14 tratamentos para câncer de mama (e chance de cura)

O tratamento do câncer de mama pode ser feito com cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal, imunoterapia ou terapia alvo, o que varia de acordo com o tipo de tumor, estágio, tamanho, presença de metástases, perfil molecular e estado geral de saúde.

Além disso, o mastologista, cirurgião oncológico ou oncologista podem indicar o acompanhamento nutricional, sessões de fisioterapia ou terapia suporte, para ajudar a aliviar ou reduzir os efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama.

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O câncer de mama tem cura quando detectado nos estágios iniciais e o tratamento é iniciado logo em seguida. Por isso, é importante realizar o rastreio anual do câncer de mama a partir dos 40 anos de idade.

Veja o vídeo a seguir e saiba melhor como é o tratamento do câncer de mama:

CÂNCER DE MAMA: diagnóstico, tipos e tratamento

18:21 | 2.669 visualizações

14 tratamentos para câncer de mama

Os principais tratamentos para câncer de mama são:

1. Ressecção segmentar

A ressecção segmentar ou cirurgia conservadora da mama, é uma cirurgia que pode ser indicada para remover o tumor e tecidos saudáveis ao seu redor.

Esse tipo de cirurgia normalmente é indicada para câncer de mama pequeno em estágios iniciais (estágios 1 ou 2), tumor do tipo carcinoma ductal in situ ou câncer de mama invasivo em estágios iniciais, por exemplo.

Geralmente, após a ressecção segmentar o médico pode indicar a radioterapia e/ou terapia hormonal, o que varia com o tipo de tumor e perfil molecular.

2. Mastectomia

A mastectomia é outro tipo de cirurgia para câncer de mama que pode ser feita para retirar parte ou toda a mama.

Geralmente, esse tipo de cirurgia é indicada para tumor primário maior que 5 cm, câncer de mama inflamatório ou mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 que aumentam o risco de câncer de mama. Veja todas as indicações para a mastectomia e como é feita.

Durante a cirurgia, o médico pode fazer uma biópsia dos linfonodos ou sua retirada caso sejam positivos para câncer de mama.

Dependendo do tipo de câncer de mama, a mastectomia pode ser feita para complementar o tratamento com radioterapia ou quimioterapia.

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3. Radioterapia intraoperatória

A radioterapia intraoperatória é um tipo de radioterapia parcial da mama feita durante a cirurgia de mastectomia conservadora para o câncer de mama, para eliminar células tumorais e reduzir o risco de recidiva do tumor.

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Para fazer esse tipo de tratamento, o médico primeiro retira o tumor da mama e depois aplica uma única dose de radioterapia diretamente no leito tumoral, utilizando um cone metálico que direciona a radiação somente para o tecido da mama afetado.

Esse tipo de radioterapia, também chamada Intrabeam, dura cerca de 20 a 30 minutos, sendo indicada para alguns tipos de câncer de mama menor que 2 cm, como tumor luminal, por exemplo.

4. Radioterapia convencional

A radioterapia convencional é feita com uma máquina externa que emite feixes de radiação sobre a região da mama e/ou linfonodos.

Esse tipo de tratamento para o câncer de mama é feito com o objetivo de eliminar ou reduzir o crescimento das células do câncer, sendo indicada para complementar o tratamento cirúrgico, chamada radioterapia adjuvante.

Geralmente, a radioterapia convencional para o câncer de mama é feita diariamente, de segunda a sexta, com folgas nos finais de semana, por um período de 2 a 4 semanas.

A radioterapia convencional pode causar alguns efeitos colaterais, como pele vermelha, mais escura e sensível, inchaço na mama ou cansaço excessivo, que podem continuar por cerca de 2 a 3 semanas após o término do tratamento.

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5. Braquiterapia

A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna em que são colocadas sementes radioativas dentro ou próximo do tumor após a cirurgia de ressecção segmentar.

Esse tipo de tratamento pode ser indicado nos casos de carcinoma ductal in situ ou câncer de mama invasivo em estágios iniciais, por exemplo.

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6. Quimioterapia

A quimioterapia para câncer de mama utiliza medicamentos quimioterápicos que agem em fases específicas da divisão celular, o que provoca a morte das células tumorais, impedindo sua multiplicação.

Esse tipo de tratamento pode ser feito antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, ou depois da cirurgia, para eliminar as células cancerígenas que possam ter permanecido.

Além disso, a quimioterapia também pode ser indicada quando existem metástases, que é quando o câncer de mama se espalhou para outras regiões do corpo, de forma a tentar eliminá-las.

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A quimioterapia geralmente é feita com uma combinação de quimioterápicos, como paclitaxel, docetaxel, doxorrubicina, ciclofosfamida ou fluorouracil, por exemplo, o que varia de acordo com o estágio e tipo de tumor.

7. Terapia alvo

A terapia alvo para o câncer de mama usa medicamentos para ajudar o sistema imunológico a identificar e atacar especificamente as células tumorais, provocando poucos efeitos nas células normais do corpo. 

O tipo de anticorpo monoclonal deve ser indicado pelo oncologista e varia com o perfil molecular do câncer de mama, que pode ser HER-2 positivo, receptor de estrogênio e progesterona positivo, triplo negativo ou positivo para mutações no BRCA1 ou BRCA2, por exemplo.

Assim, podem ser indicados remédios como trastuzumabe, pertuzumabe, lapatinibe, palbociclibe, everolimo, alpelisibe, sacituzumabe govitecana ou olaparibe, por exemplo.

Esses medicamentos podem ser combinados com radioterapia ou quimioterapia, para aumentar a chance de cura. 

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8. Imunoterapia

A imunoterapia para câncer de mama pode ser indicada pelo oncologista para a aumentar a resposta do sistema imune contra as células do câncer, o que pode levar à uma diminuição do tamanho do câncer ou atrasar o seu crescimento.

O principal imunoterápico que pode ser indicado é o pembrolizumabe que age bloqueando a proteína PD-1 nas células T do sistema imunológico, o que faz com que ataquem especificamente as células tumorais.

9. Terapia hormonal

A terapia hormonal para o câncer de mama é indicada para tumores que possuem receptor na membrana da célula tumoral para estrogênio e/ou progesterona.

Esses hormônios quando se ligam a esses receptores levam ao crescimento do câncer de mama e por isso a terapia hormonal tem como objetivo bloquear os receptores ou impedir a produção desses hormônios.

Desta forma, podem ser indicados remédios como tamoxifeno, toremifeno, anastrozol, letrozol, exemestano, fulvestranto, ou acetato de gosserrelina, por exemplo.

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10. Terapia suporte

A terapia suporte para câncer de mama é feita para aliviar os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas, vômitos, dor, anemia, neutropenia febril ou infecções, por exemplo.

Assim, podem ser indicados pelo médico remédios como analgésicos, antieméticos, corticoides ou antibióticos, por exemplo.

Além disso, também podem ser indicados remédios, como o filgrastim, para aumentar a produção de neutrófilos que são células de defesa imunológica, ou eritropoietina, para tratar a anemia.

11. Fisioterapia

A fisioterapia para o câncer de mama pode ser indicada para o tratamento do linfedema no braço, quando foram retirados os linfonodos da axila, o que pode causar inchaço no braço e na mão.

Desta forma, o mastologista ou o cirurgião oncológico pode indicar a fisioterapia logo após a cirurgia, o que também ajuda na recuperação, reduz a dor e melhora a movimentação do braço, devendo ser feita com orientação do fisioterapeuta.

12. Psicoterapia

A psicoterapia para o câncer de mama também é muito importante para o tratamento, pois ajuda a criar estratégias positivas de enfrentamento da doença e a aliviar a ansiedade e preocupações.

Além disso, a psicoterapia é importante para a mulher sentir-se acolhida, entender o tratamento e sua importância, melhorando a adesão ao tratamento.

A psicoterapia pode ser feita com diferentes estratégias, de acordo com a avaliação do psicólogo oncológico.

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13. Acompanhamento nutricional

O acompanhamento nutricional pode ser indicado pelo médico para ajudar a reduzir os efeitos colaterais do tratamento e garantir um fornecimento de nutrientes adequados de forma individualizada.

Esse acompanhamento é feito pelo nutricionista oncológico, que pode indicar aumentar o consumo de alimentos naturais, como frutas, verduras e legumes e proteínas magras, por exemplo.

É importante higienizar e desinfectar os alimentos adequadamente, e evitar alimentos crus, pois a queda da imunidade aumenta o risco de infecções.

Além disso, no caso de mulheres com câncer de mama receptor de estrogênio positivo, o nutricionista deve orientar uma dieta livre de alimentos que contenham fitoestrogênios, para não interferir na ação da terapia hormonal.

14. Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos para câncer de mama normalmente são indicados quando a cura do tumor já não é possível, sendo feito para controlar os sintomas, como dor e melhorar a qualidade de vida.

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Quais as chances de cura para o câncer de mama?

As chances de cura do câncer de mama podem ser maior que 95% quando diagnosticado nas estágios iniciais e iniciado o tratamento logo em seguida.

Por isso, é importante fazer regularmente o autoexame das mamas, além de mamografia anual para mulheres com 40 anos ou mais, de forma a detectar precocemente o câncer de mama, aumentando as chances de cura.

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