A obesidade é causada por um conjunto de fatores genéticos, hormonais, ambientais e hábitos de vida, como consumir mais calorias do que se gasta, não praticar atividades físicas ou ter desequilíbrios hormonais.
Esses fatores podem resultar no acúmulo de gordura no corpo, aumento do apetite e/ou diminuição do metabolismo, podendo afetar pessoas em qualquer idade, inclusive crianças. Saiba identificar a obesidade infantil.
A obesidade pode aumentar o risco de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares, pressão alta ou até câncer e, por isso, deve-se consultar um endocrinologista para avaliar o estado de saúde e fazer uma dieta orientada por um nutricionista.
Qual médico consultar?
O médico ideal para confirmar o diagnóstico de obesidade e iniciar o tratamento mais adequado é o endocrinologista.
Caso esteja sofrendo com o excesso de peso, agende uma consulta com um endocrinologista perto de você:
Principais causas da obesidade
As principais causas que contribuem para o desenvolvimento da obesidade são:
1. Alimentação rica em açúcar, gordura e carboidratos
O açúcar, a gordura e os carboidratos são alimentos ricos em calorias, que são usadas como fonte de energia para o corpo.
No entanto, quando consumidos de forma excessiva, são armazenados na forma de gordura, favorecendo o aumento de peso e o desenvolvimento da obesidade.
O que fazer: fazer mudanças na dieta incluindo uma alimentação balanceada e rica em frutas, legumes, verduras, fibras e água, conforme orientação do médico e do nutricionista.
Assista o vídeo com a nutricionista Tatiana Zanin com dicas sobre alimentação balanceada e como emagrecer com saúde:
Emagrecer com Saúde
03:12 | 455.394 visualizações2. Estilo de vida sedentário
O estilo de vida sedentário é caracterizado por pouca ou nenhuma atividade física, sendo uma das principais causas de obesidade.
Isso leva a um acúmulo de gordura no corpo e desenvolvimento da obesidade, especialmente quando não existe um balanço entre o que a pessoa ingere de alimentos e as calorias gastas por dia.
O que fazer: é recomendado fazer 150 a 300 minutos de exercícios físicos moderados por semana, para perder peso, aliado a uma dieta balanceada.
É fundamental ter uma avaliação médica antes de iniciar os exercícios para avaliar o estado de saúde, além de ter a orientação de um educador físico para evitar lesões. Confira os melhores exercícios para emagrecer.
Leia também: 6 passos para sair do sedentarismo (e ter uma vida mais saudável) tuasaude.com/sair-do-sedentarismo3. Predisposição genética
A predisposição genética também é uma causa de obesidade, principalmente quando os pais são obesos, tendo sido detectado em pesquisas mais de 15 genes relacionados à obesidade.
Leia também: Obesidade: o que é, graus, tipos, causas, consequência e tratamento tuasaude.com/obesidadeAs chances de obesidade são de cerca de 80% quando tanto o pai, como a mãe são obesos, diminuindo para 40%, quando somente 1 dos pais é obeso.
O que fazer: a genética pode contribuir para a obesidade, no entanto, hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios diários e a alimentação pobre em gordura, podem ajudar a evitar o acúmulo de gordura no corpo.
Em alguns casos, o endocrinologista pode indicar o uso de remédios para emagrecer ou a realização de cirurgia bariátrica, por exemplo.
Leia também: Tratamento da obesidade: dieta, remédios e cirurgias tuasaude.com/tratamento-para-obesidade4. Alterações nos níveis de leptina e grelina
Alterações nos níveis de leptina e grelina também podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade.
A leptina e a grelina são dois hormônios importantes para regular o apetite e, por isso, quando seu funcionamento não está devidamente regulado a pessoa pode sentir mais fome que o normal. Entenda como a leptina e a grelina influenciam no apetite.
O que fazer: deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em açúcar, comidas muito engorduradas, produtos enlatados e processados, e seguir uma dieta balanceada orientada pelo nutricionista, além de praticar exercícios físicos regularmente.
5. Estresse excessivo
O estresse excessivo faz com que o corpo aumente a produção de cortisol um hormônio que ajuda o corpo a responder a situações de estresse.
No entanto, quando o cortisol tem os níveis muito altos no corpo pode haver aumento da acúmulo de gordura, deixando o metabolismo mais lento, favorecendo a obesidade.
Leia também: Cortisol alto: o que pode ser, sintomas (e como baixar) tuasaude.com/cortisol-altoO que fazer: é importante adotar medidas para reduzir o estresse, como praticar atividades físicas ou algum hobby, por exemplo. Veja algumas formas para combater o estresse.
No entanto, quando o estresse é intenso, deve-se consultar o psiquiatra ou clínico geral que pode indicar o tratamento mais adequado.
6. Depressão ou ansiedade
A depressão ou a ansiedade são transtornos psicológicos que podem provocar alteração no apetite, fazendo com que a pessoa tenha mais fome.
Nesses casos, normalmente a pessoa ingere mais alimentos ricos em açúcar, carboidratos ou ultraprocessados como uma tentativa do cérebro de aumentar a quantidade de serotonina no corpo.
Isso pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade, além de que pessoas ansiosas ou deprimidas praticam menos atividades físicas.
O que fazer: o tratamento da depressão ou ansiedade deve ser feito com orientação do psiquiatra que pode indicar a psicoterapia e/ou uso de antidepressivos.
No entanto, é fundamental praticar atividades físicas, não só para o emagrecimento, mas para aumentar a liberação de endorfinas, melhorando o bem estar físico e mental.
7. Dietas restritivas
As dietas restritivas podem levar ao emagrecimento em curto prazo, porém podem promover alterações no metabolismo e aumento do apetite, quando são interrompidas.
Isso porque ao voltar a dieta normal, a tendência é comer mais, como uma resposta do organismo ao "estresse" provocado pela restrição da ingestão de alimentos, podendo levar em alguns casos à compulsão alimentar. Entenda o que é compulsão alimentar.
Dessa forma, as dietas restritivas podem favorecer o desenvolvimento do efeito rebote a longo prazo e obesidade.
O que fazer: deve-se evitar fazer dietas restritivas e consultar o nutricionista para iniciar uma dieta balanceada, nutritiva, mudando os hábitos alimentares a longo prazo, para ter um emagrecimento saudável e sustentável.
Leia também: Efeito sanfona: o que é, principais causas e como evitar tuasaude.com/efeito-sanfona8. Má qualidade do sono
A má qualidade do sono ou não dormir pelo menos 8 horas por noite, pode diminuir os níveis hormonais, como a leptina e o GH que são produzidos principalmente durante o sono.
Esses hormônio quando estão diminuídos, resultam em diminuição do metabolismo basal e aumento da fome, o que leva a pessoa a ingerir mais calorias e gastar menos, aumentando o risco de obesidade.
Além disso, o cansaço e o estresse de não dormir de 8 a 9 horas por noite não dormir o suficiente, aumentam os níveis do hormônio cortisol, o que também contribui para a obesidade.
O que fazer: deve-se fazer a higiene do sono criando um ambiente favorável ao relaxamento, evitando tomar bebidas com cafeína à noite e o uso do celular ou tablet por pelo menos 30 minutos antes de dormir, para favorecer o sono.
Leia também: 8 passos para dormir mais rápido e melhor tuasaude.com/como-dormir-mais-rapido9. Alterações hormonais
As alterações hormonais raramente são a causa exclusiva da obesidade.
No entanto, algumas condições podem aumentar o risco de obesidade, como síndrome de Cushing, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, hipogonadismo, deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e hiperinsulinismo.
O que fazer: consultar o endocrinologista para fazer o tratamento mais adequado da condição que está causando a alteração hormonal, além de fazer uma dieta de reeducação alimentar e praticar exercícios diariamente.
Leia também: Reeducação alimentar: o que é, como fazer e cardápio tuasaude.com/emagrecer-com-reeducacao-alimentar10. Uso de remédios
O uso de alguns remédios podem contribuir para a obesidade, pois provocam uma alterações nos sinais da fome no cérebro, podendo resultar em aumento do apetite.
Alguns exemplos de remédios são os antidepressivos, corticoides, antipsicóticos, anticoncepcionais hormonais, remédios para pressão alta ou até mesmo a insulina.
O que fazer: é importante não interromper nenhum tratamento sem a orientação médica, e verificar com o médico a possibilidade de trocar o remédio por outro.
11. Parar de fumar
Parar de fumar traz inúmeros benefícios ao organismo e ajuda a prevenir diversos tipos de câncer.
No entanto, a maioria das pessoas que parar de fumar, aumentam de peso, pois a nicotina do cigarro tem um efeito redutor do apetite, o que pode contribuir para a obesidade.
O que fazer: para evitar o ganho de peso ao parar de fumar, deve-se optar por alimentos mais saudáveis e com baixas calorias e praticar atividades físicas regularmente.
Pode-se também fazer psicoterapia que ajuda a controlar a ansiedade e evitar o consumo excessivo de calorias durante o dia.
12. Gravidez
Devido as alterações hormonais da gravidez, associada a ansiedade e ao mito de comer por dois, a gestante pode ganhar muito peso e desenvolver obesidade.
A obesidade na gravidez pode trazer diversos riscos como pré-eclâmpsia, diabete gestacional, abortamento espontâneo ou tromboembolismo pulmonar, por exemplo.
O que fazer: deve-se fazer uma alimentação balanceada e que garanta os nutrientes necessários ao desenvolvimento do bebê, de acordo com a orientação do obstetra.
Além disso, é recomendado comer em pequenas quantidades a cada 2 ou 3 horas e praticar atividades físicas liberadas pelo médico.
Leia também: Como não engordar na gravidez: o que comer (e o que evitar) tuasaude.com/o-que-a-gravida-deve-comer-para-nao-engordarO que não funciona para emagrecer
A principal estratégia que não funciona para emagrecer é seguir uma dieta da moda porque estas são muito restritivas, difíceis de cumprir e porque mesmo que a pessoa emagreça muito rápido, provavelmente irá engordar novamente tão rápido, quanto emagreceu.
Essas dietas geralmente retiram um grande número de nutrientes, e pode deixar a pessoa doente, sem ânimo e até mesmo desnutrida.
Por isso, o mais indicado é fazer uma reeducação alimentar orientada por um nutricionista.