O que corta o efeito do anticoncepcional?

A eficácia das pílulas anticoncepcionais pode ser reduzida com o uso de certos medicamentos, diuréticos em excesso ou certas condições de saúde, como vômito e diarreia ou doenças que afetam o intestino, por exemplo, aumentando o risco de gravidez indesejada.

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Alguns sintomas que podem indicar uma diminuição da eficácia da pílula anticoncepcional incluem a ausência de menstruação ou um pequeno sangramento fora do período menstrual e, em alguns casos, pode ser necessário usar um método anticoncepcional adicional ou substituir a pílula anticoncepcional por um implante hormonal ou DIU, por exemplo.

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Antes de iniciar o uso de pílulas anticoncepcionais, é sempre importante consultar um ginecologista para uma avaliação da saúde e indicação do melhor método contraceptivo para cada mulher, bem como a forma correta de uso.

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6 situações que podem cortar no efeito do anticoncepcional

Alguns fatores podem cortar o efeito do anticoncepcional, sendo os principais:

1. Tomar remédios

Os medicamentos que podem reduzir o efeito das pílulas anticoncepcionais são:

  • Antibióticos, como rifampicina, a rifapentina e a rifabutina, usados para tratar e tuberculose, hanseníase e meningite bacteriana;
  • Antifúngicos, como a griseofulvina ou cetoconazol usados para tratar micoses na pele;
  • Anticonvulsivantes, como fenobarbital, carbamazepina, oxcarbamazepina, fenitoína, primidona, topiramato ou felbamato, usados para diminuir ou eliminar crises convulsivas;
  • Antirretrovirais, como lopinavir, ritonavir, darunavir, efavirenz ou nevirapina, usados para o tratamento da infecção por HIV;
  • Orlistat, pois é um medicamento usado para tratar a obesidade e pode causar diarreia como efeito colateral.

Esses medicamentos podem interferir na eficácia das pílulas anticoncepcionais porque alteram sua absorção ou metabolismo, o que pode causar uma diminuição da quantidade de hormônios no organismo e reduzir ou cortar seu efeito, sendo importante sempre informar ao ginecologista sobre os medicamentos que se toma com frequência.

No caso dos anticonvulsivantes ou antirretrovirais, que são tratamentos de longa duração, deve-se conversar com o médico para que seja orientado o uso de métodos contraceptivos adicionais, além da camisinha. 

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2. Ter vômito ou diarreia

Ter um episódio de vômito ou diarreia até 4 horas depois de ter tomado a pílula anticoncepcional, pode interferir na absorção da pílula.

Assim, existe a possibilidade de que a pílula não tenha tido tempo suficiente para ser absorvida pelo organismo, o que pode levar à perda total do efeito ou à diminuição da eficácia.

Portanto, se houver vômito ou diarreia durante esse período, recomenda-se tomar a próxima pílula para garantir a dose diária necessária e, assim, proteger-se contra uma gravidez indesejada.

No entanto, em caso de diarreia crônica ou quando os movimentos intestinais líquidos não puderem ser controlados por mais de 4 horas, outro método de contracepção deve ser considerado, como o uso de preservativo ou a inserção de um implante ou DIU, por exemplo.

Leia também: Diarreia por antibióticos: porque acontece (e o que fazer) tuasaude.com/antibiotico-causa-diarreia

3. Doenças ou alterações no intestino

Mulheres que sofrem de doença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn, ou que tenham ileostomia ou tenham feito um bypass jejunoileal, por exemplo, correm mais risco de engravidar.

Isso porque essas condições podem impedir que o intestino delgado absorva adequadamente os hormônios da pílula, diminuindo assim sua eficácia na proteção contra a gravidez.

Nesse caso, recomenda-se que a mulher utilize outro método anticoncepcional, como camisinha ou implante ou DIU, para se proteger de uma gravidez indesejada, conforme orientação do médico.

4. Esquecer de tomar a pílula

Esquecer de tomar a pílula anticoncepcional causa uma variação nos níveis de hormônio no corpo, o que aumenta o risco de ovular, e por isso, o esquecimento da pílula diminui a eficácia do anticoncepcional, aumentando o risco de engravidar.

Se o esquecimento for de 1 dia, na primeira semana da cartela, há um maior risco de gravidez porque a ovulação pode acontecer mais cedo e os espermatozoides podem sobreviver no canal vaginal por até 5 a 7 dias depois do contato íntimo.

Neste caso, deve-se tomar assim que lembrar e depois tomar o próximo comprimido no horário habitual e usar um outro método contraceptivo adicional, como a camisinha, por exemplo, durante os próximos 7 dias.

Além disso, esquecer de tomar a pílula várias vezes durante o mês, não permite um efeito contraceptivo eficaz e o risco de gravidez aumenta muito.

Neste caso, deve-se usar camisinha durante todo o uso da cartela do anticoncepcional, até iniciar uma nova e conversar com o ginecologista para tentar utilizar um outro método contraceptivo que não necessite ser tomado todos os dias, como injeção anticoncepcional, adesivo hormonal ou colocar um DIU, por exemplo.

Assistir o vídeo a seguir com mais dicas do que fazer se esquecer de tomar a pílula anticoncepcional:

O que fazer se esquecer de tomar a Pílula

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5. Tomar chás diuréticos em excesso

Tomar grandes doses de chás diuréticos imediatamente após a ingestão da pílula pode diminuir sua eficácia, pois o organismo pode não ter tempo suficiente para absorver o medicamento, que pode ser eliminado do corpo pela urina.

Por esse motivo, não é recomendável consumir mais de 5 xícaras de chás com propriedades diuréticas, como chá de cavalinha ou de hibisco, momentos antes ou depois de tomar a pílula anticoncepcional.

Além disso, a erva de São João ou o chá de erva de São João, usados para combater a depressão e a ansiedade, também podem interferir na eficácia da pílula.

Portanto, se estiver em tratamento com alguma dessas plantas medicinais, recomenda-se consultar o ginecologista e optar por outro método contraceptivo.

6. Obesidade ou sobrepeso

Alguns estudos indicam que a obesidade ou o sobrepeso podem interferir na forma como a pílula anticoncepcional é metabolizada no corpo, podendo ter sua eficácia reduzida.

Além disso, a eficácia da pílula do dia seguinte e do adesivo transdérmico também é menor em mulheres que sofrem de obesidade ou sobrepeso.

O ideal é consultar o ginecologista para utilizar um método contraceptivo seguro como DIU, por exemplo, para evitar uma gravidez indesejada.

A maconha afeta a eficácia das pílulas anticoncepcionais?

Não há evidências científicas de que o uso de drogas, como a maconha, por exemplo, altere o efeito das pílulas anticoncepcionais, desde que sejam tomadas corretamente e que seu uso não seja esquecido.

No entanto, o ideal é usar preservativo se estiver sob efeito de alguma droga ilícita, não só para evitar uma gravidez indesejada, mas também para prevenir a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Veja as principais IST's na mulher.

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