8 principais disfunções hormonais (e o que fazer)

Disfunção hormonal é o desequilíbrio na produção de hormônios, como insulina, estrogênio, testosterona, cortisol ou hormônios da tireoide, que podem estar com seus níveis aumentados ou diminuídos.

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Os sintomas da disfunção hormonal dependem da glândula que está afetada, podendo ocorrer aumento do peso, acne, excesso de pelos no corpo, infertilidade, menstruação irregular no caso de mulheres ou disfunção erétil em homens.

No caso de apresentar algum dos sintomas de disfunção hormonal, é importante consultar o endocrinologista, ginecologista ou urologista, para que seja diagnosticado e iniciado o tratamento mais adequado.

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Principais disfunções hormonais

As principais disfunções hormonais são:

1. Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é uma disfunção hormonal em que a glândula tireoide produz menos hormônios T3 e T4, resultando em sintomas como cansaço excessivo, aumento de peso ou pele seca e áspera, por exemplo. Confira todos os sintomas de problemas na tireoide.  

A causa do hipotireoidismo pode ser autoimune, ou ocorrer por deficiência de iodo ou alterações na glândula pituitária no cérebro que produz o hormônio TSH, que estimula a tireoide a produzir T3 e T4.

O que fazer: deve-se consultar o endocrinologista para que sejam realizados exames que avaliam os hormônios T3, T4 e TSH, e assim ser indicado o tratamento mais adequado, que geralmente é feito com a levotiroxina para repor os hormônios tireoidianos. Veja como é feito o tratamento do hipotireoidismo.  

2. Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é outra disfunção da tireoide, que produz mais hormônios T3 e T4, causando sintomas como aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, nervosismo, ansiedade, insônia e perda de peso, por exemplo.

Nos casos mais graves, pode ocorrer projeção dos globos oculares, chamado exoftalmia. Entenda o que é a exoftalmia

O hipertireoidismo normalmente está associado à doença de Graves, mas também pode ocorrer devido ao consumo excessivo de iodo ou presença de nódulo na tireoide, por exemplo.

O que fazer: o tratamento deve ser feito pelo endocrinologista que pode indicar o uso de remédios como propiltiouracil ou metimazol, ou iodo radioativo, por exemplo. Confira todas as opções de tratamento para o hipertireoidismo

3. Diabetes

A insulina é o hormônio que é responsável por retirar a glicose da corrente sanguínea e levar até as células para exercerem suas funções. 

A diabetes é uma condição que surge em decorrência da baixa produção de insulina pelo pâncreas, ou da dificuldade da ação da insulina nas células.

Os sintomas do diabetes incluem aumento da glicose na corrente sanguínea porque o pâncreas não produz insulina, o que causa aumento da sede, aumento da vontade de urinar, aumento da fome, visão embaçada, sonolência e náusea.

O que fazer: o tratamento do diabetes é feito pelo endocrinologista, e envolve alterações na dieta, atividade física e perder peso. Além disso, pode ser indicado o uso de antidiabéticos orais ou injeção de insulina. Saiba mais sobre o tratamento da diabetes.  

4. Síndrome dos ovários policísticos

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a disfunção hormonal mais comum em mulheres, relacionada ao aumento do hormônio testosterona, levando à produção de cistos nos ovários e geralmente inicia na puberdade. 

Os sintomas mais comuns da SOP são acne, ausência de menstruação ou menstruação irregular, aumento da quantidade de pelos no corpo ou dificuldade para engravidar. Veja outros sintomas da síndrome do ovário policístico.  

O que fazer: o tratamento da síndrome dos ovários policísticos é feito pelo ginecologista e envolve o uso de pílulas anticoncepcionais, espironolactona, clomifeno, letrozol ou gonadotropinas, por exemplo, de acordo com os sintomas apresentados. Veja todas as opções de tratamento para a síndrome dos ovários policísticos.  

5. Menopausa

A menopausa é a fase na vida da mulher em que ocorre uma diminuição abrupta da produção de estrógeno levando ao fim da menstruação, o que marca o fim da fase reprodutiva da mulher, e geralmente ocorre entre 45 e 51 anos.

Os sintomas mais comuns da menopausa são ondas de calor, insônia, batimentos cardíacos acelerados, diminuição do desejo sexual, secura vaginal e dificuldade de concentração. 

Além disso, a menopausa pode causar osteoporose que caracteriza-se por maior fragilidade dos ossos. 

O que fazer: o tratamento da menopausa deve ser orientado pelo ginecologista, que pode recomendar a terapia de reposição hormonal. Saiba como é feita e quando é indicada a terapia de reposição hormonal.  

6. Hipogonadismo masculino de início tardio

O hipogonadismo masculino de início tardio, também conhecido como andropausa, é uma queda gradual dos níveis de testosterona, que é um processo natural do organismo masculino, ocorrendo geralmente entre os 40 e 55 anos.

Essa queda de testosterona pode causar sintomas, como insônia, calor, irritabilidade e diminuição da libido, disfunção erétil, diminuição do volume dos testículos ou diminuição da força e da massa muscular, por exemplo. 

O que fazer: deve-se consultar um urologista que deve orientar o tratamento que pode ser feito com reposição hormonal da testosterona. No entanto, esse tratamento não é indicado para homens com câncer de próstata. Saiba mais sobre o tratamento da andropausa.

7. Hipopituitarismo

O hipopituitarismo é uma condição rara em que a glândula hipófise no cérebro tem sua atividade diminuída, produzindo menos hormônios, como TSH, hormônio do crescimento (GH), hormônio luteinizante (LH), prolactina, hormônio folículo estimulante (FSH), ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).

Os sintomas do hipopituitarismo variam de acordo com o tipo de hormônio que está deficiente, podendo ocorrer problema no crescimento de crianças, cansaço excessivo ou infertilidade.

O hipopituitarismo pode ser causado por tumores cerebrais, traumas ou pancadas na cabeça, AVC, meningite ou até por uso de medicamentos.

O que fazer: deve-se fazer o tratamento indicado pelo endocrinologista, e varia com o tipo de deficiência hormonal, podendo ser indicado o uso de remédios como levotiroxina, corticoides, reposição hormonal ou até cirurgia. Entenda como é feito o tratamento do hipopituitarismo.  

8. Insuficiência adrenal

A insuficiência adrenal é a diminuição da produção de cortisol ou aldosterona pelas glândulas adrenais que estão localizadas no topo dos rins.

Leia também: Aldosterona: o que é, funções (e porque está alta ou baixa) tuasaude.com/aldosterona

Essa condição pode ser causada pela doença de Addison ou por deficiência da produção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela glândula hipófise no cérebro.

Os sintomas da insuficiência adrenal são cansaço excessivo, náuseas, dor de estômago, perda de peso sem motivo aparente ou desidratação, por exemplo.

O que fazer: o tratamento é feito pelo endocrinologista que pode indicar o uso de corticoides, como prednisona, hidrocortisona ou fludrocortisona, por exemplo. 

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico das disfunções hormonais normalmente é feito pelo endocrinologista, e baseia-se nos sintomas e em exames laboratoriais através da dosagem dos hormônios no sangue. 

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Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Além disso, no caso de mulheres, o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos ou menopausa pode também ser feito pelo ginecologista.

Já no caso da andropausa, o diagnóstico pode também ser feito pelo urologista, através da avaliação dos sintomas e exames que medem os níveis de testosterona no corpo.

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