Afogamento secundário (seco): o que é, sintomas e o que fazer

Afogamento secundário ou afogamento a seco são complicações que podem surgir horas após um episódio de afogamento ou quase afogamento, mesmo após a pessoa ser resgatada e reanimada, causando sintomas como cansaço ou sonolência excessivos, tosse, dor de cabeça ou dificuldade para respirar.

No entanto, o "afogamento secundário" e o "afogamento seco" são termos utilizados popularmente não sendo reconhecidos pela comunidade médica, pois as complicações do afogamento não estão relacionadas com a quantidade de água que entra nos pulmões, mas com o tempo que a pessoa fica sem oxigênio.

De qualquer forma, essas complicações são graves e necessitam de atendimento médico imediato, pois podem colocar a vida em risco e, por isso, caso surjam os sintomas deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de afogamento secundário

Os principais sintomas de “afogamento secundário” ou “afogamento seco” são:

  • Dor de cabeça;
  • Sonolência ou cansaço excessivo;
  • Espuma saindo pela boca;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dor no peito;
  • Tosse constante;
  • Dificuldade para falar ou se comunicar;
  • Confusão mental;
  • Febre.

Os sintomas do “afogamento secundário” ou "afogamento seco" normalmente surgem até 24 horas depois do episódio de afogamento ou quase afogamento, podendo o adulto ou a criança estar respirando normalmente e conseguir falar ou comer, mas após algum tempo pode iniciar os sintomas.

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O que fazer se suspeitar de afogamento secundário 

Em caso de quase afogamento é muito importante que a própria pessoa, familiares e amigos fiquem atentos ao aparecimento de sintomas durante as primeiras 24 horas.

Caso exista suspeita de "afogamento secundário" ou "afogamento a seco" deve-se chamar o SAMU, ligando para o número 192, explicando o que está acontecendo ou levar a pessoa imediatamente para o hospital.

Após o diagnóstico, o médico pode receitar uso de máscara de oxigênio e medicamentos para facilitar a retirada de líquido dos pulmões.

Nos casos mais graves, a pessoa pode precisar ficar internada para garantir a respiração com ajuda de aparelhos. Saiba o que fazer em caso de afogamento com água e como evitar essa situação.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do "afogamento secundário" ou "afogamento a seco" é feito pelo clínico geral ou médico emergencista através da avaliação dos sintomas e histórico de afogamento.

Além disso, o médico pode solicitar exames como oximetria ou gasometria arterial para avaliar os níveis de oxigênio e gás carbônico no sangue, painel metabólico e níveis de eletrólitos no sangue. Saiba como é feita a gasometria arterial.

Em alguns casos, também pode ser solicitado um raio X do tórax para avaliar os pulmões para verificar a presença de água ou pneumonia, ou tomografia computadorizada do crânio, de forma a verificar os danos cerebrais causados pela falta de oxigênio.

Possíveis causas

O afogamento secundário é causado pela entrada de água nos pulmões, resultando em irritação, inflamação e inchaço dos pulmões, o que interfere na oxigenação do corpo e eliminação de gás carbônico através da respiração, resultando nos sintomas.

Além disso, o afogamento secundário pode acontecer em praias, lagos, rios ou piscinas, mas também pode surgir após a inspiração do próprio vômito.

Já o afogamento seco é causado pela entrada de água no nariz ou na garganta, fazendo com ocorram espasmos e fechamento da garganta, como forma de proteger os pulmões da entrada de água, dificultando a respiração.