Síndrome da bexiga dolorosa: o que é, sintomas e tratamento

O que é:

A síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida por cistite intersticial, caracteriza-se por uma inflamação crônica da parede da bexiga, que pode causar sintomas como dor pélvica, urgência para urinar, aumento da frequência urinária e dor durante o ato sexual.

Esta síndrome parece ser desencadeada por infecções, doenças autoimunes e outras condições que afetam a bexiga, mas ainda não se conhece a causa exata.

O tratamento geralmente consiste no uso de medicamentos, modificações na dieta e no estilo de vida e adoção de certas medidas. Em casos mais raros, pode ser necessário realizar uma cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os sintomas que podem ocorrer em pessoas com a síndrome da bexiga dolorosa são:

  • Dor pélvica;
  • Urgência para urinar;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Necessidade de acordar durante a noite para urinar.

Em alguns casos, a mulher também pode sentir dor durante a relação sexual e dor na vagina, com piora durante o período menstrual, e nos homens pode haver dor ou desconforto no pênis e escroto.

Possíveis causas

Ainda não se sabe ao certo quais as causas que estão na origem desta síndrome, mas pensa-se que pode estar relacionada com o desenvolvimento de infecções bacterianas, que é uma das principais causas, doenças autoimunes, inflamação neurogênica e permeabilidade epitelial alterada.

Como é feito o tratamento

O tratamento para a síndrome da bexiga dolorosa consiste na alteração dos maus hábitos alimentares, que podem contribuir para atenuar sintomas que são desencadeados por alimentos muito ácidos, apimentados e ricos em potássio. Além disso, a prática de exercício físico, a redução do estresse, a realização de banhos quentes, a redução da cafeína, de bebidas alcoólicas e do uso do cigarro também contribuem para atenuar os sintomas.

A fisioterapia pode ajudar no relaxamento da musculatura do assoalho pélvico em pessoas que sofrem de espasmos.

O tratamento farmacológico pode consistir no uso de alguns dos seguintes medicamentos:

  • Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides e, em casos mais graves ou em que a pessoa não possa tomar AINES, o médico pode prescrever opioides para aliviar a dor;
  • Dimetilsulfóxido, que pode ser aplicado diretamente na bexiga;
  • Ácido hialurônico, que é usado com o objetivo de repor a barreira protetora do tecido que recobre grande parte do trato urinário;
  • Amitriptilina, que é um antidepressivo tricíclico eficaz no tratamento de dores crônicas;
  • Cimetidina, que também ajuda a aliviar os sintomas;
  • Hidroxizina ou outro anti-histamínico, usados quando a inflamação é de causa alérgica;
  • Polissulfato sódico de pentosana, que age restabelecendo a camada de glicosaminoglicanos.

Em último caso, se nenhuma destas opções de tratamento for eficaz, pode ser necessário recorrer a cirurgia.