As principais doenças causadas por vírus, também chamadas de viroses, são a gripe, o resfriado, o sarampo, a caxumba, a COVID-19, a febre oropouche, a síndrome mão-pé-boca, a paralisia infantil, o HPV, a hepatite e o herpes, por exemplo.
Os vírus são pequenos agentes infecciosos que ficam distribuídos no ambiente e podem ser transmitidos através da tosse ou espirros, consumo de água ou alimentos contaminados, contato direto com superfícies infectadas, compartilhamento de objetos, relação sexual desprotegida ou através da picada de mosquitos, por exemplo.
É importante que a virose seja identificada corretamente e, por isso, deve-se consultar um clínico geral ou infectologista, que irá identificar a causa e recomendar o tratamento mais adequado, que pode pode envolver medidas simples, como repouso e ingestão de líquidos, ou uso de medicamentos antivirais.
Doenças causadas por vírus
Algumas das principais doenças causadas por vírus (viroses) são:
1. COVID-19
O novo coronavírus, ou COVID-19, é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa por meio da inalação de gotículas de secreções respiratórias que podem ficar suspensas no ar quando a pessoa contaminada por esse vírus tosse ou espirra.
Uma vez que a COVID-19 é uma doença altamente infecciosa e que pode levar à óbito, principalmente em pessoas mais velhas e com sistema imunológico mais comprometido e quando as medidas de suporte não são iniciadas rapidamente, é importante que sejam adotadas medidas que ajudem a prevenir a infecção e o desenvolvimento de formas graves da doença, como uso de máscara, distanciamento social, uso de álcool-gel, higienização frequente das mãos e vacinas. Saiba como prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2.
Sintomas: os sintomas iniciais da COVID-19 são semelhantes ao de uma gripe, em que a pessoa pode apresentar espirro, coriza, tosse, febre mal estar geral, diarreia e dor de cabeça. Nos casos mais graves, é possível também haver dificuldade para respirar, dor no peito e confusão mental. Faça o nosso teste online de sintomas para saber o risco de estar com COVID-19.
Tratamento: o tratamento para COVID-19 deve ser feito de acordo com os sintomas apresentados pela pessoa, sendo indicado que, independentemente da intensidade dos sintomas, a pessoa permaneça em isolamento. Nos casos mais leves, é apenas indicado que a pessoa fique em repouso e tenha uma alimentação leve e de fácil digestão, além de ser indicado que consuma bastante líquido.
Nos casos mais graves, é importante que a pessoa seja levada ao hospital para que sejam feitos exames que identifiquem a oxigenação e o grau de comprometimento dos pulmões, podendo ser indicada a realização de oxigenoterapia e uso de medicamentos específicos.
Como prevenir: para prevenir a infecção pelo SARS-CoV-2, é importante fazer uso de máscaras, higienizar e desinfetar as mãos regularmente, evitar permanecer muito tempo em locais fechados e ter contato com pessoas confirmadas ou com suspeita de COVID-19. Além disso, é importante também tomar a vacina contra a COVID-19, pois além de proteger contra casos graves da doença, pode diminuir a taxa de transmissão da doença.
2. Febre oropouche
A febre oropouche é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus, transmitido principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim.
Sintomas: os principais sintomas da febre oropouche são febre repentina acima de 38º a 40ºC, calafrios, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, ou náuseas.
Além disso, embora seja menos comum, a febre oropouche também pode causar diarreia, dor abdominal e sangramentos na gengiva, sangue nas fezes ou petéquias pelo corpo. Saiba identificar todos os sintomas da febre oropouche.
Tratamento: o tratamento para oropouche é feito para aliviar os sintomas, já que não existem remédios capazes de eliminar o vírus.
Assim, pode ser recomendado pelo médico repouso, aumentar a ingestão de líquidos e uso de remédios analgésicos e antipiréticos, como paracetamol ou dipirona.
Como prevenir: evitar lugares em que há muitos mosquitos, usar repelente na pele, e eliminar recipientes ou objetos que podem acumular água que pode favorecer a deposição de ovos do mosquito.
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A gripe é a doença viral mais comum, sendo principalmente causada pelo vírus Influenza.
A gripe é mais comum de acontecer durante o inverno, isso porque durante esse período é comum que as pessoas permaneçam mais tempo em um ambiente fechado, com pouca circulação de ar e com grande quantidade de pessoas, de forma que há maior risco de transmissão de doenças respiratórias, incluindo a gripe.
Sintomas: os sintomas mais frequentes de gripe são febre, calafrios, coriza, espirros, dor de garganta, dor muscular, cansaço excessivo e perda de apetite. Os sintomas costumam aparecer de forma repentina e podem durar até 7 dias. Veja como saber se é gripe.
Tratamento: o tratamento para a gripe tem como objetivo promover o alívio dos sintomas, sendo normalmente indicado que a pessoa permaneça em repouso, beba bastante água e tenha uma alimentação leve, além de também poder ser indicado pelo médico o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos.
Como prevenir: em caso de gripe, é importante evitar permanecer em ambientes fechados e com pouca circulação de ar por muito tempo, além de também ser recomendado evitar o contato com pessoas que estejam com gripe.
Além disso, é importante adotar medidas que ajudem a aumentar a imunidade, como aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C e praticar atividade física regularmente, por exemplo.
Outra forma de prevenir a gripe é por meio da vacinação, que é indicada principalmente para crianças, idosos e profissionais de saúde. Veja mais detalhes sobre a vacina da gripe.
4. Resfriado
O resfriado é uma doença respiratória causada por vírus, principalmente rinovírus, que pode ser transmitido através do contato com as secreções respiratórias que ficam suspensas no ar quando uma pessoa infectada fala, tosse ou espirra, por exemplo.
Sintomas: os principais sintomas de resfriado são coriza, espirros frequentes, nariz entupido, dor e coceira na garganta, tosse e sensação de mal-estar, e costumam durar até 4 dias. Confira os principais sintomas do resfriado.
Tratamento: o tratamento do resfriado é feito para aliviar os sintomas, sendo recomendado que a pessoa fique em repouso, beba bastante líquidos e tenha uma alimentação leve.
Além disso, pode ser também recomendado o uso de medicamentos que ajudam a aliviar os sintomas mais rapidamente, como anti-inflamatórios e analgésicos.
Como prevenir: para prevenir a gripe, é importante evitar o contato próximo com pessoas com sintomas, evitar permanecer em ambientes fechados por muito tempo e com grande quantidade de pessoas e lavar bem as mãos.
5. AIDS
A AIDS, também conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, é uma infecção sexualmente transmissível causado pelo vírus HIV que pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio da relação sexual desprotegida.
É possível que a pessoa seja portadora do vírus do HIV e não desenvolva a doença, no entanto, em alguns casos, o vírus consegue se multiplicar no corpo, interferindo diretamente no funcionamento do sistema imunológico, favorecendo o desenvolvimento da AIDS e de complicações graves associadas à doença. Conheça mais sobre a AIDS e o HIV.
Sintomas: os sintomas de AIDS podem demorar até 10 anos após a infecção pelo vírus HIV para surgirem, podendo haver febre persistente, dor nos músculos e nas articulações, aparecimento de manchas e bolinhas vermelhas na pele, rápida perda de peso, infecção que não melhora, mesmo coma realização de tratamento adequado.
Tratamento: o tratamento para AIDS é feito com um coquetel de medicamentos que tem como objetivo diminuir a taxa de replicação viral e melhorar o funcionamento do sistema imune, devendo ser usado de acordo com a orientação do médico.
Como prevenir: a prevenção da AIDS é feita por meio da utilização da camisinha em todas as relações sexuais, além de ser indicado evitar o compartilhamento de seringas e agulhas e o contato direto com sangue e secreções de outras pessoas, sendo recomendado o uso de luvas nessas situações.
Caso exista suspeita de exposição ao vírus HIV é indicado que seja iniciada a Profilaxia Pós-Exposição, que tem como objetivo prevenir a multiplicação viral e o desenvolvimento de doença. Veja o que fazer em caso de suspeita de HIV.
6. Paralisia infantil
A paralisia infantil, também conhecida por poliomielite, é uma doença causada pelo poliovírus. Esse vírus está naturalmente presente no intestino e, por isso, a transmissão pode acontecer por meio do contato com objetos, fezes, alimentos ou água contaminados ou por meio do contato com secreções de uma pessoa infectada.
No entanto, o contato com o vírus não necessariamente leva ao desenvolvimento da doença, principalmente em pessoas com o sistema imune intacto e/ ou que foram vacinadas contra essa doença, cuja primeira dose é indicada aos 2 meses de idade.
Sintomas: os sintomas iniciais da poliomielite são semelhante aos da gripe, em que a pessoa pode sentir dor de cabeça, febre e cansaço excessivo, desaparecendo após 5 dias.
No entanto, em alguns casos, principalmente nos casos em que a pessoa possui o sistema imune mais enfraquecido, o vírus pode permanecer no organismo e levar ao aparecimento de sintomas mais graves como paralisia de uma ou das duas pernas, atrofia muscular, dificuldade para falar e/ ou engolir e espasmos musculares, por exemplo.
Tratamento: não existe tratamento específico para a paralisia infantil, no entanto é normalmente indicada a realização de fisioterapia para estimular e favorecer o desenvolvimento dos músculos atrofiados, além de melhorar a postura.
Como prevenir: a prevenção da poliomielite é feita através da vacinação com a vacina VIP, que é recomendada a partir dos 2 meses de idade, sendo feita em 3 doses e 1 doses de reforço. Veja mais sobre a vacina da poliomielite.
7. Sarampo
O sarampo é uma doença causada por vírus da família Paramyxoviridae que pode ser transmitido quando uma pessoa infectada tosse, fala ou espirra, liberando gotículas no ambiente que contém o vírus, que podem ser inaladas por outras pessoas.
O período de maior risco de transmissão do vírus para outras pessoas é cerca de 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas na pele típicas do sarampo.
Sintomas: os sintomas de sarampo podem aparecer entre 7 a 14 dias após o contato com o vírus, sendo observado o aparecimento de manchas vermelhas na pele, inicialmente no rosto, mas que depois espalham-se para todo o corpo, febre alta, tosse com catarro, maior sensibilidade à luz, nariz escorrendo, perda do apetite e aparecimento de mancha branca arredondada dentro da bochecha. Saiba reconhecer os sintomas de sarampo.
Tratamento: o tratamento do sarampo tem como objetivo aliviar os sintomas, sendo recomentado repouso, hidratação e uso de medicamentos analgésicos. Além disso, pode ser recomendado, em alguns casos, o uso de suplementos de vitamina A. Veja mais detalhes do tratamento do sarampo.
Como prevenir: a prevenção do sarampo é feita por meio da vacinação, que é feita em duas doses, sendo a primeira aos 12 meses e a segunda entre os 15 e 24 meses. Conheça mais sobre a vacina do sarampo.
8. Hepatite
A hepatite é uma doença causada pelo vírus da hepatite caracterizada pela inflamação do fígado. Há diversos tipos de hepatite que variam de acordo com o agente responsável e modo de transmissão, em alguns casos. Os principais tipos de hepatite são A, B e C.
Sintomas: os sintomas de hepatite podem surgir poucos dias após o contato com o vírus, podendo haver dor de cabeça, sensação de mal estar geral, inchaço abdominal, náuseas, vômito, cor amarelada na pele e nos olhos, fezes claras e urina escura.
É importante salientar que o início dos sintomas, duração e intensidade podem variar de acordo com o vírus responsável pela inflamação do fígado. Conheça mais sobre a hepatite.
Tratamento: o tratamento para hepatite deve ser orientado pelo infectologista ou hepatologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela pessoa e com o vírus.
É normalmente indicado que a pessoa permaneça em repouso e tenha uma alimentação leve, podendo ser indicado em alguns casos o uso de remédios, como interferon, lamivudina e adefovir, por exemplo. Confira os detalhes do tratamento para cada tipo de hepatite.
Como prevenir: a forma de prevenção da hepatite pode variar de acordo com o vírus relacionado e forma de transmissão. De forma geral, é indicado utilizar camisinha em todas as relações sexuais, evitar o compartilhamento de seringas e agulhas, evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como alicates, por exemplo, lavar bem as mãos e higienizar bem os alimentos antes de consumi-los.
9. Herpes
O herpes é uma doença causada pelo vírus Herpes simplex, que, dependendo da via de transmissão, pode levar ao aparecimento de sintomas na boca, olho ou região genital, sendo nesse último caso classificada como infecção sexualmente transmissível.
Sintomas: o principal sintoma de herpes é o aparecimento de bolhas ou feridas com borda avermelhada que aparece na região genital ou nos lábios, por exemplo.
No caso da herpes ocular, os sintomas podem ser semelhantes aos de uma conjuntivite, podendo haver maior sensibilidade à luz, vermelhidão e irritação no olho, bolhas ou feridas próximas ao olho e visão embaçada, por exemplo. Veja os sintomas de herpes labial, genital e ocular.
Tratamento: o tratamento para herpes deve ser orientado pelo médico, podendo ser indicado o uso de pomadas ou comprimidos antivirais, como o aciclovir e o valaciclovir, com o objetivo de diminuir a taxa de replicação viral e aliviar e prevenir o aparecimento dos sintomas.
Como prevenir: para prevenir a infecção pelo vírus da herpes, é importante evitar ter relações sexuais sem camisinha, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e de objetos que possam ter estado em contato com feridas do herpes.
10. HPV
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo HPV, também conhecido como Papilomavírus humano, que pode ser transmitido por meio da relação sexual desprotegida.
É importante que a infecção pelo HPV seja identificada ainda nos estágios iniciais, pois assim é possível iniciar o tratamento com o objetivo de diminuir o risco de desenvolvimento de câncer de colo de útero, no caso das mulheres.
Sintomas: o principal sintoma de infecção pelo HPV é o aparecimento de verrugas na região genital, que podem surgir na vulva e nos pequenos e grandes lábios, no caso das mulheres, e no corpo do pênis, saco escrotal e ânus, no caso dos homens.
Além disso, em alguns casos pode ser observada vermelhidão local, coceira e ardor na região genital.
Tratamento: o tratamento tem como objetivo prevenir e tratar os sintomas de HPV e diminuir a chance de transmissão, podendo ser indicado pelo médico o uso de remédios em forma de pomada ou a realização de procedimentos para a remoção das verrugas, como crioterapia, tratamento a laser ou cirurgia. Entenda como é feito o tratamento para HPV.
Como prevenir: a prevenção do HPV é feita por meio da vacinação, que é dada em 2 a 3 doses, sendo recomendada a partir dos 9 anos e está disponível no SUS. Saiba mais sobre a vacina para HPV.
11. Dengue, zika e chikungunya
Dengue, zika e chikungunya são doenças causadas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, no entanto são causados por vírus diferentes e que podem levar ao desenvolvimento de diferentes sintomas.
Sintomas: os sintomas de dengue, zika e chikungunya podem ser semelhantes. Nos casos de dengue, os sintomas podem durar entre 2 a 7 dias e pode haver febre, dor no corpo, dor de cabeça, manchas vermelhas na pele e coceira leve.
Por outro lado, no caso de zika, além dos sintomas de dengue, é também verificado vermelhidão nos olhos e dor em volta dos olhos, além de que a dor na articulação é mais intensa.
Já no caso de chikungunya, os sintomas mais mais prolongados, podendo durar 15 dias, podendo haver, além dos sintomas de dengue e zika, mal estar geral, perda do apetite e, em alguns casos, alterações neurológicas. Veja como diferenciar dengue, zika e chikungunya.
Tratamento: o tratamento para dengue, zika e chikungunya deve ser recomendado pelo médico e normalmente tem como objetivo aliviar os sintomas da doença, podendo ser indicado o uso de alguns medicamentos.
Além disso, é recomendado que a pessoa permaneça em repouso, beba bastante líquidos e tenha uma alimentação leve.
Como prevenir: a prevenção da dengue, zika e da chikungunya envolve medidas que ajudam a controlar o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, o que envolve eliminar os focos de água parada, aplicar larvicida nos locais em que há maior probabilidade de haver mosquitos e água parada e usar repelente. Confira outras dicas de como prevenir dengue, zika e chikungunya.
12. Mononucleose
A mononucleose é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) conhecida como a doença do beijo, uma vez que a principal forma de transmissão é através da saliva, sendo o beijo a forma mais comum de transmissão. No entanto, também pode ser transmitida por gotículas de saliva quando a pessoa infectada tosse ou espirra.
Após a exposição ao vírus Epstein-Barr, ocorre infecção das glândulas salivares e da orofaringe, sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens, embora também possa afetar adultos e crianças.
Sintomas: os sintomas da mononucleose podem surgir 4 a 6 semanas após o contato com o vírus, sendo os principais febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na boca, língua e/ou na garganta, e ínguas no pescoço. Confira outros sintomas da mononucleose.
Tratamento: o tratamento da mononucleose deve ser feito com repouso e aumento da ingestão de líquidos, como água ou chás, uma vez que não existe um tratamento específico para a mononucleose, e assim acelerar sua recuperação e evitar o surgimento de complicações, como inflamação do fígado ou aumento do baço.
No entanto, o clínico geral pode recomendar o uso de analgésicos ou anti-inflamatórios para reduzir as ínguas e a febre. Entenda como é feito o tratamento da mononucleose.
Como prevenir: não existe vacina para a mononucleose, sendo a melhor forma de prevenir a infecção evitar o contato ou beijar pessoas que estejam infectadas pelo vírus Epstein-Barr, além de evitar compartilhar bebidas, alimentos, cigarro, ou itens pessoais, como talheres, copos ou produtos de higiene pessoal, como escova de dentes, por exemplo.
Além disso, é importante lavar brinquedos infantis com frequência para evitar que a criança leve o brinquedo à boca, contaminado com o vírus.
13. Febre amarela
A febre amarela é uma doença causada pelo vírus do gênero Flavivirus, que pode ser transmitido para as pessoas por meio da picada do mosquito Haemagogus sabethes ou Aedes aegypti infectado.
Sintomas: os sintomas da febre amarela podem surgir até 6 dias depois da picada do mosquito infectado, podendo haver dor de cabeça forte, febre, calafrios, maior sensibilidade à luz, dor muscular e aumento dos batimentos cardíacos.
Além disso, em alguns casos, é possível que haja o desenvolvimento de formas mais graves da doença, em que pode haver pele e olhos amarelados, vômito com sangue e dor abdominal intensa, por exemplo.
Tratamento: o tratamento para febre amarela deve ser orientado pelo infectologista, que normalmente indica o repouso, ingestão de bastante líquidos durante o dia e alimentação leve.
Além disso, podem ser indicados medicamentos que ajudem a aliviar os sintomas, uma vez que não existe medicamento para combater o vírus da febre amarela. Veja os detalhes do tratamento para febre amarela.
Como prevenir: para prevenir a febre amarela, é recomendado passar repelente nos braços e pernas, principalmente, colocar mosquiteiros e telas nas janelas e portas de casa e usar roupas compridas à noite e durante os períodos de surto da doença.
14. Síndrome mão-pé-boca
A síndrome mão-pé-boca é uma doença causada por vírus da família Coxsackie, mais comum em crianças com menos de 5 anos, que pode ser transmitido por meio do contato direto com as bolhas que tenham estourado de uma pessoa infectada, fezes infectadas ou por meio da inalação de gotículas que ficam suspensas no ar quando a pessoa portadora da doença tosse, espirra ou fala.
Sintomas: os principais sintomas indicativos da síndrome mão-pé-boca são manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés, febre baixa, dor de garganta, salivação excessiva, aparecimento de aftas e falta de apetite. Confira outros sintomas da síndrome mão-pé-boca.
Tratamento: nesse caso, o tratamento deve ser orientado pelo pediatra, que normalmente indica o uso de medicamentos apara aliviar os sintomas, como analgésicos, antitérmicos e/ ou anti-inflamatórios.
Como prevenir: para prevenir a doença, é recomendado evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, principalmente talheres, além de ser recomendado evitar o contato com crianças com sintomas da doença.
15. Catapora
A catapora, também chamada de varicela, é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela-zóster, que é altamente contagiosa. Essa doença é mais comum de acontecer em crianças que não tomaram a vacina ou não completaram o esquema vacinal.
Sintomas: o sintomas mais característico da catapora é o aparecimento de bolinhas vermelhas por todo o corpo, que podem conter líquido e que coçam bastante. Além disso, pode haver febre, cansaço, mal estar geral e falta de apetite.
Tratamento: o tratamento para catapora tem como objetivo aliviar os sintomas, sendo recomendado que o contato com outras pessoas seja evitado, pois o líquido presente nas bolhas é altamente contagioso. Além disso, pode ser indicado pelo médico o uso de medicamentos antialérgicos para aliviar a coceira. Saiba como é feito o tratamento para catapora.
Como prevenir: a principal forma de prevenção da catapora é através da vacinação, cuja primeira dose é indicada aos 12 meses e a segunda aos 15 meses.
É também importante evitar o contato próximo com pessoas com catapora, manter as mãos sempre limpas, evitar permanecer muito tempo em ambientes fechados e não tocar as feridas da catapora.
16. Caxumba
A caxumba, também conhecida como parotidite infecciosa ou, popularmente, papeira, é uma doença infecciosa causada pelo vírus da família Paramyxoviridae, que pode ser transmitido por meio da inalação de gotículas que ficam suspensas no ar quando a pessoa infectada tosse ou fala, por exemplo.
Ao infectar a pessoa, esse vírus instala-se nas glândulas salivares, levando ao aparecimento dos sintomas. Apesar de ser mais frequente nas crianças, a caxumba pode também acontecer nos adultos, principalmente naqueles que não foram vacinados.
Sintomas: o principal sintoma da caxumba é o inchaço no rosto, que normalmente acontece entre o queixo e a orelha, já que é nessa região que está localizada a glândula parótida. Além disso, pode haver dor de cabeça, perda do apetite e dor ao engolir ou abrir a boca, por exemplo. Conheça outros sintomas de caxumba.
Tratamento: o tratamento para caxumba é feito com o objetivo de promover o alívio dos sintomas, podendo ser recomendado pelo médico o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, que ajudam principalmente a diminuir o inchaço no rosto, além de repouso e alimentação mais mole e pastosa.
Como prevenir: para prevenir a caxumba é importante que seja tomada a vacina, que é indicada em duas doses, sendo a primeira recomendada aos 12 meses de vida. Além disso, é importante também desinfetar objetos que tenham entrado em contato com secreções respiratórias, além de evitar o contato com a pessoa infectada.
17. Varíola
A varíola é uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, que pode ser transmitido de pessoa por pessoa por meio do contato ou inalação de gotículas respiratórias que podem ficar suspensas no ar quando a pessoa infectada tosse, fala ou espirra.
Sintomas: o principal sinal e sintomas da varíola é o aparecimento de bolhas na pele, que podem surgir entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus. Além das bolhas na pele, é comum que a pessoa sinta dor no corpo, tenha febre alta e dor muscular. Conheça outros sintomas da varíola.
Tratamento: o tratamento para varíola tem como objetivo aliviar os sintomas e prevenir a ocorrência de infecções bacterianas secundárias, podendo ser recomendado pelo médico o uso de antibióticos e medicamentos para aliviar a dor de cabeça e dor muscular.
Além disso, alguns antivirais foram aprovados para uso em caso de varíola, como o tecovirimat e o brincidofovir, pois possuem atividade contra o vírus da varíola.
Como prevenir: apesar de ser considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde, é possível prevenir a infecção pelo vírus da varíola através da vacinação, que é disponibilizada para pessoas que foram confirmadas com varíola, em caso de bioterrorismo ou em regiões em que foram notificados casos de infecção. Além disso, para prevenir a infecção, é importante evitar contato próximo com pessoas infectadas.
18. Varíola dos macacos
A varíola dos macacos é uma infecção causada pelo monkeypox vírus, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, e que pode ser transmitido de pessoa para pessoa por meio do contato muito próximo e prolongado com pessoas infectadas.
Sintomas: os sintomas da varíola dos macacos é semelhante ao da varíola, sendo notado o aparecimento de bolhas e feridas na pele, calafrios, dor muscular, dor de cabeça e febre. Veja mais sobre os sintomas da varíola dos macacos.
Tratamento: os sintomas de varíola dos macacos costumam desaparecer em até 21 dias sem que seja necessário realizar qualquer tratamento, no entanto pode ser recomendado pelo médico o uso medicamentos que ajudem a aliviar os sintomas e/ ou diminuir a taxa de replicação do vírus, como é o caso do tecovirimat, que é um antiviral que pode ser indicado em caso de varíola.
Como prevenir: para prevenir a varíola dos macacos, é importante evitar o contato próximo com pessoas confirmadas com a varíola dos macacos, usar máscara de proteção e lavar bem as mãos com água e sabão.
19. Ebola
O ebola é uma doença grave e altamente contagiosa, de forma que a transmissão do vírus pode acontecer por meio do contato com fezes, secreções, urina, fezes ou vômito de pessoas contaminadas, assim como através do contato com objetos e/ ou superfícies infectadas.
Sintomas: os sintomas de ebola costumam surgir até 21 dias após o contato com o vírus e inicialmente são semelhantes aos de uma gripe, como febre, enjoo, dor de garganta, cansaço excessivo e dor de cabeça.
No entanto, à medida que o vírus multiplica-se e a doença evolui, é possível existirem sintomas indicativos de gravidade, como vômito e diarreia com sangue, manchas ou bolhas de sangue na pele e sangramentos pelo nariz, ouvido, boca ou região íntima, por exemplo. Veja mais sobre os sintomas de Ebola.
Tratamento: não existe tratamento específico para o ebola, sendo indicado que a pessoa fique em isolamento para evitar a transmissão do vírus e faça uso de medicamentos que possam ajudar a aliviar os sintomas. Além disso, é importante manter um bom nível de hidratação e ter a pressão arterial e os níveis de oxigênio devidamente monitorados.
Como prevenir: a principal forma de prevenir o ebola, é evitando áreas de surto, lavando as mãos com água e sabão regularmente e evitando o contato com pessoas que estão com ebola.
Além disso, é indicado que seja evitado o contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, assim como objetos que possam ter entrado em contato com essas pessoas.
20. Marburg
A doença de Marburg é uma doença grave que pode ser transmitida de uma pessoas para outra por meio do contato com as secreções de pessoas doentes, principalmente através do contato com o sangue ou com a saliva.
Sintomas: os sintomas da doença de Marburg podem surgir até 21 dias depois do contato com o vírus e podem evoluir rapidamente, de forma que a força pode ser fatal em poucos dias. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular, confusão mental, sangramento intenso. Conheça outros sintomas da doença de Marburg.
Tratamento: não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus Marburg, sendo indicado que a pessoa fique em repouso e faça reidratação, que pode ser via oral ou intravenosa, podendo ser também indicado pelo médico, em alguns casos, o uso de remédios que ajudem a aliviar os sintomas.
Como prevenir: para evitar a infecção pelo vírus Marburg é recomendado evitar o contato com pessoas com suspeita de infecção, usar máscara de proteção e lavar bem as mãos com água e sabão.
21. Raiva humana
A raiva humana é uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero Lyssavirus, que atinge o sistema nervoso central e leva ao aparecimento dos sintomas da doença.
Esse vírus pode ser transmitido para as pessoas por meio do contato com a saliva ou membrana os olhos, boca ou nariz de uma animal infectado, sendo mais comum de acontecer através de uma mordida. Conheça mais sobre a raiva humana.
Sintomas: os sintomas de raiva humana podem demorar até 45 dias após a mordida do animal infectado para aparecerem, sendo comum haver mal estar geral, fraqueza, dor de cabeça e febre baixa, por exemplo. À medida que a doença vai se desenvolvendo, podem ser notados sintomas mais específicos como confusão mental, agitação, alucinações e insônia, por exemplo.
Tratamento: na confirmação da raiva humana, é necessário que a pessoa fique no hospital para que seja monitorada regulamente e seja feito o tratamento adequado para prevenir complicações.
Como prevenir: a prevenção da raiva humana é feita a partir da vacinação dos animais contra a raiva, pois assim é possível evitar a multiplicação do vírus nos animais e transmissão. Além disso, no caso de mordida, é recomendado que a pessoa tome a vacina antirrábica para evitar o desenvolvimento da doença. Veja quando tomar a vacina antirrábica.