Transplante de córnea: como é feito, quando é indicado e recuperação

O transplante de córnea é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo substituir a córnea alterada por uma saudável, promovendo melhora da capacidade visual da pessoa, já que a córnea é o tecido transparente que reveste o olho e que está associado com a formação da imagem.

Foto doutora realizando uma consulta
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No pós-operatório do transplante de córnea, a pessoa é liberada com um curativo no olho que só deve ser retirado pelo médico na visita de pós-operatório no dia seguinte. Durante este período deve-se evitar fazer esforços e se alimentar de forma saudável, bebendo bastante água para manter o corpo e a nova córnea bem hidratada. Com a evolução dos tipos de transplante de córnea a recuperação visual tem se tornado cada vez mais rápida.

Na consulta o médico irá remover o curativo e a pessoa poderá enxergar, embora a visão ainda esteja um pouco embaçada inicialmente, aos poucos ela passa a ficar mais limpa.

Imagem ilustrativa número 3

Quando é indicado

As principais indicações do transplante de córnea são:

  • Herpes ocular;
  • Úlceras na córnea;
  • Distrofia da córnea;
  • Ceratite;
  • Ceratocone.

A indicação do transplante de córnea deve ser feita pelo oftalmologista após uma avaliação detalhada dos olhos, sendo normalmente recomendada quando é verificada alteração na curvatura, transparência ou regularidade da córnea.

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Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como é feito

O transplante de córnea é um procedimento complexo e delicado, e envolve a retirada da córnea doente e substituição pela saudável, que é então costurada com fio de náilon. Esse procedimento tem duração média de 60 minutos e pode ser feita sob anestesia local ou parcial.

Como é a recuperação

Após a cirurgia do transplante de córnea normalmente não há dor, no entanto algumas pessoas podem ter maior sensibilidade à luz e sensação de areia nos olhos, no entanto essas sensações normalmente desaparecem ao longo do tempo.

É importante adotar alguns cuidados após o transplante de córnea para evitar a rejeição e possíveis complicações, sendo recomendado:

  • Repousar durante o 1º dia;
  • Não molhar o curativo;
  • Utilizar os colírios e remédios receitados pelo médico, após a retirada do curativo;
  • Evitar esfregar o olho operado;
  • Usar a proteção acrílica para dormir para não pressionar os olhos;
  • Utilizar óculos de sol quando exposto ao sol e também dentro de casa quando as luzes estiverem acesas (se incomodar);
  • Evitar fazer exercício físico na primeira semana após o transplante;
  • Dormir para o lado contrário ao do olho operado.

Durante o período de recuperação do transplante de córnea, é importante que a pessoa esteja atenta ao aparecimento de sinais e sintomas de rejeição da córnea, como olho vermelho, dor ocular, diminuição da visão ou sensibilidade excessivo à luz, sendo importante consultar o oftalmologista para que seja feita avaliação e possa ser tomada a melhor atitude.

Após o transplante é importante também ter consultas com o oftalmologista de forma regular para que a recuperação seja acompanhada e seja garantido o sucesso do tratamento.

Sinais de rejeição ao transplante

A rejeição à córnea transplantada pode acontecer em qualquer pessoa que tenha feito esse transplante e apesar de ser mais comum nos primeiros meses após a cirurgia, a rejeição pode acontecer até mesmo 30 anos depois deste procedimento.

Normalmente os sinais de rejeição do transplante surgem 14 dias após o transplante, podendo ser percebida vermelhidão dos olhos, visão turva ou embaçada, dor nos olhos e fotofobia, em que a pessoa sente dificuldade em permanecer os olhos abertos em locais muito claros ou no sol.

A rejeição do transplante de córnea é raro de acontecer, no entanto é mais fácil de haver em pessoas que já foram submetidos a outro transplante em que houve rejeição pelo corpo, além de pode ocorrer em pessoas mais jovens em que há sinais de inflamação ocular, glaucoma ou herpes, por exemplo.

Para diminuir o risco de rejeição o médico oftalmologista normalmente indica o uso de corticoides em forma de pomada ou colírio, como por exemplo o acetato de prednisolona 1%, para aplicar diretamente no olho transplantado e medicamentos imunossupressores.

Entenda mais sobre como é feita a cirurgia de transplante no vídeo a seguir: