13 exames de sangue que detectam o câncer

Para identificar o câncer podem ser solicitados pelo médico a realização da dosagem de marcadores tumorais, que são substâncias produzidas pelas células ou pelo próprio tumor, como o AFP e o PSA, que se encontram elevados no sangue na presença de determinados tipos de câncer.

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A dosagem dos marcadores tumorais é importante não só para detectar o câncer, mas também para avaliar o desenvolvimento do tumor e a resposta ao tratamento.

Leia também: Marcadores tumorais: o que são, para que servem e tipos (com tabela) tuasaude.com/marcadores-tumorais

Apesar dos marcadores tumorais serem indicativos de câncer, algumas situações benignas podem levar ao seu aumento, como por exemplo apendicite, prostatite ou hiperplasia da próstata e, por isso, na maioria dos casos é necessário fazer outros exames para confirmar o diagnóstico, como ecografia ou ressonância magnética, por exemplo. Veja mais sobre como confirmar o câncer.

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Principais exames

Alguns dos exames mais pedidos pelo médico para identificar o câncer são:

1. AFP

O que detecta: A alfafetoproteína (AFP) é uma proteína cuja dosagem pode ser solicitada para investigar tumores no estômago, intestino, ovários ou presença de metástases no fígado.

Valor de referência: Geralmente quando existem alterações malignas o valor é superior a 1000 ng/ml. No entanto, este valor também pode estar aumentado em situações como cirrose ou hepatite crônica, por exemplo, sendo o seu valor próximo de 500 ng/ml.

2. MCA

O que detecta: O antigênio mucoide associado ao carcinoma (MCA) normalmente é solicitado para verificar a ocorrência de câncer da mama. Saiba reconhecer os sinais de câncer de mama.

Valor de referência: Na maioria dos casos pode indicar câncer quando o seu valor é superior a 11 U/ml no exame de sangue. Porém, este valor pode estar aumentando em situações menos graves, como tumores benignos do ovário, útero ou próstata.

Normalmente, o médico também solicita a dosagem do marcador CA 27.29 ou CA 15.3 para acompanhamento do câncer de mama e verificar a resposta ao tratamento e chance de recidiva. Entenda o que é recidiva e como é feito o tratamento.

3. CA 15.3

O que detecta: o CA 15.3 é solicitado para auxiliar no diagnóstico de câncer de mama, ajudando a verificar o estágio do câncer, e para monitorar a resposta ao tratamento. Entenda para que serve e como é feito o exame CA 15.3.

Valor de referência: É sugestivo de câncer de mama quando o resultado é superior a 30 U/mL. No entanto, é comum que o valor de CA 15.3 esteja alterado em caso de câncer de pulmão, ovário e colorretal. Assim, o médico normalmente indicada a realização de CA 15.3 para monitorar a doença e não necessariamente fechar o diagnóstico.

4. CA 19.9

O que detecta: o CA 19.9 é indicado principalmente para auxiliar no diagnóstico do câncer de pâncreas. No entanto, esse marcador também pode ser útil no diagnóstico do câncer colorretal, da vesícula biliar ou do fígado.

Valor de referência: É considerado alterações malignas quando o resultado do CA 19.9 é superior a 37 U/mL. Porém, para confirmar o diagnóstico, é indicado que seja solicitada a dosagem de outros marcadores.

5. BTA

O que detecta: O antígeno tumoral da bexiga (BTA) é utilizado para ajudar a detectar o câncer da bexiga e normalmente é dosado juntamente com o NMP22 e o CEA.

Valor de referência: Na presença de câncer de bexiga, o exame apresenta um valor superior a 1. A presença de BTA na urina, no entanto, também pode estar elevado em problemas menos graves como inflamação dos rins ou da uretra, especialmente quando se utiliza sonda vesical.

6. PSA

O que detecta: O antigênio prostático (PSA) é uma proteína produzida normalmente para a próstata, porém no caso de câncer de próstata pode ter sua concentração aumentada. Saiba mais sobre o PSA.

Valor de referência: Quando a concentração do PSA no sangue é superior a 4,0 ng/ml pode indicar o desenvolvimento de câncer e, quando é superior a 50 ng/ml, pode indicar a presença de metástases. No entanto, para confirmar o câncer é necessário realizar outros exames como toque retal e ecografia à próstata, já que a concentração dessa proteína também pode estar aumentado em situações benignas.

7. CA 125

O que detecta: O CA 125 é um marcador muito utilizado para verificar a chance e acompanhar o desenvolvimento de câncer no ovário. A dosagem desse marcador deve ser acompanhado de outros exames para que possa ser feito o diagnóstico correto. Saiba mais sobre o CA 125.

Valor de referência: Geralmente é sinal de câncer no ovário quando o valor é superior a 65 U/ml. Porém, o valor também pode ficar aumentado no caso de cirrose, cistos, endometriose, hepatite ou pancreatite.

8. Calcitonina

O que detecta: A calcitonina é um hormônio produzido pela tireoide e que pode estar aumentada principalmente em pessoas com câncer da tireoide, mas também em pessoas com câncer de mama ou de pulmão, por exemplo. Veja como é feito o exame da calcitonina.

Valor de referência: Pode ser sinal de câncer quando o valor é superior a 20 pg/ml, mas, os valores também podem estar alterados devido a problemas como pancreatite, doença de Paget e até mesmo durante a gravidez.

9. Tireoglobulina

O que detecta: A tireoglobulina normalmente está elevada no câncer de tireoide, no entanto, para diagnóstico de câncer de tireoide também devem ser dosados outros marcadores, como a calcitonina e o TSH, por exemplo, já que a tireoglobulina pode estar aumentada mesmo em pessoas que não têm a doença.

Valor de referência: Os valores normais de tireoglobulina são entre 1,4 e 78 g/ml, acima disso pode ser indicativo de câncer. Veja quais são os sintomas do câncer de tireoide.

10. CEA

O que detecta: O antígeno carcinoembrionário (CEA) pode ser dosado para diferentes tipos de câncer, estando normalmente elevando no câncer no intestino, afetando o cólon ou o reto. Saiba mais sobre o câncer de intestino.

Valor de referência: Para ser indicativo de câncer, a concentração do CEA precisa ser 5 vezes superior ao valor normal que é até 5 ng/mL em pessoas fumantes e até 3 ng/mL em pessoas não fumantes. Entenda o que é o exame CEA e para que serve.

Além destes exames de sangue, pode-se avaliar outras hormonas e proteínas, como CA 19.9, CA 72.4, LDH, Catepsina D, Telomerase e Gonadotrofina coriônica humana por exemplo, que ficam com os valores de referência alterados quando se está desenvolvendo um câncer em algum órgão.

11. Eletroforese de proteínas

O que detecta: A eletroforese de proteínas é um dos principais exames solicitados para investigação e diagnóstico do mieloma múltiplo, pois mede a quantidade de imunoglobulinas no sangue, assim como avalia a presença de imunoglobulinas anormais. Veja como é feito o exame de eletroforese de proteínas.

Valor de referência: Pode ser indicativo de mieloma múltiplo os valores elevados de gama-globulina, acima de 1,27 g/dL ou maior que 18,8%, o que depende do valor de referência do laboratório em que o exame foi realizado.

Além desse exame, para confirmar o diagnóstico de mieloma múltiplo, o médico deve solicitar outras análises laboratoriais, como a proteína M na urina, conhecida como proteína de Bence-Jones, e exames de sangue, que normalmente apresentam anemia, pancitopenia, aumento de cálcio no sangue ou doença renal.

12. CD20

O que detecta: O CD20 é um marcador tumoral utilizado para determinar o tipo de tratamento para o linfoma não Hodgkin.

Valor de referência: Esse tipo de exame fornece um resultado positivo ou negativo para a proteína CD20, ou seja, é apresentado no resultado como CD20+ ou CD20-. Quando o resultado é CD20+, o tratamento pode ser realizado utilizando a terapia alvo, com anticorpos monoclonais, como o rituximabe, por exemplo.

13. C-kit

O que detecta: O exame de C-kit detecta mutações no gene C-kit, sendo realizado através de uma amostra de sangue, tecido tumoral ou mielograma, para diagnosticar o tumor estromal gastrointestinal (GIST), leucemia mielóide aguda (LMA) ou melanoma de mucosa. Esse tipo de exame permite ao médico determinar o tipo de tratamento que deve ser feito.

Valor de referência: O resultado do exame C-kit pode ser positivo para mutações no gene C-kit, ou negativo, quando não apresenta mutações. Geralmente, são necessários outros exames para confirmar o diagnóstico desses tipos de câncer, como CD34 ou P-glicoproteína, por exemplo.

Testes genéticos para o câncer

Os testes genéticos para o câncer permitem que o diagnóstico da doença seja feito mais rapidamente e que o tratamento indicado pelo médico seja mais específico, já que identificam alterações no DNA das células que podem estar relacionadas ou aumentar o risco do câncer. Alguns exames que podem ser indicados são a doença residual mínima, biópsia líquida, expressão gênica e sequenciamento do tumor. Conheça mais sobre os testes genéticos para o câncer.

Marque uma consulta com o oncologista mais próximo, usando a ferramenta a seguir, para que seja indicado o melhor teste genético:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como confirmar o diagnóstico de câncer

No caso de suspeitar de câncer, é necessário confirmar o diagnóstico, normalmente solicitado pelo médico exames complementares de imagem, como por exemplo:

  • Ecografia: Também conhecida por ultrassonografia, que é um exame que permite detectar lesões em órgãos como fígado, pâncreas, baço, rins, próstata, mama, tireoide, útero e ovários;
  • Radiografia: É um exame realizado através de Raio X, que ajuda a identificar alterações no pulmão, na coluna e ossos;
  • Ressonância magnética: É um exame de imagem que deteta alterações em órgãos como mama, vasos sanguíneos, fígado, pâncreas, baço, rins e suprarrenais.
  • Tomografia computadorizada: É realizada quando se verificam alterações no Raio X e normalmente é solicitada para avaliar os pulmões, fígado, baço, pâncreas, articulações e faringe, por exemplo.

Na maioria dos casos, a confirmação do diagnóstico é feito através da combinação de vários exames, como observação do paciente, exame de sangue, ressonância magnética e biopsia, por exemplo.

É possível identificar o câncer apenas com o hemograma?

A realização de hemograma de rotina e outras análises no sangue feitas como rotina não são suficientes para identificar o câncer, no entanto, dependendo das alterações verificadas e sintomas apresentados pela pessoa, o médico pode levantar a suspeita de alguma condição, de forma que pode solicitar a realização de exames mais específicos para investigar a condição.

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