Cardiomiopatia dilatada: o que é, sintomas e tratamento

Cardiomiopatia dilatada é o aumento (dilatação) do músculo do coração e diminuição da sua capacidade de contrair, dificultando o bombeamento do sangue para todas as partes do corpo, o que pode resultar em sintomas como cansaço excessivo, dor no peito ou falta de ar.

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Esse tipo de cardiomiopatia é mais frequente em homens entre 20 e 60 anos, no entanto também pode ocorrer em mulheres, crianças ou idosos, sendo causada por fatores genéticos, infecções no coração, pressão alta ou arritmias, por exemplo.

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O tratamento da cardiomiopatia dilatada é feito pelo cardiologista dependendo dos sintomas, causas e da gravidade da doença, podendo ser indicado o uso de remédios, colocação de marcapasso ou até transplante de coração. 

Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de cardiomiopatia dilatada

Os principais sintomas da cardiomiopatia dilatada são: 

  • Cansaço excessivo constante;
  • Dificuldade para respirar durante o sono;
  • Falta de ar quando deitado de costas ou durante esforço físico;
  • Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés;
  • Fraqueza;
  • Mal estar geral.

Além disso, outro sintoma que pode surgir é a dor no peito, e, quando a cardiomiopatia dilatada é causada por infecções, também pode ocorrer febre.

A maioria das pessoas não apresenta sintomas, no entanto, a cardiomiopatia dilatada pode resultar em insuficiência cardíaca devido a dificuldade do coração de bombear o sangue, levando ao surgimento dos sintomas.

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Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da cardiomiopatia dilatada é feito pelo cardiologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde, histórico familiar de cardiomiopatia, e do exame clínico.

Se deseja avaliar a saúde do seu coração, marque uma consulta com o cardiologista mais próximo de você:

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Para confirmar o diagnóstico, o médico deve solicitar exames como raio X de tórax, eletrocardiograma, Holter 24 horas, ecocardiograma, teste ergométrico, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cateterismo ou biópsia cardíaca, por exemplo. Saiba como é feito o exame de Holter.

Outros exames que podem ser indicados para identificar a causa da cardiomiopatia dilatada são níveis dos hormônios da tireoide e de ferro no sangue, sorologia para HIV ou exame toxicológico de urina.

Além disso, o cardiologista pode também solicitar uma avaliação genética para identificar se a cardiomiopatia dilatada pode ter sido causada por fatores genéticos.

Possíveis causas

A causa da cardiomiopatia dilatada, normalmente, não pode ser identificada, sendo chamada de cardiomiopatia dilatada idiopática.

No entanto, algumas causas que levam ao surgimento da doença incluem: 

  • Pressão alta, arritmia ou insuficiência cardíaca;
  • Doença de Chagas ou toxoplasmose;
  • Infecções no músculo cardíaco, causadas por vírus ou bactérias;
  • Diabetes ou obesidade;
  • Alcoolismo ou uso de drogas como cocaína ou anfetamina;
  • Uso de remédios, como corticoides, doxorrubicina, epirrubicina, daunorrubicina ou ciclofosfamida;
  • Doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico;
  • Exposição a toxinas como chumbo, mercúrio ou cobalto;
  • Defeitos congênitos que ocorrem no nascimento do bebê.

A cardiomiopatia dilatada também pode aparecer devido a complicações no final da gravidez.

Outra causa são fatores genéticos e, por isso, a cardiomiopatia dilatada é mais comum em pessoas com histórico da doença na família, especialmente quando afeta algum dos pais.

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Como é feito o tratamento

O tratamento da cardiomiopatia dilatada deve ser iniciado o mais rápido possível, sob orientação do cardiologista, para evitar complicações como embolia pulmonar ou parada cardíaca, por exemplo. 

Assim, os principais tratamentos que podem ser indicados pelo médico são:

1. Anti-hipertensivos

Alguns anti-hipertensivos podem ser usados para o tratamento da cardiomiopatia dilatada pois ajudam a melhorar a dilatação dos vasos e aumentam o fluxo sanguíneo, além de facilitar o trabalho do coração.

Assim, pode ser indicado pelo médico anti-hipertensivos, como captopril, losartana ou carvedilol, por exemplo.

Estes medicamentos também podem ajudar a tratar ou evitar o surgimento de arritmias. 

2. Diuréticos

Os diuréticos, como furosemida, espironolactona ou indapamida, podem ser usados no tratamento da cardiomiopatia dilatada para remover o excesso de líquidos do organismo, evitando que se acumulem nas veias e dificultem o batimento cardíaco. 

Além disso, os diuréticos aliviam o inchaço nas pernas e pés provocado pela doença e dos pulmões, ajudando a respirar melhor.

3. Digitálico

O digitálico usado para o tratamento da cardiomiopatia dilatada é a digoxina que age fortalecendo o músculo cardíaco, facilitando as contrações e permitindo o bombeamento mais eficaz de sangue. 

Este medicamento também ajuda a reduzir os sintomas de insuficiência cardíaca e a melhorar a qualidade de vida. 

No entanto, a digoxina é um medicamento tóxico e necessita de acompanhamento e exames médicos frequentes.

4. Anticoagulantes ou antiplaquetários

Os anticoagulantes, como varfarina, ou antiplaquetários, como o ácido acetilsalicílico, agem diminuindo a viscosidade do sangue, facilitando o seu bombeamento e prevenindo o surgimento de coágulos que podem causar embolias ou AVC, por exemplo.

5. Marcapasso

Nos casos mais graves, em que o tratamento não é feito de forma adequada ou a doença é diagnosticada mais tarde, o médico pode ainda recomendar cirurgia para colocar um marcapasso no coração para coordenar os impulsos elétricos do coração, facilitando seu trabalho e regularizando os batimentos cardíacos. 

Leia também: Marcapasso: o que é, para que serve e quando é indicado tuasaude.com/marcapasso-cardiaco

6. Transplante cardíaco

O transplante cardíaco pode ser recomendado pelo médico se nenhuma outra opção de tratamento for eficaz, como o uso dos medicamentos ou do marcapasso. Veja como é feito o transplante cardíaco.

Possíveis complicações

As complicações que a cardiomiopatia dilatada pode causar são insuficiência cardíaca, arritmia, problema na válvula cardíaca, acúmulo de líquidos nos pulmões, abdômen, pernas e pés ou parada cardíaca.

Além disso, a cardiomiopatia dilatada pode aumentar o risco de formação de coágulos no sangue e o desenvolvimento de embolia pulmonar, infarto ou derrame cerebral. 

Como prevenir a cardiomiopatia dilatada

Algumas medidas podem ajudar a evitar ou reduzir os danos da cardiomiopatia dilatada como:

  • Não fumar;
  • Não beber álcool ou beber com moderação;
  • Não usar drogas como a cocaína ou anfetaminas;
  • Manter o peso saudável;
  • Fazer exercícios recomendados pelo médico;
  • Dormir pelo menos 8 a 9 horas por noite.

É importante seguir as orientações do médico e fazer uma dieta equilibrada e pobre em gorduras, açúcar ou sal. Confira a lista de alimentos que fazem bem ao coração

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