urina, febre, dor na parte inferior da barriga e mal-estar.

4. Sepse abdominal

A sepse abdominal pode ser causada por infecções como apendicite, peritonite, infecção biliar e hepática, podendo causar sintomas como dor na barriga, febre, perda do apetite, náusea, vômitos e barriga inchada.

5. Sepse cutânea

A sepse cutânea pode acontecer quando as bactérias que atingem as camadas mais profundas da pele, como fascite necrosante, celulite infecciosa, ectima, infecções do pé diabético e úlceras de pressão, por exemplo.

Os sintomas da sepse cutânea podem incluir febre, escurecimento da região afetada, dor, inchaço e vermelhidão na pele, presença de pus e surgimento de ínguas.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da sepse deve ser feito no hospital, através da avaliação dos sintomas e sinais apresentados, e do histórico de saúde da pessoa.

Para confirmar o risco de sepse, marque uma consulta com o médico mais perto de você:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Para confirmar o diagnóstico, o médico também solicita exames laboratoriais e de imagem, como hemocultura, exame de urina, hemograma completo, raio X e tomografia computadorizada, por exemplo.

O médico também pode usar a Avaliação Sequencial da Falência de Órgãos (SOFA), uma ferramenta que avalia o risco de sepse através da presença de pelo menos dois dos seguintes critérios: pressão arterial sistólica abaixo de 100 mmHg, frequência respiratória acima de 22 respirações por minuto e pontuação de 15 ou menos na escala de Glasgow, uma técnica usada para avaliar o nível de consciência da pessoa. Conheça melhor sobre a escala de Glasgow.

Possíveis causas

A sepse pode surgir devido a uma infecção não tratada causada por bactérias, fungos ou vírus, como infecção urinária, intestinal, pneumonia e celulite infecciosa, por exemplo.

Além disso, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como recém-nascidos, pessoas acima de 65 anos ou que tenham doenças crônicas, como diabetes, doenças pulmonares, câncer ou doenças renais, também apresentam maior risco de desenvolver a sepse.

Como é feito o tratamento

O tratamento da sepse deve ser iniciado o mais rápido possível e no hospital, podendo incluir:

  • Uso de antibiótico, que é administrado diretamente na veia, em casos de infecções causadas por bactérias;
  • Fluídos intravenosos, através da administração de soro na veia, para manter o fluxo de sangue adequado e evitar que a queda exagerada da pressão arterial;
  • Medicamentos vasopressores, como noradrenalina, vasopressina e dopamina, para aumentar a pressão arterial;
  • Diálise, que é indicada em casos de insuficiência renal.

Além disso, em alguns casos, a cirurgia também pode ser recomendada pelo médico, para retirar o tecido danificado pela infecção.

A sepse tem cura?

A sepse tem cura, mas por ser uma condição que pode causar diversas complicações, deve ser tratada o quanto antes para evitar o choque séptico. Por isso, o diagnóstico e tratamento rápido ajudam a aumentar as chances de cura da sepse.

Como prevenir a sepse

As principais formas de se prevenir a sepse são:

  • Manter cortes e feridas higienizados;
  • Manter as vacinas recomendadas em dia;
  • Lavar bem as mãos antes de preparar refeições e comer; após usar o banheiro assoar o nariz ou tossir; e após tocar nos animais;
  • Manter uma alimentação saudável;
  • Amamentar o bebê pelo menos até os 6 meses de idade.

Outra forma de prevenir a sepse é controlar as doenças crônicas, seguindo os tratamentos recomendados pelo médico.