Síndrome hepatorrenal é uma doença grave caracterizada por lesão aguda nos rins em pessoas com doença do fígado avançada, como cirrose, ascite ou insuficiência hepática, com sintomas como dor abdominal, fraqueza ou pele e olhos amarelados.
Nesta síndrome ocorre um estreitamento dos vasos sanguíneos dos rins, levando à degradação da sua função, e desenvolvimento de insuficiência renal aguda, além de relaxamento dos vasos sanguíneos no corpo, resultando em hipotensão arterial.
A síndrome hepatorrenal é uma condição geralmente fatal, a não ser que seja realizado um transplante de fígado, que é o tratamento mais indicado para essa doença.
Sintomas da síndrome hepatorrenal
Os principais sintomas da síndrome hepatorrenal são:
- Fadiga;
- Náuseas, vômitos e perda do apetite;
- Pele e olhos amarelados;
- Redução da eliminação de urina;
- Urina escurecida;
- Inchaço abdominal;
- Confusão mental.
Além disso, pessoas com síndrome hepatorrenal também têm tendência a apresentar períodos de confusão mental e delírio, devido ao acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, que resultam em encefalopatia hepática. Entenda o que é a encefalopatia hepática.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da síndrome hepatorrenal é feito pelo hepatologista através da avaliação dos sintomas, histórico de doença no fígado e exames laboratoriais que avaliam a função do fígado, rins e estado de saúde no geral.
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Geralmente, são solicitados pelo médico exames de sangue, como hemograma completo, painel de coagulação sanguínea, creatinina, provas de função hepática e renal, eletrólitos, alfa feto proteína e exames de urina.
Outros exames que podem ser solicitados pelo médico são ultrassom abdominal ou ecocardiograma, por exemplo.
Esses exames, além de confirmar o diagnóstico, também permitem identificar o tipo de síndrome hepatorrenal.
Tipos de síndrome hepatorrenal
Os principais tipos de síndrome hepatorrenal são:
- Síndrome hepatorrenal tipo 1: está associada a uma rápida falência renal e a um excesso de produção de creatinina;
- Síndrome hepatorrenal tipo 2: está associada a falência renal mais lenta, que é acompanhada de sintomas mais leves.
O tipo de síndrome hepatorrenal é identificado pelo hepatologista através do exames solicitados.
Possíveis causas
As principais causas da síndrome hepatorrenal são:
- Hepatite viral;
- Alcoolismo crônico;
- Esteatohepatite não alcoólica;
- Trombose da veia porta-hepática;
- Uso de medicamentos, como paracetamol.
Além disso, uma das causas mais comuns da síndrome hepatorrenal é a cirrose no fígado. Saiba como identificar a cirrose hepática e como é feito o diagnóstico da doença.
Além da cirrose, outras doenças associadas à insuficiência hepática crônica e grave com hipertensão portal, como hepatite alcoólica e insuficiência hepática aguda também podem aumentar o risco de síndrome hepatorrenal.
Estes distúrbios do fígado, levam a um forte estreitamento dos vasos sanguíneos nos rins, que resulta numa redução acentuada da taxa de filtração glomerular e consequente insuficiência renal aguda.
Como é feito o tratamento
O tratamento da síndrome hepatorrenal deve ser feito com orientação do hepatologista, sendo que geralmente é iniciado com o uso de medicamentos, como terlipressina e albumina, noradrenalina, midodrina ou octreotida, por exemplo, para melhorar a circulação sanguínea nos rins e corrigir a pressão arterial.
Em alguns casos, também pode ser necessário fazer diálise para estabilizar a doença. Saiba como é feita a hemodiálise e quais os riscos deste tratamento.
Nos casos em que o tratamento com remédios não é eficaz, o médico pode fazer uma cirurgia para colocar um stent e conectar a veia porta à veia hepática, para reduzir a pressão portal e corrigir a pressão sanguínea.
No entanto, o tratamento definitivo para a síndrome hepatorrenal é o transplante de fígado. Veja como é feito e como é a recuperação do transplante de fígado.